A aluna e o Professor!
- Temas: aluna
- Publicado em: 19/07/25
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- Autoria: amorcompegada
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Isadora é gaúcha, tem 22 anos e uma beleza suave e inquietante. Com cabelos castanhos, olhos e pele clara, cobertas por sardas leves. Os seios firmes e pontudos marcavam o tecido do vestido, e seu bumbum empinado era notado por onde passava.
Augusto Valente, 41, é o tipo de homem que carregava o silêncio como poder. Alto, cabelos escuros com toques grisalhos, olhar firme e uma voz baixa. Usa camisas bem passadas, sapatos alinhados, e raramente sorria.
Augusto não sabia quando tinha começado.
Talvez na terceira aula do semestre, quando ela respondeu uma pergunta olhando direto nos olhos dele, sem hesitar, sem o sorriso tímido que os outros usavam. Via quando ela chegava atrasada e murmurava um "bom dia" sem culpa.
Desde então, ela parecia saber exatamente o que causava nele, e usava isso com maestria. Escolhia sentar sempre à frente, cruzava as pernas devagar, deixando a saia subir um pouco mais do que o necessário. Quando falava, sua voz era baixa e firme. Augusto fingia desviar os olhos, mas cada gesto dela o alcançava, como uma chama que ele fingia não sentir, mas já o queimava por dentro.
Naquela quinta-feira, a cidade foi engolida por uma chuva pesada e repentina. Os trovões rasgavam o céu enquanto os alunos saíam apressados, protegendo os cadernos como podiam. Isadora ficou parada na portaria da universidade, já um pouco molhada, pois tinha esquecido o guarda-chuva em casa. Augusto trancava a sala quando a viu ali, encolhida, os braços cruzados sobre o peito.
— Está sem guarda-chuva? Perguntou Augusto, tentando soar neutro.
— E sem sorte, respondeu ela, com um meio sorriso.
— Estou com o carro ali. Posso te deixar no ponto de ônibus ou na estação.
Ela o olhou por um segundo mais longo do que o necessário, mas não disse nada, apenas aceitou e os dois caminharam juntos até o estacionamento. Dentro do carro, o som da chuva no teto criava uma intimidade incomum, deixando ambos um pouco sem jeito.
Com calma ela ajeitou o cinto, o vestido ainda úmido moldava seu corpo. Tenso por estar com uma aluna, ele ligou o carro e tentou desviar os olhos dela, puxando um conversa formal.
— Está gostando das aulas? — perguntou ele com a voz mais firme.
— Estou amando. Gosto da forma como o senhor conduz.
— Você mora longe da universidade?
— Uns 20 minutos daqui professor, mas pode me deixar ano ponto de ônibus.
— Eu te deixo em casa, só vai me avisando qual rua, disse ele, sem olhar diretamente.
O percurso seguiu quase todo em silêncio, interrompido apenas pela voz suave dela indicando as esquinas. A cada instrução, ele respondia com um leve aceno ou um “certo”, sem tirar os olhos da estrada. .
— É ali, na próxima à direita, disse ela, com um tom mais baixo, quase íntimo.
Ele virou, estacionando em frente a um prédio de três andares com varanda gradeada. Antes de tirar o cinto, ela o olhou de lado, pegou na mão dele e agradeceu a carona.
— Obrigada pela carona, professor. Foi gentil da sua parte.
— Não foi nada, respondeu, forçando a neutralidade na voz.
— A maioria dos professores não faria isso.
— Talvez seja um defeito meu, disse ele, com um meio sorriso.
— Talvez... — disse ela, com um brilho provocante nos olhos.
Ela ainda segurava a mão dele, como se testasse a reação.
Os olhos dele finalmente encontraram os dela, e por um segundo, não havia mais professor e aluna, só homem e mulher. Augusto não recuou, mas também não avançou.
Ela sorriu de leve, soltou a mão devagar e abriu a porta.
— Boa noite, professor.
