Seda Molhada: O Perfume do Desejo
- Temas: MÃE E FILHA, LÉSBICA, AMIGA, CALCINHA, MASTURBAÇÃO, FLAGRA
- Publicado em: 12/11/25
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- Autoria: nataly
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Ardo em carência, meu corpo um mapa de desejos não saciados, pulsando com anseios que me consomem. No carro, esperando minha filha sair do cursinho, a cidade de Curitiba ronca ao redor, mas eu me fecho no meu mundo feito de aço e vidros escuros. Meus dedos, atrevidos, deslizam sob a saia, encontram a calcinha encharcada, e eu me entrego ao calor que se forma entre minhas coxas. Toco-me com urgência faminta, o clitóris inchado latejando sob cada círculo, cada pressão, cada deslize molhado; o prazer é tão intenso que minhas pernas tremem contra o banco, o ventre se contrai em espasmos, e um gemido rouco escapa enquanto imagino alguém sem rosto, sem nome, de contornos suaves e olhos que me devoram, sua língua traçando círculos lentos e cruéis sobre minha pele. Meu coração dispara, o orgasmo se aproxima como uma onda prestes a me engolir, mas Camila aparece, apressada, sua presença um raio. Engulo o desejo, a respiração pesada, e dirijo para casa, o corpo ainda vibrando, o clitóris latejando dolorosamente contra o tecido úmido, sem ter seu prazer atendido.
No apartamento, a quietude me abraça, e eu me rendo novamente. Nua, sob a luz suave da luminária, minha pele se arrepia. Meus dedos encontram os mamilos, que endurecem como mármore quente sob o toque, e descem ao ventre, onde a umidade me espera, pegajosa, abundante e febril. Imagino ela, minha amante sem rosto, seu perfume doce e almiscarado me envolvendo. Dois dedos deslizam para dentro com facilidade, curvando-se para esfregar aquele ponto esponjoso que faz meu corpo inteiro se contorcer, enquanto o polegar pressiona o clitóris com força ritmada, quase bruta. Meu quadril se move sozinho, rebolando contra a própria mão, gemidos escapam como poesia sussurrada, cada vez mais altos, mais desesperados. O prazer é tão avassalador que vejo estrelas, as coxas se fecham em torno da minha mão, meu corpo arqueia da cama, e o orgasmo se aproxima como uma avalanche prestes a desmoronar, me deixando trêmula, ofegante, com lágrimas nos cantos dos olhos. Mas Camila irrompe, rindo, pedindo algo trivial, e eu me cubro, o desejo novamente adiado, um verso inacabado, o corpo ainda pulsando numa energia quase dolorida.
À noite, na penumbra do meu quarto, eu me entrego por completo. Deitada, pernas escancaradas, exploro cada dobra da minha buceta com dedos encharcados, as digitais dançando com precisão cruel, guiados pela visão dela — uma mulher de lábios macios, sussurros quentes prometendo êxtase. Três dedos agora, esticando, preenchendo, enquanto a palma da minha mão esmaga meu clitóris com força, esfregando em círculos violentos. O ritmo acelera, meus dedos mergulham fundo, o clitóris pulsa contra meus dedos como um coração exposto. Meu corpo arqueia tanto que a coluna dói, os gemidos ecoam como um canto sáfico, primitivo e livre, cada vez mais altos, mais animalescos. E finalmente o orgasmo vem em ondas brutais, um mar quebrando contra mim, as coxas tremendo descontroladamente, jatos quentes escapando entre os dedos, molhando lençóis, me deixando em um estado de êxtase quase doloroso, ofegante, saciada. Ainda que ansiando por um toque real, um corpo quente que dê nome ao meu desejo — será que mulher é tão bom quanto dizem? — Imagino.
