Beleza ignorada,desejo revelado 2
- Temas: Paixão,desejo,festa,romance
- Publicado em: 24/07/25
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- Autoria: Baixinha20
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Ela estava parada na minha cozinha, enrolada na minha toalha, com uma xícara de café na mão e o cabelo ainda úmido. E foi ali, sem nenhuma cena grandiosa, que me bateu a merda do pensamento: acho que tô fodidamente apaixonada por essa mulher.
Nunca fui dessas de me apegar fácil. Sexo pra mim era só prazer: carne, calor, alívio. Mas com Raissa... Era diferente.
No começo só a olhava como uma casadinha mal comida que eu precisava foder, mas agora... A vejo como uma mulher linda, inteligente, e determinada.
Eu devia estar fugindo disso. Fugindo dela. Fugindo do risco de me ferrar inteira por alguém que ainda chama o marido de “amor” no viva-voz. Mas lá estava eu, parada na porta da cozinha, olhando cada detalhe dela como se fosse um vício novo. E talvez fosse mesmo.
Ela me olhou por cima da borda da xícara e sorriu. Aquele sorriso de canto de boca, meio cúmplice, meio safado. Aquele que, toda vez, me fazia esquecer que ela usava aliança na mão esquerda.
— Você vai ficar me encarando aí ou vai vir tomar café comigo?
— Tô tentando entender onde foi que você me fodeu mais — respondi. — Se foi naquela parede do meu quarto ou dentro da minha cabeça.
Ela riu. Uma risada curta, e nervosa. Mas não respondeu.
Isso foi numa quarta-feira. Raissa sempre vinha às quartas e às sextas, eu tinha que contentar com dois dias na semana enquanto aquele ogro ficava 7/24. Mas logo logo iria descontar minha frustração.
Sexta-feira teria festa na empresa onde trabalhamos, onde os funcionários poderiam levar seus cônjuges ou namorados. Ele estaria lá... Com ela.
Ela entrou na festa como se soubesse que eu ia estar olhando. Vestido vinho, justo, cabelo preso num coque frouxo que deixava a nuca exposta. E ao lado dela, claro, o mesmo marido genérico de sempre, terno mal ajustado e sorriso de quem acha que tem tudo sob controle.
Quando nossos olhares se cruzaram, foi rápido — um segundo, talvez dois — mas foi o suficiente pra eu entender: aquela noite ainda ia me foder. Literalmente.
A música alta tentava disfarçar o que eu sentia, mas não dava. Eu me aproximei devagar, sentindo o peso do olhar dele no meu pescoço. Mas eu não ia recuar. Nem aquela noite, nem nunca mais.
"Raissa," sussurrei, quando ela passou ao meu lado, o perfume dela me deixando tonta.
Ela me olhou, o brilho nos olhos dizendo que a gente já estava indo longe demais para voltar atrás... Rapidamente inventei um pretexto pra chamá-la na frente do seu parceiro.
— Poderia acompanhar-me até lá dentro? Tenho muitas perguntas sobre seu relatório pro chefe. — uma desculpa furreca eu sei.
Raissa olhou para o corno, que só deu de ombros e foi em direção ao bar. Babaca, pensei.
Ela me seguiu, hesitante, mas não conseguiu disfarçar o fogo que brilhava nos olhos. O barulho da festa ficou distante, um zumbido abafado enquanto a gente se afastava daquele mar de gente. Só existíamos nós duas, mesmo com ele a alguns metros.
— Relatório pro chefe, né? — repeti tentando soar casual, mas com a voz mais rouca do que queria admitir.
Ela riu, um som baixo e meio nervoso, e encostou no balcão ao meu lado.
— Espera, esse não é o caminho pra sua sala. — ela estranhou. Eu dei meu sorriso mais diabólico.
— Eu disse que era o relatório pro chefe, então vamos fazer na sala dele.
— Maluca! E se ele ou outro alguém aparecer? — ela disse, mas não parou de me seguir. Até segurou na minha mão. E borboletas nasceram na minha barriga, como se eu tivesse 13 anos novamente.
Puxei a mão dela com cuidado, guiando-a pelos corredores quase vazios, longe das luzes e da música alta. A cada passo, sentia o coração martelar no peito como se quisesse sair pela boca — não só pelo medo de sermos flagradas, mas pela eletricidade que rolava entre nós.
