Grave amor

  • Publicado em: 22/01/20
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  • Autoria: estreladosul
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Painel. PhpVine, é um ser humano estranho. Seus Desejos incompreensí­veis, são chamados de loucos porque como muitos outros, falam de liberdade. Acabam incompreendidos e Findam presos dentro de diferentes jaulas. Os Cabelos negros de Vine são tão cacheados que se fecham, não só por si, mas em si. Também parecem conservar o resquí­cio da utopia que impregna a sociedade sob forma de perfume. Cheiros, foram uma solução encontrada para disfarçar a tristeza que a podridão de cada corpo traz consigo, não por ser morto, mas por morrer. Vine, foi desenhada a mão pelo realismo, e mesmo que as borrachas moralizantes tenham tentado retraça-la, permaneceu ainda como uma caricatura da selvageria. Um desafio para à arte, e também um aroma delirante, que nos poucos instantes mostram a Raabe a liberdade, que é não ter uma solução pré-formulada. Transar com Vine é achar em si o prazer dos sentidos que romantizam a vida, mas ama-la, é uma dor frustrante de quem não saber retribuir um grande favor.

- Preciso ir. -responde Raabe.

- A gente se vê... -responde Vine.

Ao longo dos dias, percorremos caminhos que não fazem sentido. Talvez, seja esse o primeiro ví­cio que adquirimos na vida. Andar automaticamente. Colecionar rostos, ruas, preencher horas. Como se andar fosse um meio de enganar à preguiça, prevenir seus desânimos. No entanto, a dor no coração e fisgadas na buceta, faziam Raabe caminhar esquisita, como se tivesse algum problema, e de fato tinha. Isso abate a pobre coitada, que entra na loja muito bem penteada, para mais um dia de trabalho. Dobrar, sorrir, sorrir e dobrar. Como será a sensação de se sentir tão importante, para que o sustento se torne uma atividade desinteressante? Amor, orgasmo, orgasmo e ...

- Quanto custa? - pergunta uma moça, muito animada, achando que a blusa poderia melhorar a sua cara.

- Quarenta reais. - Responde Raabe saindo de seu transe. Em seguida, a mulher se direciona aos provadores mais à frente, enquanto Raabe segue ainda mais a frente, para também provar algo que possa deixar sua cara um pouco bonita.

Uma grande porta marrom, pesada, com fechadura boa e dura, permiti-nos nos sentir seguros? Raabe abriu aquela porta e fechou. Trancada dentro, com os olhos abertos, o escuro do banheiro foi a segunda melhor coisa que havia visto hoje. Abriu os botões e abaixou suas calças. Olhando para baixo, sua buceta pingava gotas elásticas, melando sua calcinha. De costas para a porta, e de frente para a parede, colocou o pé esquerdo no vazo, enquanto cheirava o braço que se apoiava. Perfumes não são uma forma que encontraram para disfarçar a tristeza que a podridão que cada corpo traz? Enquanto cheirava o braço, impregnado do perfume que Vine costuma usar, Raabe metia o dedo indicador na própria buceta, que se apertava. Mastigando a mão dentro de si mesma, junto com o cheiro de Vine, ela chupava seu braço como chuparia o peito da outra. Quando se toca as rugas da velhice, costuma-se fechar os olhos com lamento, mas quando se toca as rugas da buceta...

SE MORDE O BRAí‡O

E

-OOoooohhh! - Responde Raabe.

Um cheiro, algumas socadas. Raabe agora de olhos fechados, cheira os próprios dedos e limpa-os na barriga, que imagina ser de Vine. Suspira de alí­vio e sente morta.

Um, dois, três: TOC, TOC, TOC.

-JÁ VAAAAI! - responde Vine.

Portas sempre dizem muito sobre os lugares que queremos entrar. Seja pela quietude ao fecha-las, ou pelo desespero que mostram ao abri-las. Como se deste iní­cio, mostrassem que surpresas não passam de esquecimentos revividos. Vine sempre custava 15 segundos para abrir a sua, tendo que segurá-la pelo ferrolho e arrasta-la, para que cantasse seu urro baixinho. Irônica coincidência? Assim como a porta, ela costumava urrar baixinho, ser empurrada e transformar segundos em horas.