Todas as manhãs, dirijo pelas ruas engarrafadas do centro de Curitiba, os vidros fechados enquanto Camila, no banco do passageiro, remexe nas anotações do cursinho. Aos trinta e oito anos, ainda me pego gostando do que vejo no espelho: os cabelos castanhos claros caem soltos sobre os ombros, os olhos escuros têm um brilho que o sol parece gostar, e, sem falsa modéstia, minhas curvas ainda se garantem, com um pouco de academia e uma alimentação minimamente saudável, mesmo com o tempo tentando me alcançar. Há dois anos, desde que meu ex-marido bateu a porta e saiu, carrego um vazio que disfarço com a cumplicidade de Camila, minha filha de dezenove anos. Com cabelos longos que dançam quando anda, ela tem um sorriso que ilumina nosso apartamento, (e um par de coxas e uma bunda enorme que copiou de mim). Somos mais que mãe e filha; dividimos risadas esparramadas no sofá, segredos trocados à noite, roupas emprestadas em tardes preguiçosas. Há três anos, não sei o que é o toque de outra pele, e esse vazio se esconde no silêncio que chamo de lar.
Numa manhã, ao estacionar em frente ao prédio do cursinho, Camila desce apressada mas, desta vez, não sozinha. Uma garota alta, de quadris largos, se aproxima, abraçando-a rápido antes de se inclinar pela janela aberta do meu carro, enquanto tiro minha mão de dentro do meu ventre, num susto frio, a umidade manchando o volante do carro enquanto meus dedos róseos e grudentos tremem com o susto.
— Oi, dona Juliana — diz, a voz com um tom cortante, quase insolente, os olhos claros me encarando com uma ousadia que me faz cerrar os dentes.
. O vestido curto, justo demais, abraça suas curvas, e a postura – queixo erguido, um sorriso que parece debochar – me irrita profundamente. Um perfume doce, quente, como pele sob o sol com um toque de mel, invade o carro, e eu recuo, incomodada.
— Bruna, minha amiga do cursinho — apresenta Camila, já se afastando.
Bruna acena, caminhando com passos confiantes rumo ao prédio, o aroma pairando no ar. Aperto o volante, sentindo uma repulsa imediata por essa garota atrevida, mas o brilho nos olhos de Camila, enquanto conversam, me faz engolir o desgosto. Minha filha está radiante, e não quero apagar esse sorriso.
Numa segunda-feira tediosa, ao buscar Camila, sou pega de surpresa.
— Mãe, a Bruna vai lá pra casa hoje. Precisamos estudar química, ela é fera nisso — diz Camila, enquanto Bruna já se joga no banco de trás, batendo a porta com força.
— Gostei do seu carro, dona Juliana — diz, o tom carregado de sarcasmo, ajustando o decote da blusa que parece pequena demais.
— Camila, já combinamos que você avisa antes — retruco, a voz mais dura do que pretendo, a raiva por Bruna borbulhando.
Ela pede desculpas, mas Bruna apenas sorri, como se minha irritação atiçasse seu prazer. No caminho, falam de “crushes” do cursinho, e eu penso que Bruna, com esse jeito desaforado, não é boa influência. Mas Camila ri como há tempos não fazia, e, por ela, engulo a implicância, tratando Bruna com um carinho que não sinto.
As visitas de Bruna viram rotina. Primeiro, uma tarde por semana. Depois, duas. Logo, quase todos os dias, o apartamento se enche de risadas, do farfalhar de livros, do perfume dela que parece grudar nas paredes. Ouço enquanto preparo café:
— Aquele crush do cursinho é demais, né? — diz aquela guria branquela, a voz carregada de malícia, ajustando o cabelo com um gesto que faz a saia subir, mostrando as coxas.
Camila ri, falando de encontros que planejam. Parece que falam de meninos, paqueras adolescentes, e, apesar da minha antipatia por sua amiga, sorrio ao ver Camila tão leve, o rosto iluminado. Não sei por que ela gosta tanto dessa garota de jeitinho provocador, mas a felicidade da minha filha é o que importa. Ofereço suco, bolachas, mantenho a cortesia, mesmo que os olhares de Bruna, sempre com um toque de desafio, e suas roupas – saias curtas, blusas que parecem gritar por atenção – me deixem na defensiva. Começo ir na casa de dona Clara mais vezes, no intuito de deixar o apartamento livre para seus estudos – ou, imagino, para suas conspirações românticas.
Em uma quarta-feira de estudos, Bruna chega mais cedo que o combinado, enquanto Camila organiza os livros. Estou na cozinha, cortando frutas, a irritação crescendo com o seu jeito de se esparramar no sofá, a saia subindo além do aceitável, o olhar provocador me desafiando. Estou a um passo de explodir, pronta para dizer que ela precisa respeitar os limites da minha casa, quando ela se levanta, se aproxima, e me encara com uma sinceridade que me desarma.