Saiu do carro com passos firmes, sem olhar para trás.
No dia seguinte, Augusto chegou mais cedo do que o habitual. A sala ainda estava vazia, silenciosa, com o cheiro familiar de café vindo do corredor. Ele organizava os papéis sobre a mesa, mas sua atenção estava em outro lugar, ou melhor, em outra pessoa. Quando os alunos começaram a entrar, ele a procurou sem querer admitir, e lá estava ela.
Sempre pontual, Isadora, usava uma calça jeans justa e uma blusa branca simples. Sentou na primeira fileira como sempre, mas dessa vez não cruzou as pernas. Apenas o encarou ele por alguns segundos antes de abrir o caderno. Ele desviou o olhar, limpando a garganta, tentando começar a aula.
Quando o sinal marcou o fim da aula, os alunos começaram a guardar os materiais e sair em pequenos grupos. Isadora, porém, permaneceu sentada, como se esperasse o ambiente esvaziar. Augusto fingiu revisar alguns papéis, o coração um pouco mais acelerado do que deveria. Quando restaram apenas os dois, ela se levantou devagar, caminhou até a mesa e parou do lado dele. Sem dizer nada, colocou um papel dobrado sobre os livros dele e saiu sem pressa, deixando para trás o som dos próprios passos e o rastro de um perfume que ele já começava a associar ao perigo.
Augusto ficou ali por um instante, imóvel, olhando para o papel como se ele carregasse algum tipo de feitiço. Só depois de ouvi-la atravessar o corredor e o silêncio se estabelecer de vez, ele o pegou. Desdobrou com cuidado e viu que ela tinha anotado um número de celular. Augusto ficou olhando por alguns segundos o papel, como se aquele número fosse mais perigoso do que ele gostaria de admitir. Guardou no bolso, respirou fundo e saiu da sala, sentindo que aquele gesto simples havia quebrado a última barreira que ainda o mantinha seguro.
Ao entrar no carro, Augusto ligou o motor, mas não saiu imediatamente. A mão permaneceu no bolso, tocando o papel como se ele queimasse. O número estava gravado em sua mente, e mesmo assim ele tirou o celular, digitou devagar e salvou. A tela piscava, esperando por uma mensagem. Por fim, escreveu apenas: “Valente.” E enviou, sentindo o coração acelerar.
O celular permaneceu quieto por alguns segundos que pareceram longos demais. Augusto deixou o aparelho no banco do passageiro, como se o afastar o ajudasse a retomar o controle. Mas bastaram dois minutos para a tela se acender:
- Achei que não teria coragem.
Era ela. A resposta direta, provocante, escrita como se o conhecesse melhor do que ele gostaria. Ele encarou a mensagem por um tempo, o peito apertado entre o desejo e a dúvida. Seus dedos pairam sobre o teclado, indecisos, até que escreveu.
— Tem coisas que a gente tenta evitar.
A resposta veio rápida:
— Eu nem fiz nada... Só aceitei uma carona.
Ele leu mais de uma vez. A leveza nas palavras era quase infantil, mas a intenção estava ali, nas entrelinhas. Ele hesitou antes de escrever:
— Isadora eu sou seu professor. Tenho uma filha da sua idade.
Dessa vez, ela demorou um pouco mais para responder. Quando a mensagem chegou, era curta, quase doce:
— Eu sei. Mas não consigo não gostar de conversar com você.
Augusto passou a mão pelo rosto, sentindo o cansaço do dia pesar junto com a confusão que se instalava dentro dele. Aquela resposta, tão simples, o desarmava mais do que qualquer provocação direta. Ele digitou, apagou. Pensou em deixar pra lá. Mas os dedos se moviam sozinhos.
— A gente precisa manter uma certa distância, Isadora.
Demorou dois minutos, talvez três. Quando a resposta veio, era como um sussurro por mensagem:
— Eu fico quietinha, então. Prometo.
Augusto leu a mensagem mais de uma vez, tentando não sorrir, tentando não imaginar o tom da voz dela ao escrever aquilo.
