Bati uma siririca gostosa no sofá da sala - Samara, a fantasminha tarada [Cap.6]

  • Temas: EscritorAnônimo, sobrenatural, fantasmas, magia, livro, ritual, masturbação, siririca, prazer,
  • Publicado em: 22/06/25
  • Leituras: 807
  • Autoria: EscritorAnônimo
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NOTA DO AUTOR: Por favor, só peço que você leia e comente alguma coisa sobre o texto. Sua crítica é importante. É só isso. Boa leitura.











[ CAPÍTULO SEIS ]

MEU AMOR VOLTOU PARA MIM




Mesmo sendo uma fantasma há quase vinte anos e tendo uma amiga vampira, nunca fui de acreditar em magia, feitiçaria ou qualquer coisa do tipo, apesar disso ser algo contraditório, mas após o encontro com aquela mulher, eu passei a acreditar.

Tive uma experiência realmente cabulosa quando Jéssica e eu chegamos na casa dela com o livro mágico. Minha amiga o deixou sobre a mesa da cozinha e ele simplesmente abriu-se sozinho e suas páginas amarelas começaram a passar por conta própria.

— Que merda é essa? — indagou Jéssica, enquanto olhávamos aflitas o livro folheando-se automaticamente.

Admito que senti um arrepio de pavor percorrer minha espinha quando vi aquilo.

Ele continuou se folheando sozinho, até que as páginas pararam e ele ficou aberto bem no meio. Jéssica e eu nos entreolhamos assustadas antes de nos aproximarmos mais para analisar as folhas antigas e enrugadas.

Minha amiga apontou para o livrão e perguntou:

— Você sabe o que é isso que tá escrito?

— Aonde tá escrito?

— Aí no livro.

— Onde?

— Aqui, Mara. Você tá cega? — Ela pôs o dedo na página limpa como se tivesse algo nela.

— Não tem nada aí.

Nos entreolhamos mais uma vez.

— Então você não consegue ver essas letras e esses símbolos?

Aproximei-me mais do livro e não vi nenhuma letra ou símbolo.

— Nada.

A vampira pegou ele e folheou algumas páginas.

— Eu só consigo ver essas coisas nessa página do meio. O resto tá em branco pra mim.

— Mas é o quê que tá escrito?

— Não sei... Parece aquelas letras da China... ou do Japão, sei lá... Aí tem um desenho pequeno de um homem pelado segurando uma planta. Um triângulo com um círculo e um risco. Um círculo com umas letras chinesas em volta.

Por algum motivo, só Jéssica enxergava o que havia na página misteriosa. Bem, aquilo e o fato dele ter se aberto sozinho eram a prova que realmente era um livro mágico.

Foi assim que entendi definitivamente que a magia é mesmo real.

Nós ficamos discutindo sobre os símbolos, desenhos e letras que só a vampira podia ver e seus possíveis significados. Depois fomos para o quarto dela e minha amiga pegou seu celular para pesquisar na internet os símbolos. Segundo ela, eram triângulos com círculos no meio, o que parecia ser uma fada, uma vela, uma mulher nua, um demônio com asas de morcego. Já as letras aparentavam ser como uma mistura de símbolos chineses com letras gregas ou romanas. Talvez latim também. Mas ela pesquisou e não achou nada semelhante ao que estava no livro.

Mas a dúvida em minha cabeça era o porquê de só a Jéssica conseguir ver as figuras. Por que eu não as enxergava também?

Após alguns minutos de pesquisas que não levaram a nada, Jéssica perdeu a paciência.

— Pra mim já encheu o saco — disse ela, deixando o livro de lado na cama. — Já tá na hora de ir pro trabalho. Eu tô muito atrasada. Deixa essa bosta desse livro pra lá. Depois eu vejo isso.

— Mas a gente precisa descobrir o que é — falei.

— Agora não! Depois a gente vê essa merda.

Ela deixou o livro velho em cima do criado-mudo e saiu do quarto apressada.

Decepcionada, peguei o livrão e sentei na cama, folheando-o em vão, tentando achar alguma coisa. Eu queria encontrar ou me comunicar com o Ricardo e a tal bruxa me dá a porra de um livro maluco com letras invisíveis? Que merda!

— Me ajuda a encontrar o Ricardo... — falei ao livro. — Eu queria falar com ele.

A médium feiticeira disse que era só pedir que o livro mágico faria alguma coisa, mas isso não aconteceu. Será que estava com defeito?