— Dona Juliana, sabe, eu admiro muito você. Você tem uma força, uma beleza tão única que me impressiona... é como se o tempo não tocasse você — diz ela.
O tom é tão genuíno, os olhos claros tão abertos, que fico sem palavras, o calor subindo ao rosto. Não há traço do sarcasmo de sempre, apenas uma verdade que me pega desprevenida. Minha raiva desmorona, e, de repente, Bruna não se parece mais com aquela garota arrogante – é alguém que viu algo em mim que eu mesma esqueci.
E então, em uma manhã de sábado, separando roupas no cesto, encontro algo inesperado: uma calcinha de seda cor de vinho, rendada, destoando das peças simples de algodão de Camila. Hesito, os dedos roçando o tecido macio. “Camila comprou isso?”, penso, o estômago apertando ao imaginar um namoradinho secreto, talvez incentivado por sua amiga saliente. Levo a peça ao nariz, esperando o cheiro de sabão. Em vez disso, o perfume de Bruna surge com um impacto em meu âmago – doce, almiscarado, vivo. Foi um estalo. Um cheiro adocicado, limpo, mas com uma fundura musk, de mulher. Um aroma que era inquestionavelmente dela. Uma onda de calor percorreu meu corpo, um misto de vergonha e excitação. Eu gostei daquele cheiro. E isso me assustou profundamente.
Um calor sobe por minhas pernas, pulsando entre as coxas. Congelo, o coração disparado, a calcinha nas mãos. Isso não pode ser desejo – deve ser cansaço, solidão. Inalo novamente, e o aroma acende uma chama que não compreendo, transformando meu novo olhar sobre Bruna em algo confuso, perturbador.
— Mãe, você sabe onde está o carregador do notebook? — a voz da Camila ecoou pelo corredor, arrancando-me brutalmente do meu êxtase pecaminoso.
Tremendo, guardei a calcinha no bolso do meu roupão, como uma criminosa escondendo a prova de um crime.
— Já procuro, filha! — gritei de volta, minha voz falhando.
Naquele instante, não havia mais dúvidas. Minha filha tinha um caso com a colega. E eu, a mãe, estava cheirando a calcinha da amante dela.
Naquela noite, enquanto Camila organiza a mochila, pergunto, tentando soar casual:
— Filha, você tá saindo com algum menino por aí? Você e Bruna vivem falando de paqueras...
Ela ri, balançando a cabeça.
— Nada disso, mãe, são só brincadeiras. Tô focada nos estudos com a Bru. Só amizade, juro.
O tom leve não alivia o aperto no peito – ela nega qualquer proximidade maior, como se quisesse proteger nosso laço de mãe e filha. A calcinha não é dela. É de Bruna. À noite, no quarto, pego o tecido escondido. Não quero tocá-lo – é errado, é a calcinha da amiga da minha filha.
Na semana seguinte, volto do apartamento de dona Clara mais cedo. Entro em casa devagar, para não atrapalhar o estudo das meninas. A porta do quarto de Camila estava entreaberta, me aproximei em silêncio. O que vi através da fresta me petrificou. Não eram os corpos nus que me impressionavam — não exatamente — Era a intensidade. A minha filha deitada de costas na cama, a respiração ofegante. Os pés dela, aqueles pés que eu calcei com sapatinhos de bebê, se esticavam, os dedos se crisparam como garras contra o lençol. E o quadril. Seu quadril subia e descia num tremor convulsivo, quase violento, enquanto o rosto de Bruna estava enterrado em seu ventre, escondido por uma cortina de cabelos. O som que saiu da garganta da minha filha foi um gemido abafado, um uivo de prazer puro e cru.
— AAAAaaiiAAAAaiii, Bru!!
Recuei como se tivesse levado um soco. O coração batia descompassado na minha garganta. Recuei até a cozinha, me agarrando à pia para não cair. A imagem não saía da minha cabeça: os pés se esticando, o quadril tremendo. Era minha filha, minha menina, experimentando um prazer que eu não lhe havia ensinado, que eu nem mesmo conhecia naquela intensidade.