“Eu fico quietinha”
Ele largou o celular no banco do passageiro e ligou o motor, decidido a não responder. Mas, antes de sair do estacionamento, olhou para o visor mais uma vez. A mensagem ainda brilhava ali, como um convite sutil.
Enquanto dirigia pelas ruas quase vazias, Augusto tentava se distrair com o trânsito, com os faróis, com qualquer pensamento que não levasse até ela. Mas era inútil. A voz de Isadora que ele só imaginava, ecoava na memória com um tom leve demais para o efeito que causava. “Eu fico quietinha.” Aquilo não era só uma frase. Era uma presença. Um jogo que ela começava a jogar com uma inocência calculada. E o pior era que ele sabia disso, e mesmo assim, não queria sair da partida.
Meia hora depois de já estar em casa, banho tomado, jantar deixado de lado na mesa, Augusto se sentou no sofá com o celular nas mãos. Passou o polegar pela tela bloqueada mais de uma vez, como se o simples gesto fosse suficiente para afastar o que sentia. Mas não era. Abriu a conversa. Leu tudo de novo. E então, contra cada argumento racional que tentava manter de pé, escreveu:
— Ainda acordada?
— Agora tô, professor!
A resposta veio rápida, leve, com um ponto de exclamação que soava mais doce do que atrevido. Augusto olhou para a tela por alguns segundos, depois respondeu:
— Isso não devia estar acontecendo, menina.
Ela demorou um pouco mais. Quando a notificação apareceu, o coração dele acelerou antes mesmo de ler:
— Eu sei… Mas eu só tô aqui, quietinha. Nem tô fazendo nada errado, né?
Ele sorriu de canto, tocando o próprio queixo, como se aquilo fosse suficiente para disfarçar o que sentia.
— Você sabe muito bem o que tá fazendo.
Ela respondeu quase em seguida:
— Só gosto de falar com você. Nunca senti isso com ninguém.
— Isadora, você é muito nova. Eu tenho idade pra ser seu pai.
Alguns segundos de silêncio. Depois, mais uma notificação:
— Mas você não é. E eu não tô tentando nada errado… só não quero que pare de falar comigo.
Augusto sentiu o peito apertar. Havia algo tão genuíno naquela resposta que o desmontava mais do que qualquer provocação. Não era só desejo, era o jeito como ela falava com ele, com doçura, com uma coragem meio tímida de quem ainda estava descobrindo os próprios sentimentos.
Ele digitou devagar:
— Eu não consigo parar de pensar em você, e isso me assusta.
Dessa vez, ela demorou um pouco mais. Quando a resposta chegou, era simples, quase sussurrada através da tela:
— Eu também penso em você… antes de dormir. E quando acordo.
Ele sorriu. Um sorriso tenso, contido, mas real. Porque ali, no meio daquela conversa silenciosa, algo estava crescendo, e ele já não sabia mais se queria parar.
O celular vibrou de novo. Ele desbloqueou a tela devagar, quase com medo do que poderia ler, e ao mesmo tempo, desejando.
— Fico imaginando como seria encostar no seu ombro e ficar quietinha ali por um tempo, sem falar nada. Só sentindo.
— Se eu deixasse, acho que não teria vontade de levantar dali.
— Eu também acho. E acho que ia gostar de ficar ali, com você me abraçando de verdade.
Augusto ficou com o celular entre as mãos por alguns segundos, o peito apertado por algo que ele ainda não sabia nomear. Havia ternura naquela troca — e um cuidado mútuo, mesmo no meio da tensão. Ele digitou com calma, como quem escolhe cada palavra com o coração:
— Acho que seria bom conversar com calma. Que tal um café no sábado?
A resposta dela veio com um emoji tímido, quase sorrindo:
— Eu ia gostar muito. Mas só se tiver pão de queijo e você prometer não fugir.