Abri a porta devagar, e assim que entramos, fechei atrás de nós, mergulhando a sala num silêncio pesado e carregado. A luz amarela do abajur criou sombras que dançavam nas paredes, desenhando um cenário só nosso.
Raissa virou para mim, os olhos brilhando, as mãos tremendo levemente.
— E agora? — perguntou.
— Agora a gente para de pensar no que é certo e faz o que quer. Pelo menos por um tempo — respondi, me aproximando, sentindo o calor dela invadir meu corpo.
— Você com essas frases devia ter sido filósofa.
Nossas bocas se uniram e não sei se por causa da recente descoberta de paixão, mas esse beijo tava melhor que os anteriores. As nossas bocas se encaixaram perfeitamente.
Minhas mãos encontraram os quadris dela, puxando-a para perto, enquanto nossos lábios se encontravam em um beijo lento e urgente, cheio da promessa de que, ali, naquele instante, só existia a gente.
Andamos (enquanto arrancávamos com pressa nossas roupas) até o confortável sofá da sala. Fui beijando cada parte do corpo de Raissa, sentindo o seu perfume inebriante, dei muito cheiro naquele pescoço onde sabia que era seu ponto fraco.
Quando cheguei nos seus seios fartos, ali me entreguei. Sugava como sempre fiz, mas dessa vez com mais carinho, menos selvagem.
Raissa gemeu baixinho, os olhos fechados, o rosto corado, e um sorriso torto se formou nos lábios dela.
— Você é diferente, sabia? Ninguém nunca me tocou assim. — ela confessa, a voz entrecortada. Não respondi, tinha coisas melhores a fazer com a boca.
Por baixo do vestido cor de vinho havia também uma calcinha cor de vinho, rendada. Aprendam: peças rendadas não tiramos, apenas puxamos para o lado. Foi o que fiz. Afastei para o lado, olhei para aquela buceta gordinha, com os lábios saltando.
Não me fiz de rogada e caí de boca. Estava cheirosa, com um cheiro natural de buceta, um cheiro que o marido dela não gostava mas eu sim.
Meu beijo se aprofundou, sugando cada centímetro daquela carne que me incendiava. A língua deslizou macia, explorando os pequenos lábios inchados, molhados, já prontos para me devorar também. Raissa arfava, as mãos tremiam, mas não me afastava — pelo contrário, me puxava mais pra perto, como se precisasse se afogar em mim.
Enquanto eu me perdia naquele paraíso proibido, minhas mãos não paravam: subiam pelo corpo dela, seguravam os seios fartos, apertavam a pele macia, brincavam com os mamilos endurecidos. Raissa já não se continha mais, sua respiração era um fogo que me queimava por dentro.
— Você sabe o quanto eu te quero, né? — eu sussurrei entre um beijo e outro, sentindo o tesão crescer como uma chama incontrolável.
Puxei a calcinha rendada para o lado, deslizando os dedos por dentro dela, sentindo a umidade quente que só aumentava a minha vontade. Raissa me segurou pela nuca, guiando meu ritmo, mostrando o quanto queria, o quanto precisava daquele contato.
— Quero você inteira — sussurrei, mordendo o lóbulo da orelha dela, sentindo o arrepio que passeou pela espinha dela.
Como ela sempre estava pronta pra mim, Raissa gozou nos meus dedos, enquanto eu continuava mordendo sua orelha, pescoço. Amava vê-la revirar os olhos, uma sensação que o corninho nunca poderia dar a ela.
Esperei sua respiração normalizar pra poder falar que era hora de voltar à festa.
— Ah, mas já? Achei que podíamos ficar mais. — ela lamentou. Uau! Finalmente ela esquecendo um pouco dele!
— Temos que voltar ou senão vão dar falta da gente. — disse, não disfarçando meu sorriso vitorioso.
Nos recompomos. Perguntei se podia ficar com a calcinha, mas ela categoricamente disse não.
Ao voltarmos para a festa, seu marido ainda estava no bar, detonando todas as bebidas. No final da festa ainda deu trabalho pra coitada, mas como ela já tinha gozado gostoso comigo nem se importou.
Ao chegar em casa, recebi a seguinte mensagem dela:
"Hoje você tava mais carinhosa, amei isso, mas prefiro seu lado faminto"
Eu ri. Fui dormir muito feliz aquela noite.
*Publicado por Baixinha20 no site promgastech.ru em 24/07/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.