Decidi não dizer nada. Como dizer? Como romper aquele pacto de cumplicidade com uma revelação dessas? A intimidade que tínhamos era forte, mas havia linhas que não sabia como cruzar. Fiquei em silêncio. Engoli a cena como se fosse um caroço.
Os dias se arrastaram. Eu estava diferente e a Camila percebeu.
— Mãe, tá tudo bem? Você tá tão quieta últimamente.
— São uns problemas no trabalho, filha. Nada com que se preocupar — menti, com um sorriso cansado que parecia rachado meu rosto.
E a Bruna continuou vindo.
— Bom dia, dona Juliana.
Eu agora só conseguia olhar para a boca dela. Aquela boca pequena, cor de pêssego. O que ela era capaz de fazer. A minha mente, traiçoeira, preenchia todos os detalhes que a fresta da porta não me permitiu ver.
— Nossa, como você se parece com a Camila — ouvi Bruna dizer um dia, antes de entrar no quarto da minha filha.
A porta se fechou. E a chave girou. Trancada. Diferente do dia do flagra. Aquilo era novo.
— Vou fechar a porta por causa do ar condicionado, mãe! — gritou Camila de dentro, como se lesse meus pensamentos.
A justificativa era plausível, mas agora soava como uma confirmação de tudo que eu não imaginava. Eu me pegava parada no corredor, tentando ouvir algo, qualquer coisa. Mas só vinham murmúrios baixos, risadas abafadas. O silêncio era quase pior que os barulhos, porque minha imaginação preenchia todos os vazios com imagens vívidas e proibidas.
Uma onda de tesão, avassaladora e estranha, me atingiu, insuportável sob minha pele. Enquanto as risadas vinham do quarto ao lado, recorri novamente à calcinha vinho, que demonstrava sinais de uso. Eu a havia escondido no fundo de uma gaveta de meias, de Mila. Abri a gaveta com dedos trêmulos. Lá estava ela. Envolvi meus dedos na seda e levei novamente ao nariz. O cheiro estava muito mais fraco, mas ainda lá. E foi o suficiente. Eu estava ficando molhada. Sem pensar, guiada por um instinto primitivo que não conhecia, levei o tecido à boca e lambi o forro, procurando por um resto daquele sabor, daquela essência. Esfreguei a seda contra meus seios, sobre os mamilos duros que pressionavam o tecido do meu sutiã. Me apoiei na pia da cozinha, com a calcinha enfiada na minha calça, esfregando-a contra meu clitóris com força bruta, ouvindo as vozes da minha filha e da sua amante no quarto ao lado.
— Nossa, Mila, sua mãe é bonitona, hein? — ouvi a voz doce de Bruna dizer, nítida como um sino através da porta.
A frase, naquele exato momento, foi o gatilho. Um orgasmo violento sacudiu meu corpo inteiro, me dobrando sobre a pia, os dentes cerrados para não gritar, jatos quentes escorrendo pelas pernas. Foi intenso, profundo, e carregado de uma culpa tão deliciosa que doía. Eu estava me masturbando com a calcinha da namorada da minha filha, ouvindo elogios dela. A loucura tinha tomado outro nível.
A partir daquele dia, tornou-se um ritual. Eu esperava pela visita de Bruna com uma ansiedade que rivalizava com a da Camila. Enquanto preparava o sanduíche natural ou cortava o bolo, eu tinha a calcinha de seda enfiada na minha calça, esfregando-me com ela, gozando silenciosamente, ofegante, com os olhos fechados, imaginando a origem daquele cheiro.
Mas o cheiro foi se esvaindo, lavado pelo tempo e pela distância. A calcinha cheirava apenas a mim e ao meu desejo. E eu queria mais. Precisava da fonte. Comecei a elaborar planos absurdos. Deixar cair meu colar atrás do sofá delas para ter uma desculpa para entrar e me aproximar de Bruna? Oferecer para massagear seus ombros depois de tanto estudar? Tudo soava ridículo e desesperado.
E em uma tarde de sábado, enquanto eu lavava a louça do almoço, Bruna chegou em casa já com um olhar diferente. E enquanto Camila entrava para o quarto, ela veio até mim e tocou em minha cintura, já sussurrando: Você achou minha calcinha, dona Juliana? Apreensiva, olhei para a porta do quarto de Camila, temendo sermos observadas.