Olhei o mural na parede com as fotos da Jéssica e a maior, com minha amiga sorrindo com o biquíni fio-dental verde segurando seu coco, parecia me olhar com um sorrisinho desdenhoso como se considerasse o que eu estava fazendo uma completa idiotice. Mas era mesmo.

Devolvi o livro ao criado-mudo e saí do quarto. Quando cheguei à sala, me joguei no sofá e fiquei sentada esperando a Jéssica. Alguns minutos depois, minha amiga apareceu com a camiseta cinza e o logo “Ponto da Moda”.

— Vigia a casa — mandou ela.

Balancei a cabeça aceitando sua ordem. Ela saiu com pressa para o trabalho e eu fiz a única coisa que podia fazer naquela hora que era ligar a televisão, deitar no sofá e assistir alguma coisa.

Enquanto passava os canais, fiquei pensando na merda de ideia que estava na minha cabeça. Falar com o Ricardo? Para quê e por quê? Não adiantava. Ele se foi.

"Caralho! Que bosta!", pensei.

Ele morreu e o espírito dele foi para algum outro lugar. Talvez o Céu. Precisava aceitar que a comunicação com ele era impossível. Afinal, como aquele livro esquisito poderia ajudar a contatá-lo? A resposta era simples: não ajudaria. O jeito seria voltar à loja da tal bruxa e devolver aquela porra mesmo que ela não quisesse uma devolução.



• • •



Passaram-se várias horas e, por algum motivo, Jéssica não voltou para casa na hora do almoço.

Eu fiquei um pouco preocupada quando a tarde avançou. Será que acontecera algo com minha amiga? Provavelmente não. Conhecendo ela, era mais possível que a safada só tivesse encontrado uma pica para sentar em cima.

Para passar o tempo, fiquei rodando pela casa sem ter o que fazer. Entrei na geladeira, deitei embaixo da mesa da cozinha, mexi no livro mais uma vez e nada dele mostrar algo diferente em suas páginas. Só folhas amareladas em branco.

Em certo momento, fui olhar o relógio de parede na cozinha e era quase cinco horas. Se estivesse tudo bem, a vampira retornaria em breve.

Puxei uma cadeira da mesa e sentei de braços cruzados. Restava apenas esperar minha amiga retornar.

Passados alguns minutos, ouvi um barulho. Algo caíra no chão. Parecia vir do quarto da Jéssica.

Estranhando aquele ruído, levantei e fui até lá para verificar o que era.

Abri a porta e acendi a luz. Parecia tudo normal, mas o livro encantado não estava mais sobre o criado-mudo como eu o deixara, ele estava no chão ao lado da cama. Mas como isso acontecera? Eu tinha certeza que o deixara no móvel.

Bom, não me surpreenderia se ele tivesse pulado até o chão. Fui apanhá-lo, mas para minha surpresa, o livrão abriu-se mais uma vez e as páginas passaram sozinhas até pararem quase no fim dele. E em uma delas estava escrito na parte de cima a frase: "Peça-me o que quiseres e tentarei ajudar-te".

Não pensei duas vezes. Peguei o livro e apenas falei para ele:

— Eu quero falar com o Ricardo... Me ajuda a encontrar ele.

Então a frase sumiu como se fosse sugada pelo papel e toda a página foi preenchida por letras meio engarranchadas. Pelo menos estava tudo em português. Na parte superior dela estava escrito: “RITUAL PARA CONVOCAR OS MORTOS. Em solo limpo, à noite, posicione três velas ao redor deste livro formando um triângulo. Os participantes devem ficar em volta dando as mãos e dizer em voz alta: ‘Nós, pelo poder da magia, solicitamos ao mundo dos mortos que ‘‘nome do morto que deve ser convocado’’ apresente-se em espírito e nos mostre o poder deste ritual’. É importante que esteja na mente dos participantes o rosto daquele que será convocado. Se for realmente possível, o espírito do morto que foi chamado aparecerá.”

Fiquei incrédula. Era mesmo o que eu precisava? Será que finalmente conseguiria contatar o Ricardo com aquele ritual?

Senti alegria em ter aquela possibilidade em mãos e ouvi da sala a voz da Jéssica me chamando.

— Mara, cadê você?

Saí do quarto correndo com o livro e fui atrás dela, que já estava na cozinha.

— Ei, apareceu um negócio no livro — contei. — É um ritual pra invocar morto.

