Mel e morango
- Temas: Holística, Amizade, Prazer
- Publicado em: 22/09/24
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- Autoria: Morganamoura
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Me chamo Morgana. Nunca fui muito de festa. Sempre preferi ficar mais em casa.
Meu círculo de amigos é muito restrito, com permissão para poucos entrar em minha casa.
O universo alheio me parece muito complexo.
Quase sempre o desgaste da compreensão suga demais de mim, então prefiro apenas minha companhia.
Nesses momentos geralmente leio algo interessante, ouço uma música, faço trabalhos manuais, algo que tenho grande aptidão, enfim... Coisas simples, mas que me dão prazer.
Mas não todo prazer que eu preciso.
Esporadicamente participo de encontros com outras cinco garotas. Temos um grupo chamado "Sagrado Feminino", onde alimentamos o nosso feminino de uma forma mais holística.
Fazemos rituais na natureza ou na casa de alguma de nós. Ancoramos os elementos naturais, Terra, Água, Fogo, Ar e Éter.
Cada uma define o elemento que lhe rege naquele dia, rendemos gratidão e pedimos a proteção individual e coletiva ao Cosmos.
Tínhamos o nosso encontro programado. E fui.
Era um dos raros momentos em que me sentia bem na companhia de outras pessoas, talvez pela visão mais ampla que envolve o momento.
No grupo éramos eu, Magda, Nina, Luna, Jade e Mel. Nesse dia o encontro era na cobertura da Mel .
Era noite de lua cheia, e o círculo imenso se mostrava no céu, imponente e prateada, emitindo uma energia que só os sensitivos irão saber à que me refiro.
O encontro seria às 21 horas. Cada uma levaria algo para compartilhar em um pequeno lanche coletivo após o ritual. Levei alguns morangos vermelhinhos e suculentos.
Toquei a campainha e a Mel veio me receber.
Como sempre ela estava muito linda, com uma saia colorida de elástico na cintura e uma blusinha solta casual, que completava o look, simples, mas que a deixava muito sex.
Me aproximei para dar um beijo no rosto da Mel, e o cheiro que subiu dela parece que adentrou no meu ser, como uma mistura de ervas feita intencionalmente para me embriagar. Fiquei meio zonza com aquela percepção, titubeei um pouco, e meio que acidentalmente, ao invés do rosto, o meu beijo tocou o canto da boca da Mel.
Juro que eu tremi!
E se não estou enganada, também percebi um leve tremor nela.
- Boa noite Morgana!. Tava com saudades de te ver!
A voz meio rouca da Mel entrou nos meus ouvidos com uma entonação diferente. Algumas luzinhas se acenderam dentro de mim. Mas eu só podia estar imaginando coisas.
- Eu também estava! - consegui responder.
Ela me chamou para entrar, e olhando para o terraço, percebi que Magda e Luna já estavam no ambiente externo, onde tinha sido preparado o espaço do nosso ritual.
Fui até a cozinha para condicionar os morangos em uma tigela, e levar pro nosso "altar". Tínhamos total liberdade na casa uma das outras, mas neste momento a cozinha pareceu pequena.
A Mel tinha me seguido.
Naquela hora me questionei. Nunca tinha acontecido de eu me atrair por uma mulher, e justamente a Mel, que eu conhecia há tanto tempo, iria despertar isso em mim? Definitivamente, eu estava ficando muito tempo sozinha. Só podia estar ficando louca.
Ela se aproximou para pegar uma vasilha para os morangos, que estava no armário ao meu lado, na parte de baixo.
Para abrir as portinhas ela se abaixou, e sua blusa solta me deixou ver os seios livres e perfeitamente perfeitos que ela tem.
Uma onda eletrizante percorreu todo o meu periférico, e se alojou todinha no meu ponto da feminilidade que ganhou vida própria com seu pulsar.
Será que ela fez de propósito?
A Mel me entregou o recipiente de vidro, com um olhar entre manhosa e atrevida.