— Fica quietinha, dona Juliana... Só preciso passar para aquele lado, pra pegar água.
Seus dedos deslizaram pela minha cintura e apertaram possessivamente meu quadril por um instante, antes de se afastar com um sorriso malicioso. Depois se inclinou para pegar o copo no armário alto, fazendo a saia subir o suficiente para revelar a renda da calcinha branquinha. O gesto era tão calculado que poderia ser apenas fruto da minha mente doente, mas o calor que subiu pelo meu corpo era real demais. Quando ela entrou e fechou a porta, fui no meu quarto, peguei a calcinha de Bruna — aquela que eu guardava como um talismã pecaminoso entre as roupas de Camila — corri para o banheiro, tranquei a porta e me sentei no vaso com as pernas escancaradas, o cheiro de Bruna agora percorria meus mamilos duros e meus seios vermelhos, a seda mergulhava em minha fenda molhada, mastigando o tecido de renda já todo melado. Agora, com a renda já enfiada na boca para abafar os gemidos, gemi alto. Esfreguei o tecido encharcado contra meu clitóris latejante com violência, quatro dedos agora me fodendo sem piedade com o tecido entrando dentro de mim, imaginando aquela língua insolente me devorando, me obrigando a gozar enquanto ela sussurrava “é pra mim que você tá se abrindo, não é?”. Gozei tão forte que o corpo inteiro convulsionou, jatos quentes esguichando longe, os meus dentes travados para não gritar, o orgasmo me rasgando por dentro como uma onda interminável. — Mas mesmo assim não saciava, era um vazio que só a fonte real, só o mando dela, poderia preencher. Quando saí do banheiro, com as pernas trêmulas, elas estavam no quarto, e os gemidos, desta vez, eram audíveis. A porta não estava totalmente trancada, a maçaneta não havia encaixado completamente. Meu coração disparou. Aproximei-me, uma fera faminta cheirando a presa. Empurrei a porta levemente, milímetros, o suficiente para criar uma fresta.
O que vi me paralisou. Elas estavam de lado na cama, Camila de costas para a porta, abraçada a Bruna, que estava por cima dela. Seus corpos se moviam num ritmo lento e profundo. Bruna tinha uma perna entre as pernas da minha filha, e seus quadris circulavam em uma dança lasciva. Foi então que os olhos de Bruna, que estavam semi-cerrados de prazer, se abriram. Ela me viu. Nas minhas mãos, a sua calcinha de renda, cor de vinho.
Meu sangue gelou. Eu estava paralisada, presa naquele instante, esperando o grito de Bruna, a repreensão, o fim de tudo. Mas não veio. Os olhos escuros daquela menina se estreitaram num leve sorriso. E então, ela fez algo que me tirou o ar. Ela deu uma risadinha silenciosa, um som que só eu pude ver, e enterrou seus dedos nas costas de Camila. Seu movimento, que era suave, se tornou mais forte, mais profundo, mais performático. Ela começou a rebolar sobre a minha filha com uma intensidade nova, olhando fixamente para mim pela fresta da porta, como se estivesse fazendo aquilo para mim, como se estivesse me ordenando mentalmente: “olha o que eu faço com ela... Agora imagina comigo”. Camila, alheia a tudo, gemeu mais alto, perdida no prazer que Bruna lhe proporcionava. Eu estava assistindo, mas Bruna estava se exibindo. A provocação era tão clara quanto a excitação que incendiava meu corpo. Fechei a porta suavemente e recuei, me encostando na parede do corredor, com as pernas bambas, o corpo tremendo de um orgasmo que quase veio só de olhar.
Depois daquele dia, os elogios de Bruna se intensificaram, sempre com um tom que parecia uma ordem disfarçada.
— Camila, sua mãe é tão estilosa, adorei o vestido — ela dizia, me olhando por cima do ombro da minha filha, os olhos me desafiando a reagir.
— Dona Juliana, esse penteado ficou lindo em você... — comentou outra vez, pessoalmente, seus dedos tocando levemente meu braço e depois apertando de leve, como se dissesse “você é minha agora”.