— Ritual? — Minha amiga franziu as sobrancelhas.

Puxamos duas cadeiras e sentamos para ler atentamente o que estava escrito no livro.

Parecia realmente um daqueles rituais de bruxaria que se vê em filmes de terror. A questão era se ele funcionaria mesmo.

Jéssica comentou:

— Interessante que esse daí eu também consigo ver.

E realmente isso era interessante. Antes, só a Jéssica podia ver o que aparecia no livro e agora eu também. Mas por quê?

Contei à vampira o que aconteceu quando o encontrei no chão e que aquele ritual era resposta ao meu pedido para encontrar o Ricardo.

— Será que esse funciona de verdade? — questionou minha amiga.

— Tomara que sim.

Jéssica fez um movimento com a cabeça, demonstrando certa descrença com o que estava escrito no livro.

— A gente tem que esperar a noite e tem que ter vela também — disse ela. — Vou ter que comprar.

— Então você tem que ir agora no mercado — falei. — Dá pra fazer esse ritual hoje. Já tá quase escurecendo.

— Tá. Eu vou lá, mas eu ainda vou pra academia. Depois que eu voltar é que a gente vê isso.

Torci os lábios impaciente. Queria fazer o tal ritual o mais rápido possível e, se tivesse sorte, contatar o Ricardo o quanto antes.

— Tá bom, então a gente vai mais tarde depois que você voltar.



• • •



Foi difícil esperar quase duas horas até a Jéssica voltar da academia trazendo as velas que precisávamos para o ritual do livro. E ela ainda tomou banho, jantou, bebeu sangue e assistiu um episódio de uma série da Netflix. Caralho! Quando é preciso, o tempo demora a passar.

Como o ritual seria feito para chamar o Ricardo, achei que o ideal era ir até a casa onde ele morava e fazê-lo lá. Não sei se isso adiantaria, mas ele morrera naquela casa, portanto fazia todo sentido na minha cabeça. Mas a Jéssica não gostou da minha ideia, afinal, teríamos que invadir a casa. Ela concordou, contanto que fôssemos às onze horas para evitar que ela fosse vista por alguém.

Só que, quando eram dez e vinte, eu não aguentei. Fui até o sofá onde a vampira estava assistindo à série besta dela e pedi para irmos imediatamente.

— Jéssica, vamo logo! Nessa hora ninguém vai pegar a gente.

— É melhor esperar mais um pedaço.

— Não! Já tá tarde demais. A rua tá vazia. Vamo logo!

Ela suspirou e desligou a televisão.

— Tá bom... Vamo lá então.

Jéssica vestiu uma legging e um casaco pretos, prendeu o cabelo e calçou seus tênis. Estava parecendo um daqueles marginais que aparecem nos filmes. Só faltava a máscara preta, deixando apenas os olhos de fora. Era nítido que minha amiga estava receosa de ser pega pela polícia ou por alguma câmera invadindo a casa.

— Relaxa, Jéssica — tranquilizei-a. — Ninguém vai te ver não. Deixa de ser besta.

Ela cobriu a cabeça com a touca do casaco.

— Diferente de você, eu não sou invisível, então se me pegarem eu tô fodida.

Como a cidade é pequena, quando chega por volta das dez da noite, as ruas ficam desertas. Os carros ou motos tornam-se raros e até o centro fica vazio. Chega até a ser sinistro.

Saímos pelo portão, olhamos para os dois lados da rua erma e começamos a andar em direção à Rua das Flores. Jéssica, aflita, sussurrou:

— Tomara que ninguém pegue a gente.

— Fica tranquila. Tá todo mundo dormindo agora.

Minha amiga levava o livro mágico em uma das mãos e também seu celular, as velas e uma caixa de fósforos nos bolsos do casacão que ela dissera ter roubado de um ex.

Quando chegamos em frente ao portão do muro gradeado da casa onde o Ricardo morou, nós duas olhamos em volta para verificar se não havia ninguém observando o que estávamos fazendo. A casa grande e bonita de dois andares toda vermelha estava escura e silenciosa. Estava abandonada há mais de dois meses, depois que a irmã do Ricardo foi embora após a morte dele.

Nas grades ao lado do portão tinha uma placa onde estava escrito “VENDE-SE” e um número de telefone.

Jéssica cochichou:

— Mara, vai, abre logo isso aí.

O portão estava fechado por um grande cadeado. Enfiei os dedos dentro dele e consegui abri-lo em poucos segundos.