Ele riu baixinho, pela primeira vez naquela noite sem tensão, só com leveza. E respondeu:
— Combinado. Café, pão de queijo… e eu fico. Prometo.
— Boa noite, professor. ????
— Boa noite, Isadora. Dorme bem. E sonha com coisas bonitas.
— Tipo você?
Ele sorriu de novo. E, dessa vez, não tentou disfarçar.
Augusto permaneceu alguns segundos olhando para a última mensagem, os olhos fixos na tela, o sorriso ainda no canto dos lábios. Havia algo de leve, doce e inesperadamente bonito naquela conversa. Pela primeira vez em muito tempo, ele não se sentia sufocado pela rotina, pelos papéis que carregava de professor, pai, homem contido. Com ela, havia espaço para ser só ele. Guardou o celular ao lado, deitou no sofá com a mente girando, e antes de adormecer, se pegou imaginando o sábado.
No sábado, Augusto chegou dez minutos antes do horário combinado. Escolheu uma mesa mais ao fundo, de frente para a janela, onde o sol da manhã entrava suave. Estava com uma camisa azul clara, casual, mas passada com cuidado tinha trocado os sapatos duas vezes antes de sair de casa. Pediu dois cafés e um prato com pão de queijo, lembrando da mensagem dela com um sorriso contido.
Faltavam cinco minutos quando a campainha suave da porta anunciou a entrada de alguém. Ele levantou os olhos e lá estava Isadora. Cabelos soltos, uma blusa simples, calça jeans clara e uma mochila pequena pendurada no ombro. Ela olhou o ambiente, o viu, e sorriu daquele jeito que ele já conhecia: meio tímido, meio cheio de intenções.
— Oi, professor — disse, parando diante da mesa.
— Só Valente, hoje — respondeu ele, levantando-se, sorrindo de volta.
— Achei que ia desistir, disse ela, brincando, mas com um fundinho de verdade nos olhos.
— Pensei em desistir umas dez vezes. Mas não consegui — ele confessou, encarando-a por um instante mais longo do que o normal.
O garçom trouxe os cafés e os pães de queijo em silêncio, quase respeitando o clima entre os dois.
Isadora agradeceu com um sorriso breve, e assim que o atendente se afastou, olhou para Augusto com aquele brilho leve nos olhos.
— Você realmente pediu pão de queijo, hein?
— Promessa é promessa — ele respondeu, tentando manter o tom neutro, mas sem conseguir disfarçar o sorriso contido.
Ela pegou a xícara com as duas mãos e soprou o vapor como quem fazia algo corriqueiro. Mas Augusto reparava em tudo: no modo como os dedos dela envolviam a porcelana, como os lábios tocavam a borda, como o olhar pairava sobre ele.
— É difícil conversar com você sem sentir que estou entrando em algum tipo de armadilha — disse ele, dando gole no café.
— Mas eu tô só aqui, quietinha... Lembra?
— Isadora… — ele começou, mas parou.
— Você sempre me chama de Isadora quando quer fingir que tem controle.
Ela pegou um pedaço do pão de queijo, comeu devagar, sem pressa. Depois lambeu o polegar com naturalidade, mas ele sentiu a maldade.
— Você se sente culpado de estar aqui?
— Um pouco!
— Mas ainda assim você não levantou. E tá aqui comigo.
O papo foi rolando sem pressa, apenas estavam ali, livres curtindo o momento a sós.
Augusto falava de livros, e ela dizia que adorava quando ele mencionava autores na aula. Ela contava de quando era pequena e escrevia diários escondida da mãe.
— Você não é o que eu esperava de um professor — ela disse, depois de um tempo.
— E você não é o que eu esperava de uma aluna.
— Boa ou ruim?
— Perigosa — ele respondeu, sério, mas sem frieza.
— Só se você entrar no jogo.
— Já entrei, né?