Eu recebi, coloquei os morangos e voltamos para junto das meninas no terraço.
A Jade e Lis já tinham chegado, e eu fiquei espantada, pois nem percebi a campainha tocar. Mas, sabia o motivo. Eu estava completamente consciente da Mel, e não ouvia mais nada.
Éramos seis mulheres, lindas e diferentes. Loiras, ruivas, morenas ou mais branquelas, capazes de despertar o desejo em qualquer homem.
Me dei conta então de que nunca tinha visto a linda ruiva Mel com nenhum homem, envolvida em nenhum relacionamento.
Assim como eu.
No meu mundo não cabe um homem e todas as suas particularidades. Prefiro estar só.
Não ia rolar.
- Tá me ouvindo Morgana?
Era a Liz que me arrancava de meus pensamentos.
- O quê? - perguntei.
- Vamos começar, mas acho que você já estava no mundo da lua né?
Elas riram do comentário e eu fiquei vermelha. Olhei pra Mel e ela não sorria, só me fitava, intensamente.
Começamos então nosso ritual. Acendemos um incenso e algumas velas, e nos sentamos em círculo ao redor, cada em uma almofada comodamente acomodada.
Os alimentos que trouxemos permaneciam no centro do círculo, para receberem as nossas energias.
Fizemos um momento de concentração, olhos fechados, respiração pausada… Então a Magda começou.
- Eu ancoro o Ar. Hoje estou leve como uma brisa. Que essa fluidez possa estar presente em nossos dias.
E parecia mesmo. Nossa mascote era muito ingênua às vezes, o que tornava o seu viver mais leve. Ela era super legal.
Em seguida foi a vez da Luna.
- Vou ancorar nesse dia com a Terra, que me faz sentir firme e produtiva, como Nossa Grande Mãe.
- Também ancoro a Terra, por ter à ela como nossa acolhedora, e por podermos nós também nos tornar acolhida para outros seres. - disse a Liz.
Na vez da Nina ela escolheu o Éter.
- Estou envolvida em uma força que desconheço, só podendo ser a manifestação do Todo em mim. É uma satisfação plena poder ser esse canal.
A Mel permaneceu em silêncio, e como faltava somente nós duas, tomei a iniciativa e disse, meio fora de mim.
- Eu ancoro o Fogo. Por ele hoje estar me consumindo. Não lembro nunca de ter atingido esse grau de intensidade, mas também parece me trazer uma força que não sei administrar.
Senti “ela” olhando para mim. Um rápido relance de olhar, mas que me deixou perceber uma fagulha em seus olhos. Falei novamente.
- Agradeço ao Universo por estar aqui, e sentir a vida pulsando em mim.
Espera!
Eu que disse isso?
Como assim?
E ainda arrematei com essa: -
- O Universo nos traz presentes surpreendentes, e hoje quero venerá-lo.
Nesse momento abri os olhos. Ela olhava fixamente para mim. As outras meninas, de olhos fechados, vivenciavam seus processos de introspecção.
A Mel passou a língua nos lábios, como se tivesse sede, e eu pensei que deveria ter ancorado a água, para matar aquela sedenta necessidade dela.
Fechei novamente os olhos antes que alguma das meninas abrisse os seus e nos flagrasse naquele não sei o quê de clima.
Fui invadida pela voz rouca e sensual da Mel, que parecia ampliar os meus sentidos.
- Vou ancorar a Água, com todo o poder que ela tem sobre o fogo.
Tive que olhar.
Ao que me pareceu ela não tinha nem piscado desde que começou a me observar, e me fez afetar por outro choque, que me perpassou cada centímetro do corpo.
Esqueci até como respirava.
Entendendo que a Mel não ia mais falar nada, as meninas aos poucos foram abrindo os olhos, e continuamos tudo como previsto.
Pelo menos para algumas de nós.
Eu estava com receio da almofada embaixo de mim começar a soltar fumaça de tanto calor que escapava da minha bucetinha.