- Oxe, pensei que fosse para a faculdade! - fala surpresa ao ver Raabe.

- Hoje tive um dia tão estressante, eu não posso ir pra lá... Eu, eu, preciso relaxar! - Responde Raabe.

- Entra mulher! - Responde Vine, mangando do mau humor de sua namorada. No fundo, havia algo nele que a fascinava. A verdade era que amava, quando seu rosto adquiria tais traços. Era como se fosse uma fotografia com hiper contraste. Tão profundo e escuro, exibindo tudo que se escondia. Aquele tipo de coisa, que nos faz impares. Raabe entrou e parou na sala mesmo, sentando-se no sofá.

- O pessoal saiu? Pergunta. - Aham... - Responde Vine.

- Amor, hoje o trabalho foi tão chatooooo! Você não vai acreditar no que tive que fazer pra passar melhor... - fala Raabe.

- ( kkkkkkkkkk) Disse que todo mundo era feio, ou saiu jogando as roupas tudo no chão? "“Responde Vine.

- (haha) Muito engraçada a senhora, grava um dvd. (kkkkkkkkkk). Eu me masturbei no banheiro, e tive um orgasmo da porra. Me lasquei depois, porque tive que ficar um tempão em pé.... - Fala Raabe.

- E pensou em que pra ter sido tão fantástico? É melhor que tenha sido em mim... Responde Vine. Raabe olha pro fundo daqueles olhos pequenos, troca a posição e apoia os pés no tronco dela, obrigando-a a trocar de posição também, para que ambas ficassem de frente. Acariciando com os pés a seus braços, e cheia de incerteza camuflada, começa:

- Estávamos numa varanda muito alta, igual aquelas que suicidas se jogam. Olhávamos as nuvens, que pareciam estar maiores. A gente estava usando uns beirinhas jeans, muito lindos, enquanto fazia um frio da porra. Te virei e te deixei de costas pro céu, fazendo com que você olhasse só pra mim. Então Raabe encaixou seus pés no espaço entre os braços e tronco de sua namorada, puxou-a para cima de si, prendendo sua cintura com próprias pernas. Olhou no fundo dos seus olhos, segurou seu maxilar para calá-la e continuou:

-Você segurou minha cintura e eu o seu rosto, então nos beijamos. A Tua lí­ngua tava tão cheia de saliva, que escorregou quando tentei chupar. Você puxou meu lábio, e eu desprendi teu sutiã. Minhas mãos desceram por tuas costelas, aonde fui roçando com dedos até chegar na tua bunda, que acariciei... - Ambas estavam de olhos fechados, Vine sentou-se por cima da buceta de Raabe, que arranhava levemente sua barriga, passando para as costas, fincando suas unhas pequenas na pele, desenhando nervos em suas costas, deixando tatuada sua fantasia. Continuou:

- Eu parei teu beijo pra te olhar, mas você não deixou, sua boca estava com mais saliva ainda... Então mordi teu queixo, depois beijei. - A essa altura Vine já se encaixava entre as pernas de sua namorada, roçando involuntariamente sua buceta, enquanto Raabe chupava seus peitos e enfiava o dedo indicador e anelar em sua boca. A abraçou forte, obrigando-a a deitar-se de novo, mas dessa vez com a bundinha empinada. Com os dedos devidamente lubrificados com saliva, Raabe os reversava nas carí­cias em seu cu. Os melhores cochichos, são aqueles ditos sem ar, enquanto Vine molhava a roupa da companheira, já que sempre estava de blusa grande e sem calcinha dentro de casa... Raabe continua a falar com dificuldade:

- Desci até teus peitos, como se desce a ladeira do vulcão. Eu me esforçava pra não cair logo lá embaixo. Beijei tua boca de novo, levantei tua blusa e chupei teu peito menor, enquanto acariciava o maior. O meu braço direito foi obrigado a te sustentar pela cintura, já que tuas costas começaram a se dobrarem pra traz. Sua cabeça ultrapassou tanto a grade da varanda, que seus cabelos ficaram suspensos naquele abismo. Algumas pessoas que andavam na calçada do prédio, viram o que tava acontecendo, e começaram a gritar:

- Elas estão transando! - Raabe continua falando:

- Eram várias pessoas. E elas só aumentavam... Chamaram os seguranças, só que eles começaram a nos filmar com seus celulares. Logo as outras pessoas começaram a fazer o mesmo. Comecei a sentir que o mundo corria em câmera lenta, até que você se virou de frente para o céu e olhou pra baixo, viu todas aquelas pessoas, pegou pelos meus cabelos encostou meu rosto no teu. Eu fiquei ouvindo a sua respiração acelerada enquanto beijava seu rosto. Até que você sussurrou em meu ouvido...

- Mete! - Respondeu Vine.

De olhos fechados, corpo arrepiado, agora Vine era um pedaço de gelo quebrado. Sua ordem, percorreu tão quente pela sala, que poderia derreter os móveis. Ela se ergueu novamente sobre a namorada, apoiando uma perna no chão, deixando que a mão da outra se posicionasse de maneira correta:

- Deixa eu ver uma coisa. - perguntou Raabe, interrompendo o transe da parceira. Já com o celular na mão, apontava o close bem no rosto dela.

- por que você tá com o celular? - perguntou Vine, de olhos entreabertos.

- Quero filmar você. Respondeu Raabe, com sorrisinho safado.

- Você é louca! - Fala Vine, sentando na mão de sua mulher.

Se o caos pudesse ser filmado? Assim como o medo, o nervosismo, o egoí­smo, ou o altruí­smo? Como posicionarí­amos o ângulo da câmera? De baixo, luz fluorescente, zoom 2, 2. As mil possibilidades do que Vine poderia estar pensando, se apagavam. Era possí­vel enxergar pela câmera, as bactérias que infestavam seu rosto. De baixo, luz fluorescente e zoom 2, 2, eram as configurações para se registrar a parte de sua humanidade que a filosofia não entende.

- Mexe ... - Pede Raabe. O corpo da Outra ia pra traz, frente, cima e embaixo, por minutos sua vagina se contraia, quase quebrando os dedos de Raabe, que a essa hora estava com o masoquismo latejando.

- Ooooh ! Fode... - Pede Vine, posicionando os braços num modo parecido quando se faz uma flexão, cobrindo toda a parte superior de sua parceira, enquanto a Outra, de quadril livre, mexe-o, deixando a mão inquieta parada, concentrando a força do corpo no pulso, intensificando a penetração, indo de fora para dentro, e de dentro para fora.

Rápido

Rápido,

Rápido

Músculos rí­gidos, cantos primitivos, danças esquisitas, metamorfose agressiva.

Mais Mais Mais

FORí‡A RESISTÊNCIA ULTRA VIOLÊNCIA.

Vine suga a firmeza do sofá, para se manter firme. Suas pernas tremem, de dentro para fora, de fora para dentro. Seu Corpo, pingando suor, refresca Raabe, que naquela posição de baixo, se sente dentro de uma caverna. Claustrofóbica e masoquista, revira os olhos, respirando o ar escasso, guardado na boceta de Vine.

- Fica por baixo agora... - Fala Raabe. Ela lhe olha tão sem ar, com aquele sorriso de profano torturado, saindo de cima, sentando-se no sofá de pernas abertas, respirando pela boca e brilhando como um vagalume. Raabe pega o celular que ficara apoiado no raque filmando tudo, enquanto Vine se senta com os pés apoiados no sofá. Raabe se ajoelha e enquadra a vagina escura, de lábios carnudos e lí­ngua rí­gida. Entrega o aparelho a sua parceira, que automaticamente passa a observar da tela o momento que Raabe a beija. Lábio com lábio, lí­ngua com lí­ngua. Descendo subindo, subindo descendo, lambendo mordendo, chupando e sugando. Com o dedo polegar, Raabe, trafega os pisos falsos desse priquito, enquanto desliza de lí­ngua na subida até o umbigo. Em outra boca, Raabe beija agora uma mulher sem rosto, tatuada na barriga de sua namorada, que se mostra uma ótima câmera ao enquadrar o momento. Será talento desperdiçado como cinéfila de pornô? Que tipo de mulher consumiria tal tipo de arte? Vine assistia da tela, com o sorriso de profano sobrevivente.