Isadora sorriu ao ouvir a resposta dele, um sorriso quase imperceptível, mas que carregava um peso que ele não conseguia ignorar. Ela apoiou os cotovelos na mesa, aproximando-se um pouco mais de Augusto, os olhos fixos nos dele com uma intensidade que fazia o ar ao redor deles se aquecer.
— Então, você já entrou... Mas ainda não sabe até onde vai, né?
— Não, não sei até onde vou... — Ele respondeu sem graça.
— Você quer saber até onde vai? — Ela perguntou timidamente.
— Isso não é certo, Isadora.
— O que não é certo? — Ela o interrompeu, com um sorriso que tinha algo de inocente e perigoso ao mesmo tempo. — Não é certo sentir o que você está sentindo? Ou não é certo agir sobre isso?
— Isadora... Isso não é sobre o que eu estou sentindo, é sobre o que você está me fazendo sentir. — A voz dele saiu mais rouca do que ele queria, traindo a confusão que o consumia.
Ela não se afastou. Pelo contrário, inclinou-se ainda mais na direção dele, a proximidade agora quase insuportável.
— E o que é que você sente, Valente? — perguntou ela com um brilho no olhar, como se já soubesse a resposta, mas quisesse ouvir dele.
— Eu sinto desejo, medo, confusão — ele suspirou, as palavras pesando na boca.
— Mas não sei se posso fazer isso. Não sei se devo.
— Você não vai saber até onde vai, até dar o primeiro passo, disse seriamente Isadora.
— Eu adorei esse encontro professor, mas é melhor a gente ir embora. Você me deixa em casa?
— Claro... — ele respondeu, tentando manter a calma.
Saíram do café, e o caminho até o carro foi marcado por um silêncio tenso, interrompido apenas pelo som de suas respirações. Isadora se manteve ao seu lado, sem pressa, como se soubesse exatamente o que estava acontecendo dentro dele.
O carro estava parado no estacionamento, e ele abriu a porta para ela, tentando não olhar muito nos olhos dela, temendo que o olhar dela fosse sua perdição. Mas, quando ela entrou no carro, ele não pôde evitar de olhá-la novamente. Ela sorriu com um leve toque de malícia, e ele sentiu uma onda de calor subir pelo corpo.
Durante o trajeto, os dois trocaram poucas palavras. Mas a cada curva, a cada semáforo, a sensação de que a linha entre o que era certo e o que era errado começava a se desfazer ainda mais. Augusto sabia que o destino daquela carona não era mais o apartamento dela. O destino era um lugar onde ele já não sabia mais se queria ou não estar.
Finalmente, chegaram ao prédio dela. Ela o olhou, mais uma vez com aquele olhar, desafiador e provocante. E, antes que ele pudesse dizer algo, ela abriu a porta e se virou para ele.
— Quer subir?
— Quero sim, disse ele com a voz baixa e rouca.
Isadora não respondeu, apenas ela liberou a entrada dele na garagem do prédio e ele entrou com o carro. Pegaram o elevador e subiram. Isadora apenas abriu a porta com uma leveza, deixando que ele passasse. Ela estava tão calma, tão segura. E, por algum motivo, isso a tornava ainda mais irresistível.
Augusto entrou no apartamento, e a porta se fechou atrás dele com um leve click. O espaço era aconchegante, mas tinha algo de intimidador, como se o próprio ambiente soubesse que aquele dia era um ponto sem retorno. Ela estava ali, à sua frente, com os olhos fixos nele, esperando. Ele sentia a pressão da sua presença, mas, ao mesmo tempo, havia uma sensação de liberdade, como se ele finalmente pudesse se entregar àquilo que, até então, estava apenas em seus pensamentos.
— Me dê um minuto, Professor? — Vou me trocar rapidinho.
Augusto permaneceu parado, sentindo a ausência dela aumentar a tensão no ar. Ele ouviu os passos dela no corredor, seguidos pelo som de uma porta sendo aberta e fechada. Alguns minutos depois, ela voltou. O apartamento parecia mais calmo agora, mas a tensão entre eles ainda estava palpável.
