POSTINHO DE SAÚDE DA DOUTORA LETÍCIA

  • Temas: Lébica, médica, enfermeira, paciente
  • Publicado em: 13/10/25
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  • Autoria: nataly
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Meu nome é Karol, enfermeira em uma Unidade Básica de Saúde há mais de cinco anos. Há cerca de um ano, a dra. Letícia chegou para trabalhar conosco. Recém-formada, ela é uma mulher que não passa despercebida: cabelos longos, olhos verdes que parecem ler sua alma, e um carisma que encanta qualquer um. Lety, como a chamamos, sonha com uma residência em ginecologia e obstetrícia. É dedicada, atenciosa com pacientes e colegas, e rapidamente conquistou a confiança de todos na UBS. Ela é lésbica, algo que nunca escondeu, e seu jeito aberto e profissional fez com que isso nunca fosse um problema. Mas há um detalhe: Letícia é uma paqueradora incansável, e eu, de alguma forma, me tornei o foco das atenções dela.


Desde que chegou, Letícia não me dá trégua. Quando estamos sozinhas, ela solta frases que me deixam sem chão:


— Karolzinha, deixa eu te levar a um lugar que só minha boca conhece... — ou — Esse seu rostinho deve ser ainda mais lindo quando você se perde no prazer.


No começo, eu ria, tentava desviar e reforçava que sou hétero. Mas suas provocações constantes começaram a mexer comigo. Não sei se é curiosidade, confusão ou algo mais, mas sinto um calor que não explico quando ela se aproxima, e isso está começando a me preocupar — e, ao mesmo tempo, a me intrigar.


Letícia sempre me convida para acompanhar suas consultas, especialmente com algumas pacientes que ela atende com frequência. Como enfermeira, eu me coloco à disposição, mas sempre achei suas condutas... Peculiares. Ela fazia perguntas que pareciam fora do padrão:


— Já sentiu algo diferente com outra mulher? — perguntava a uma paciente.


— Quantas vezes você se permite relaxar sozinha? — dizia a outra.


Eu pensava que talvez fosse parte da abordagem dela, algo que uma médica jovem e moderna poderia considerar relevante para a saúde íntima. As pacientes, surpreendentemente, respondiam com naturalidade, algumas até revelando detalhes que eu nunca imaginaria ouvir numa consulta médica. Com o tempo, comecei a perceber que Letícia tinha um jeito de criar uma conexão intensa com certas pacientes, e isso me deixava cada vez mais intrigada — e inquieta.


Uma tarde, tudo mudou. Estávamos atendendo Jéssica, uma paciente jovem, de pele clara, tatuagens delicadas e um jeito tímido, mas que vinha à UBS com frequência nas últimas semanas. Letícia, com um tom firme, disse:


— Karol, avisou à equipe que essa consulta vai demorar? Jéssica, pode tirar a roupa e deitar na maca, hoje o atendimento vai ser especial.


Jéssica, sem hesitar, tirou a roupa, ficando só de calcinha e sutiã, e se deitou na maca. Havia uma naturalidade nela que me deixou desconfortável, como se ela soubesse o que estava por vir. Letícia me chamou para perto enquanto começava a examinar a paciente.


— Karol, a Jéssica tem sentido muitas cólicas últimamente. Estou usando uma técnica pra liberar dopamina, aliviar o desconforto dela. É algo mais... Natural — disse Letícia, com um sorriso que escondia segundas intenções.


Eu franzi a testa.


— Dopamina? Jéssica nunca mencionou cólicas. Que técnica é essa? — perguntei, tentando soar profissional, mas já sentindo um nó no estômago.


— Calma, Karol. É um método que não se aprende nos livros, mas funciona — respondeu ela, com aquele olhar provocador que me desarmava.


Antes que eu pudesse reagir, Letícia deslizou as mãos pelo corpo de Jéssica, tocando-a com uma delicadeza que ultrapassava qualquer protocolo médico. Ela puxou o sutiã da paciente, expondo seus seios, e, com movimentos precisos, começou a tocar suas aréolas. Jéssica mordeu o lábio e se mexeu na maca.


— Hmmm... — soltou um gemido baixo, quase um sussurro, enquanto suas pernas se esfregavam no colchão fino.


Meu coração disparou. Eu sabia que aquilo estava errado, mas não conseguia desviar o olhar. Letícia continuou:


— Tá vendo, Karol? Só estou ajudando nossa paciente a se sentir melhor.


Os dedos dela desceram, alcançando a calcinha de Jéssica. Quando começaram a fazer movimentos circulares por baixo do tecido, ouvi outro gemido:


— Aaahh... — escapou de Jéssica, mais intenso, enquanto ela se contorcia.


— Letícia, isso não está certo! — tentei protestar, mas minha voz saiu fraca, quase engolida pelo nervosismo.


— Shhh, Karol. Confia em mim. Jéssica está gostando, não é? — disse ela, olhando para a paciente, que assentiu com os olhos semicerrados.


Eu estava paralisada, dividida entre o choque e uma curiosidade que me envergonhava. Letícia, aproveitando minha hesitação, pegou minha mão e a guiou até Jéssica.


— Toca aqui, enfermeira. Sente como ela precisa de cuidado.


Minha mão tremia quando encostei na pele quente de Jéssica.


— Aaai, Karol... — gemeu ela, meu nome saindo em um tom rouco que me fez estremecer.