Comemos e bebemos um pouco de tudo que cada uma levou, e ficaram ainda algumas coisas sobre o tapete, inclusive alguns dos morangos.
No avançar das horas começaram as despedidas.
A Mel sabia que era eu quem morava mais perto dela, e foi logo falando:
- Ficar toda a bagunça para eu limpar sozinha não é justo meninas. Você pode me dar uma mãozinha Morgana? Sua casa é bem aí!
Agora eu daria até mais. Como certas partes do meu corpo naquela boca perfeita.
- Sem problema.- disse tentando parecer casual.
Será que foi novamente visto naqueles olhos uma centelha estranha, ou eu só quis ver?
Nos despedimos das meninas com abraços e beijos, e quando a última saiu, e eu escutei o clique da porta se fechando, vi a Mel se virar lentamente olhando para mim.
Não era um olhar como os outros anteriores. Era um olhar de fome, de desejo, quase de desespero. E ao mesmo tempo ela parecia constrangida em avançar.
Alguém precisava fazer alguma coisa.
Andei um passo.
Os olhos nos olhos dela.
Vendo minha iniciativa, ela também avançou um pouco, e nos encontramos quase no meio da sala.
A mão dela procurou a minha num toque singelo, e percebi a frieza na sua mão e um leve tremor.
Então segurei mais firme, entrelaçando os nossos dedos, e um leve sorriso despontou no rosto da Mel.
Lentamente busquei o rosto dela, na tentativa de sentir novamente aquele mesmo aroma embriagador, que havia me recepcionado na chegada, e ele estava lá.
Agora aumentado pelo cheiro de excitação.
Aquele perfume, como uma bomba, estourou dentro de mim, num espantoso acesso de ternura.
Busquei os lábios dela e depositei gentilmente um beijo.
Depois outro.
E mais outro …
Ela começou a retribuir, e quando percebemos estávamos nos devorando, um cataclisma de sensações invadindo o meu peito, o meu corpo, a minha alma.
Eu não podia mais ter calma. Introduzir a minha língua possessivamente na pequena boca da Mel, e o gemido que ela soltou me fez ter a certeza da total entrega de nós duas.
Era impossível sentir tanto tesão concentrado em apenas um beijo!
Apenas um beijo?
Eu tô querendo enganar a quem?
Aquele estava sendo “o beijo”!
Minhas mãos impacientes começaram um livre passeio por suas costas, colocando um pouco de força para que ela se aproximasse mais de mim.
Estávamos completamente coladas.
Nossos seios em contato constante.
Através da blusa dela vi os biquinhos se pronunciarem. E meu corpo prontamente respondeu.
Que perfume!
Que sabor!
Que loucura!
Fugi um instante da sua boca para respirarmos, me encaixando no seu pescoço, fazendo trilhas com a ponta da minha língua, refrescando um pouco aquela pele quente, arrancando um pouco do seu sabor.
Era como se o tempo tivesse parado lá fora.
Não havia nada! Buzinas, caos, pessoas…
Só havia nós duas, e a nossa explosão de sentimento.
- Como eu esperei esse momento! - escutei a Mel falar, tomei um susto e disse:
- Como assim?
- Ora Morgana, faz tempo que eu te observo. Você não imagina as noites que já passei sem dormir, imaginando como seria ter você nos meus braços. Por que você acha que marquei aqui o nosso encontro? Eu tinha esperanças de que na minha casa eu poderia ter mais chance de te pegar de jeito.
Inicialmente recebi aquilo com surpresa, mas depois uma onda de prazer se apoderou de mim.
Eu tinha sido extremamente desejada por aquela mulher linda.
Ela tinha pensado em mim por noites e noites.
- Nunca percebi. Me desculpa. Acho que eu estava ficando muito tempo no meu mundinho.
Nossas bocas se colaram novamente. A sofreguidão e a urgência nos fazia perder os limites da razão.
Uma das minhas mãos subiu para o seio da Mel, e aquele calor maravilhoso teve o poder de acender ainda mais a minha excitação.