Isadora apareceu na porta, com um vestido simples, mas que, de alguma forma, fazia ela parecer ainda mais sedutora. O tecido, leve, parecia moldar seu corpo de maneira sutil, mas irresistível.
Ela se aproximou do bar, pegou uma garrafa de vinho e duas taças, com uma destreza tranquila, como se já estivesse fazendo isso mil vezes. Sem dizer nada, ela encheu as taças com um vinho tinto escuro, quase tão intenso quanto o olhar que ela trocou com ele.
— Vai me acompanhar? — ela perguntou, com um sorriso.
Augusto se levantou, sentindo o calor aumentar dentro dele. Ele tomou a taça que ela lhe ofereceu, e, antes de beber, sentou-se no sofá ao lado dela, deixando que o silêncio entre eles falasse mais do que qualquer palavra.
Isadora se acomodou ao seu lado, a distância mínima entre os dois, o toque das pernas quase imperceptível, mas ainda assim real. Ela ergueu sua taça, olhando-o diretamente nos olhos, e fez um brinde silencioso.
— Ao que somos, Professor — ela disse, com um tom baixo, quase sussurrando, mas com um veneno doce que fazia a garganta dele se apertar.
A proximidade entre eles aumentava o calor, a tensão. Ela passou lentamente a língua pelos lábios, um gesto pequeno, mas carregado de significado, e ele sentiu uma onda de desejo que não poderia mais ignorar.
Com um gesto firme, ele puxou Isadora pela cintura, aproximando seus corpos. Ela não se afastou, ao contrário, ela deixou, como se esperasse por isso. O toque dele em sua pele foi quente e imediato, e o desejo se acentuou ainda mais.
A mão de Augusto subiu lentamente, acariciando a pele dela de maneira quase obsessiva. Ele a desejava de uma forma intensa, quase desesperada, e o toque de suas mãos percorreu o contorno do corpo dela, subindo pela lateral, passando pelo pescoço até chegar ao queixo, levantando seu rosto para que ela o olhasse. Os olhos dele estavam escuros, fixos nela, como se estivesse observando cada reação dela, esperando o momento em que ela finalmente cederia.
— Você me quer? Não acha errado por ser sua aluna?
— Você me provocou, Isadora! — Agora, vai ter que lidar com as consequências
A boca dele roçou o pescoço dela, subindo lentamente até a orelha, fazendo-a estremecer. Ele sentiu o cheiro do perfume dela, misturado com o calor de seu corpo, e isso fez com que o desejo dentro dele ficasse ainda mais incontrolável. Ele continuou o beijo ao longo de seu pescoço, a pele macia sob seus lábios, enquanto suas mãos exploravam a curva de seu corpo com um toque possessivo, como se quisesse marcar cada pedaço de sua pele.
Ela se virou para ele, seu rosto agora tão próximo ao dele que ele podia sentir a respiração dela quente sobre seus lábios. Seus olhos estavam fixos nos dele, a expressão desafiadora, mas também carregada de uma vontade crescente.
— Então, professor... — ela sussurrou. — O que você vai fazer agora?
Sem muita cerimônia, a mão dele deslizou pela lateral do corpo dela, sentindo a pele macia e quente, enquanto a outra segurava com firmeza a nuca dela, fazendo ela render completamente com o beijo dele. Ela retribuiu o beijo, com a mesma intensidade e com a mesma fome.
Ele afastou-se um pouco, os olhos fixos nela. A expressão dela era de pura provocação, seus lábios vermelhos e úmidos, a respiração ofegante. Com uma mão firme, ele segurou sua cintura, fazendo com que ela se pressionasse ainda mais contra ele. Seus dedos começaram a deslizar ao longo de seu corpo, explorando o tecido do vestido, sentindo a suavidade de sua pele.
Quando ele passou pela curva de seu quadril, ela soltou um suspiro baixo, e ele sentiu o corpo dela se contorcer contra o seu, como se ela também não pudesse mais controlar o desejo. O pau dele estava duro, e ela percebia pelo volume que fazia.