Letícia, atrás de mim, passou os braços pela minha cintura, seu corpo colado ao meu. Sussurrou no meu ouvido:


— Isso, Karolzinha... Assim... Só segue o ritmo.


Eu não sabia o que estava fazendo. Meus dedos, guiados por Letícia, exploravam a intimidade de Jéssica, que se contorcia na maca. Era errado, eu sabia, mas o calor do momento, os gemidos dela, o toque firme de Letícia me guiando... Tudo isso me puxava para um lugar desconhecido. Meu corpo parecia agir por conta própria, e, por um instante, me peguei imaginando como seria se fosse eu ali, sentindo aquele toque.


Jéssica, com a voz entrecortada, anunciou:


— Aaahh... Gente, eu vou... Aaahh... Karol, eu vou... Eu vou... Gozaaaar!


E, com um gemido que parecia um rugido, ela gozou, chamando meu nome:


— Karol! Aaah, Karol! Hmmm! Aaaahhh! — Seu corpo se arqueava, tremendo na maca.


— Hmmm... Aaah... — terminou, exausta, desabando no colchão fino.


Eu fiquei paralisada, com as mãos ainda nela, sentindo-a pulsar. Letícia, atrás de mim, soltou uma risada baixa, como se tivesse ganhado um jogo. Quando Jéssica terminou, Letícia se afastou, caminhando até sua mesa como se nada tivesse acontecido. Jéssica se vestiu, com um sorriso que me fez corar. Antes de sair, ela tocou meu braço e disse, com um tom provocador:


— Suas mãos são incríveis, enfermeira. Na próxima, quero sentir mais de você.


Letícia, já escrevendo no receituário, completou:


— Toma, Karol. Leva isso pra farmácia pra ninguém desconfiar. E relaxa, Jéssica curte mulheres tanto quanto eu. Você nunca percebeu?


Depois daquele dia com Jéssica, comecei a reparar mais nas consultas de Letícia. Havia outras pacientes que pareciam estar sob o mesmo feitiço que ela exercia. Uma delas era Mariana, uma mulher de uns 30 anos, dona de um sorriso tímido, mas olhos que brilhavam quando Letícia entrava na sala. Certa vez, acompanhei uma consulta de rotina com Mariana, que veio reclamar de “tensão muscular”. Letícia, com aquele tom calmo e sedutor, começou:


— Mariana, às vezes, a tensão vem de lugares que a gente não explora direito. Vamos verificar como seu corpo está reagindo hoje.


Enquanto eu preparava o material, notei Letícia deslizando as mãos pelos ombros de Mariana, descendo lentamente pelas costas, com uma pressão que parecia mais íntima do que terapêutica. Mariana fechou os olhos e soltou um suspiro:


— Hmmm... Isso ajuda tanto, doutora...


Eu senti um calor subir pelo pescoço. Letícia me olhou de soslaio, com aquele sorriso malicioso, e disse:


— Karol, às vezes, um toque certo pode liberar muito mais do que a gente imagina. Não acha?


Mariana, visivelmente relaxada, murmurou:


— Aaah... Doutora, você sempre sabe o que eu preciso...


Fiquei em silêncio, dividida entre a vontade de questionar e a curiosidade que crescia em mim. Letícia parecia saber exatamente como cruzar a linha do profissionalismo sem que ninguém se opusesse, como se tivesse um dom para envolver as pacientes — e a mim — em sua teia.


Outra paciente, Clara, uma jovem de 25 anos que vinha regularmente para “check-ups”, também me chamou a atenção. Durante uma consulta, Letícia pediu que eu ficasse para ajudar com um “exame mais detalhado”. Enquanto Clara se deitava na maca, Letícia começou a falar sobre “técnicas de relaxamento” para aliviar o estresse. Suas mãos, como sempre, moviam-se com uma precisão que parecia coreografada, tocando Clara de uma forma que a fazia suspirar:


— Hmmm... Isso é tão bom, doutora...


Quando Letícia pediu que eu verificasse a “resposta muscular” de Clara, senti meu estômago revirar. Ela guiou minha mão até a coxa da paciente, e Clara, com os olhos semicerrados, murmurou:


— Aaah, Karol... Você também tem um toque especial...


Eu recuei, nervosa, mas Letícia apenas riu, sussurrando:


— Viu, Karolzinha? É só uma questão de cuidar bem das nossas pacientes.


Saí da consulta com Jéssica, e depois com Mariana e Clara, com a cabeça em um turbilhão. O que Letícia estava fazendo era errado, eu sabia. Era uma violação clara da ética médica, e minha participação, mesmo hesitante, me colocava em risco. Mas havia algo naquela dinâmica — nos gemidos das pacientes, no jeito como Letícia me envolvia, no calor que eu sentia contra minha vontade — que me fazia questionar tudo. Minha ética, minha sexualidade, meu controle.


O cheiro de Jéssica ainda estava nas minhas mãos após aquela consulta, e o toque de Letícia na minha cintura parecia queimar minha pele. As palavras de Mariana e Clara ecoavam na minha mente, misturadas com a risada provocadora de Letícia. Eu sabia que precisava confrontá-la, ou pelo menos me afastar, mas uma parte de mim — uma parte que eu tentava reprimir — queria entender até onde isso poderia ir. E agora? Como vou lidar com Letícia, com essas pacientes... E comigo mesma?

*Publicado por nataly no site promgastech.ru em 13/10/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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