Aquela blusa não podia servir de barreira. Eu queria ela inteira.
Me afastei um pouco, só para tirar a blusa dela pela cabeça, e fiquei extasiada ao ver seus lindos seios rosados, protuberantes.
O que vi de relance na cozinha nem se aproximava daquela visão.
Os biquinhos rosados, mostrando o centro de dois montes perfeitamente simétricos, ali, ao meu dispor.
Emocionada, inspirei suavemente o cheiro de um, depois do outro seio, e ali se propagava a mesma porção divina que eu havia sentindo no rosto dela.
Meus lábios não se contiveram.
Quando percebi já tinham se fechado em volta do bico de seu seio.
Ela deu um grito alto de prazer, que funcionou para mim como se fosse um copo de água no deserto.
Isso é certo meu Deus?
Como pode caber tanta emoção em um curto espaço de tempo?
A pele dela estava arrepiada. Eu, com aquele seio na minha boca, enquanto a outra mão descia ávida, em busca de mais.
As mãos dela também procuravam por mim, e tateavam de maneira nervosa, buscando alcançar o que achava ser seu por direito.
Continuei beijando a Mel desesperadamente, ao mesmo tempo que encaminhava ela lentamente até o espaço onde estávamos reunidas antes. Relutante, soltei ela alguns instantes, juntei as almofadas em um canto do tapete, e estendi a minha mão em um convite mudo.
E ela veio.
Sentamos ali e começou um maravilhoso jogo de prazeres.
O perfume adocicado do ambiente aguçava nossos sentidos, e como que em transe coloquei minha mão dentro da calcinha dela.
Senti a Mel enrijecer. Tive medo que ela quisesse parar tudo ali mesmo, que eu não estivesse fazendo a coisa direito…
Mas uma sensual dança começou, à convidar minha mão a se aproximar mais e mais daquela fenda macia.
Os quadris dela faziam movimentos convidativos que me deixaram louca.
Deitei a Mel de costas nas almofadas, e a calcinha que tinha sido apenas afastada, foi tirada com uma velocidade impressionante.
Abrir as pernas dela suavemente, olhando nos seus olhos, percorrendo depois o seu corpo, até conseguir visualizar seu clitóris. Seu ponto de maior prazer, onde eu direcionaria toda a minha energia dali pra frente.
Que cheiro delicioso!
A Mel não tinha pêlos. Uma maciez extrema envolveu a minha boca quando suavemente passei a minha língua dentro da sua abertura.
Os gemidos incontroláveis da Mel estavam fazendo parafusos na minha mente.
Aquela garota era demais!
Como eu não percebi tudo isso antes?
E eu querendo fazer trabalhos manuais, tendo coisas mais interessantes para fazer com as mãos .
Minhas mãos! Uma delas voou até o seio da Mel, que entumecido demonstrava todo o prazer que ela estava usufruindo.
Toquei no seu íntimo com suavidade, lentamente, fazendo uma deliciosa tortura com minha lingua, labios e saliva, que arrancava ruídos e suspiros dos lábios da Mel.
Aquele néctar que começou a surgir na sua vagina era como um afrodisíaco, que me impulsionava a querer sugar mais, e mais, e mais…
A outra mão alcançou um morango. Sem que ela percebece introduzi ele suavemente em sua buceta.
Nesse momento senti as mãos dela na minha cabeça, fazendo uma leve pressão de meu rosto contra o seu corpo, que anunciava os limites do prazer, que estavam sendo ali determinados por ela.
E a Mel jorrou seu sabor na minha boca. Tive então a plena consciência do ato extremo de amor que havíamos feito.
Mordisquei um pouco mais sua bucetinha, até que ela não conseguia mais, deliciosa, completamente saciada.
Dividimos o morango em mordidas sensuais.
A Água havia dominado completamente o Fogo.
Meus dias de solidão nunca mais foram os mesmos.
*Publicado por Morganamoura no site promgastech.ru em 22/09/24. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.