Era um jogo. Um jogo perigoso e delicioso onde ela mandava sem dizer. Eu me sentia valorizada, vista, desejada, depois de anos de negligência do meu ex-marido. Mas a culpa era uma sombra constante. Preocupada com o que estava sentindo, resolvi tentar uma conversa com Camila. Talvez colocando as cartas na mesa, o feitiço se quebrasse.
— Filha, assim… você e a Bruna… — Camila corou instantaneamente.
— Nada a ver, mãe! A Bruna e eu… somos só mesmo amigas… Aargghh! — ela disse, fazendo uma cara de despreocupada que não enganava ninguém.
Era uma mentira frágil. Mas eu agarrei-me a ela. Decidi acreditar naquela fantasia de “amizade colorida”. Era mais fácil. E assim, mergulhei de cabeça na espiral. Bruna então começou a se aproximar mais. Às vezes, em frente à Camila, ela arrumava a gola da minha blusa com dedos possessivos, ou brincava com um fio do meu cabelo, puxando levemente, como se dissesse “você não foge”. Cada toque era uma agulhada de fogo na minha pele. Eu era uma mulher, seca de afeto, sendo regada — e dominada — por aquela menina proibida.
Até que um dia, o inevitável aconteceu. Camila foi ao banheiro. Ficamos sozinhas na sala por talvez um minuto. Bruna se aproximou de mim.
— Está quente, dona Juliana — ela disse, e seu dedo traçou a linha do meu pescoço, suando, antes de apertar de leve minha nuca, me mantendo no lugar.
Eu não me mexi. Não consegui. Ela se inclinou e seu sopro quente atingiu meu ouvido.
— Você cheira tão bem. Melhor que eu. Mas eu decido quando você goza, entendeu?
Antes que eu pudesse reagir, seus lábios se encontraram com os meus. Não foi um beijo de experimentação. Foi avassalador. Profundo, úmido, experiente. Sua língua invadiu minha boca e eu me rendi, meus dedos se enterrando nos seus braços. Ela me puxou contra ela, e eu senti seu corpo jovem e firme contra o meu.
E foi então que aconteceu. Bruna levantou seu vestidinho curto, leve e souto, colocou sua calcinha de lado e puxou minha mão até tocá-la. Segurou dois dos meus dedos e apertou-os contra sua fenda molha e macia. E senti seu interior quente, mordendo meus dedos que entravam apertados, centímetro por centímetro, me fazendo sentir o quanto ela já estava ensopada. E enquanto eu tentava processar tudo aquilo, Bruna abaixou, tirou sua calcinha, embolou-a na mão, e a enfiou na minha boca, com autoridade, sussurrando em meu ouvido com a voz rouca e baixa:
— Eu finjo que é com você que eu estou fodendo, quando estou com ela. E agora você vai engolir meu cheiro até eu mandar tirar.
Aquilo foi como gasolina no meu corpo já em chamas. Quase gozei ali, depois daquelas palavras, o corpo tremendo sob o comando dela, suas mãos me invadindo. O barulho da descarga do banheiro nos separou. — cuida desta outra calcinha minha — Nos afastamos como duas adolescentes pegas no flagra. Bruna voltou a ser a colega tímida, e eu, a mãe atenciosa, com os lábios ainda ardendo, obedecendo em silêncio.
A tarde acabou. Bruna se despediu na porta, seu olhar pesado e promissor me deixando tonta.
— Tchau, dona Juliana. Até amanhã.
Fechei a porta e me virei, e lá estava Camila, parada no corredor, com os braços cruzados. Seu rosto não era de raiva. Era de uma seriedade profunda.
— Mãe — ela disse, sua voz firme, sem aquele tom de menina de sempre. — Preciso conversar com você.
Eu congelei. Mil cenários catastróficos passaram pela minha mente. Ela tinha visto? Tinha ouvido? A descoberta, a vergonha, o fim da nossa relação—tudo isso me atingiu como um tsunami. Minha boca ficou seca. Eu só consegui balbuciar um
— Sim, filha? — enquanto meu mundo desmoronava e se reconstruía, mais complexo e perigoso, à minha volta.
Mila se aproximou de mim e tocou meu rosto, olhou fixo em meus olhos e disse:
— Mãe, acho que estou apaixonada...
*Publicado por nataly no site promgastech.ru em 12/11/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.