— Você me deixa louco garota!
— Eu sei professor!
Neste momento Isadora levantou e deixou o vestido cair, revelando a ele os seios pequenos, duros e pontudos, parecendo estar em crescimentos ainda. Valente ficou hipnotizado, olhando ela só de calcinha branca de bolinhas amarelo, marcando seus lábios pequenos e já molhados.
— Vamos para o quarto!
Sem se importar por ela ser a sua aluna, Valente foi levado para o quarto por Isadora, que de imediato sentou na beira da cama e tirou a camisa dele, beijando seu peito, descendo a língua até a barriga, olhando para cima com um rosto inocente. Isadora, percebendo que ele estava excitado, tirou o cinto da calça dele, fazendo ele ficar pelado por completo.
— Nossa professor!
A necessidade de tê-la, de dominá-la, estava mais forte do que nunca.
— Eu não sou quem você pensa que sou, Professor, ela disse, sua voz baixa, mas carregada de algo que o fazia estremecer.
Ela se aproximou mais, o olhar fixo no dele, e ele sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Cada palavra dela parecia uma provocação, mas também uma revelação de um poder que ele não conseguia compreender totalmente. Ela estava brincando com ele, testando seus limites, e ele sabia que, em algum lugar no fundo de sua mente, ele queria continuar esse jogo.
— Eu posso ser o que você precisar, professor!
Isadora estava sentada na beira da cama, com o vestido já desabotoado nas costas. Quando se virou para ele, os ombros à mostra, os cabelos caindo num descuido natural, parecia ainda mais jovem, e ao mesmo tempo, tão segura. Ela se aproximou devagar, ficando de pé diante dele. Os dois se olharam longamente, como se não precisassem de mais nenhuma palavra.
— Tem certeza? — ele perguntou.
— Sim professor!
Ele a segurou pela cintura e a trouxe para perto, encostando o rosto na curva do pescoço dela. Respirou fundo, demoradamente. Sentiu o cheiro da pele, misturado com o perfume leve, quase infantil. E a beijou, devagar, como se cada centímetro da pele dela pedisse atenção, não pressa.
Deitaram-se lado a lado, os corpos se procurando com cuidado, com reverência. Ela passava a ponta dos dedos pelo rosto dele, contornando sua sobrancelha, o nariz e os lábios. Ele a olhava como se não conseguisse acreditar que ela estava ali.
Os beijos eram calmos, longos, e se espalharam pelo corpo com naturalidade. Os movimentos entre eles eram suaves, como se não quisessem quebrar a mágica que os envolvia. Ela o puxava devagar, com as pernas entrelaçadas nas dele, os olhos sempre abertos, sempre nele.
Já nua, ela sentiu a mão dele entre as pernas, finalmente a penetrando com os dedos. Os suspiros eram baixos, e Valente fazia isso devagar, para não machucá-la.
Fizeram amor como se tivessem o tempo todo do mundo. Sem urgência. Só o prazer de estar ali, juntos, descobrindo cada ritmo, cada toque, cada olhar. Ela sorria de vez em quando, os olhos brilhando, e ele beijava seus lábios com ternura, como se estivesse agradecendo em silêncio.
No final, ficaram abraçados, os corpos suados e tranquilos, os corações batendo no mesmo compasso. A luz do sol agora mais fraca pintava a parede de tons laranja e dourado, e o silêncio do quarto era cheio de tudo o que sentiam.
Isadora acariciava o peito dele com a ponta dos dedos. Ele, de olhos fechados, passava a mão pelas costas dela, devagar, como quem memoriza.
— Foi bonito — ela disse.
— Foi maravilhoso Isa!
E ali, entre os lençois desarrumados e o calor suave do entardecer, não havia mais certo ou errado.
Só os dois. Inteiros. Presentes.
*Publicado por amorcompegada no site promgastech.ru em 19/07/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.