Enquanto isso, Raabe acariciava as pernas da parceira quase arrancando pedaços. Resolveu voltar a posição de joelhos. Já era a terceira vez em menos de dois dias, que sentia-se acabada. Movendo-se pela FORí‡A RESISTÊNCIA.

Para encarar a realidade de não entender e quase não conhecer a mulher com quem se deitava. De sentir-se doente com o remédio para seu tédio. Deste que a conhecera, deixara de andar automaticamente. Mas, como alguma madame que deve dito antes de sumir: - um ví­cio se troca por outro. Raabe não sabe se por convenção persistiu nesse relacionamento, ou se foi o perfume de seu Melzinho que a libertou das soluções pré- formuladas. O importante é que hoje estava lá, cheia de

FORí‡A RESISTÊNCIA ULTRA VIOLÊNCIA.

De joelhos, com o dedos anela sustentando o indicador e o polegar envergado, Raabe parecia segurar um revólver. Preparada para atirar, desejava profundamente matá-la da mesma forma que havia morrido nos banheiros. Penetrou na vagina com desespero, permanecendo dentro como alguém que treme de adrenalina, enquanto masturbava o clitóris com polegar mais e mais, mais e mais, mais, mais, mais, mais, mais , mais e mais...

- PLOC, PLOC, PLOC- responde a buceta de Vine, sufocando ambas.

Raabe segurou Vine pelas pernas, com as duas mãos, arrastou para o braço do sofá, deixando metade de seu corpo mais ou menos deitado e o resto apoiado nela, que mesmo escorregando, manteve-se preso o suficiente para que Raabe levasse a buceta a sua boca, prendendo e soltando seu clitóris suavemente, mas rapidamente...

- hummmmmm... - fala Vine virando o olhos, urrando baixinho e escandalosamente como sua porta, transformando os segundos em horas, horas suficientemente grandes, para que Raabe tirasse da sua buceta a sua boca, pra encostar o seu joelho direito, fechando as pernas de Vine entre ele, e movendo circularmente entre a entrada vaginal e o clitóris, fazendo com que ambos encharcassem sincronizadamente o joelho de Raabe com o lí­quido do amor...

- OOoooOohhhhhh! Falam ambas. Vine arrastou a outra metade do corpo para o sofá para que pudesse deitar. Parecia estar passando mal, não puxava ar suficiente, entregou a câmera para Raabe e se virou de lado segurando sua buceta...

- Oh my god! Comenta Raabe, enquanto filma Vine. Que virou o rosto para a mesma, sorrindo, e disse:

- Seu joelho está melado! - Raabe então percebeu que de fato estava cheio de lí­quido transparente e pastoso. Então a outra se levantou rapidamente, pediu que Raabe se sentasse no braço do sofá. A mesma obedeceu, incrédula com a cena, e observou boquiaberta Vine de quatro, lambendo e chupando o joelho cheio de seu gozo. Ela degustava o lí­quido do amor, com paixão. E o que importa, se é filantropia, fantasia de poesia, ou egoí­smo santificado? Vai ver no fundo, amamos ao que conseguimos nos agarrar. Alguns falam de conexão, outros de salvação. Seu fim, parece sempre justificar o meio. Como se fosse uma fórmula para se suportar. No final das contas, se ama o que precisa ser amado.

Vine olhou para Raabe que mal a reconhecera. Cara de cansada, lenta como um bicho anestesiado. Cabelos molhados, murchos, prova real, do consumo total, de suas energias. Então, fez o inesperado, de olhos quase fechados, abraçou sua companheira finalmente...

- Oh my god! Pensou Raabe. Não é que Vine também é filha de Deus?

*Publicado por estreladosul no site promgastech.ru em 22/01/20. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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