— Entra rápido — mandei.

Quando passamos, deixei o cadeado pendurado no ferrolho como se ele estivesse fechado para disfarçar.

A porta foi igualmente fácil de abrir. Entramos na casa. Estava vazia e toda escura. Breu total. Jéssica ligou a lanterna do celular e falou baixo:

— Só tomara que a polícia não pegue a gente.

— Porra, relaxa. Ninguém vai ver nada... Vamo pra cozinha, foi lá que ele morreu.

Era estranho voltar àquela casa depois do que aconteceu e vê-la vazia. Passamos pela sala de estar espaçosa, atravessamos o corredor lateral até chegarmos na pequena cozinha. Pedi o celular à vampira e, enquanto eu iluminava, ela pôs o livro aberto, o pacote de velas e a caixa de fósforos no chão e iniciou os preparativos para o ritual acendendo as velas e posicionando-as na forma de um triângulo em volta do livro.

Eu estava esperançosa de conseguir pelo menos ouvir a voz do Ricardo. Queria saber onde e como ele estava para sanar minha preocupação e saudade. Talvez estivesse feliz em algum lugar melhor. Não sei. Poderia estar realmente no Céu na companhia de seus pais já falecidos. Mas será que ele responderia? E se não desse certo? Começou a surgir uma apreensão em meu coraçãozinho gelado. Fiquei preocupada de ter feito tudo aquilo para no fim não ter nenhum resultado.

Com tudo pronto, Jéssica tirou o casaco, deixou no chão mesmo e avisou:

— Pronto. Vamo lá.

Desliguei a lanterna do celular e o devolvi à minha amiga. Jéssica e eu sentamos com as pernas cruzadas em volta do livro cercado pelas três velas acesas formando um triângulo. Ajeitei a barra do meu vestido e a vampira e eu demos as mãos, como indicava o livro.

Ela suspirou, parecendo um pouco mais tensa, e fez um aceno com a cabeça. Então falamos em uníssono o que o livro mandava:

— Nós, pelo poder da magia, solicitamos ao mundo dos mortos que Ricardo apresente-se em espírito e nos mostre o poder deste ritual.

Depois de recitar a frase ritualística, ficamos em silêncio por alguns segundos.

— E agora? — perguntou Jéssica.

Nada aconteceu. Fizemos exatamente como estava no livro. Deixamos ele no chão, em redor as velas acesas formando um triângulo, Jéssica e eu demos as mãos e começamos a falar o feitiço, mas não aconteceu nada.

Então lembrei que no livro dizia que era preciso ter o rosto da pessoa convocada em mente. Foi esse o problema. Eu precisava pensar no Ricardo.

— Não deu certo... Vamo tentar de novo.

Demos as mãos, imaginei o rosto do Ricardo, recitamos mais uma vez o feitiço e novamente nada.

— Eu acho que isso não funciona — disse Jéssica.

— Não. Claro que não... Tem que funcionar.

— Mas a gente fez tudo certinho e não deu nada.

Olhei em volta na cozinha iluminada pelas velas esperando algo acontecer, algum sinal de que poderia ter funcionado, mas, para minha decepção, não houve absolutamente nada.

— Vamo outra vez — insisti. — Tem que funcionar. Vamo se concentrar mais. Eu vou imaginar melhor o Ricardo. Eu tenho que pensar nele com vontade de encontrar ele.

Demos as mãos pela terceira vez, fechei os olhos com força e recitamos novamente o encantamento. Me concentrei o máximo possível e imaginei o rosto do Ricardo. Um jovem muito bonito, com cabelos pretos lisos e seus grandes óculos quadrados. Também acabei imaginando nossos encontros. Aquilo que acontecera entre mim e ele em seu quarto na primeira vez que fui naquela casa. Nossas fodas gostosas. A sensação de tê-lo dentro de mim, o cheiro de sua pele. Os sentimentos bons que me vinham quando fazíamos amor.

Por imaginar aquelas coisas picantes, acabei sentindo um princípio de excitação, mas, pela terceira e decepcionante vez, nada aconteceu.

Jéssica suspirou e disse:

— Não funciona mesmo.

Mas subitamente o livro fechou-se, nos assustando, e a chama das velas tremeluziu. Surgiu uma espécie de brisa morna que tocou meu rosto, arrepiando-me toda. Foi aí que, da capa do livro, surgiu uma espécie de vapor que subiu para cima como se saísse de uma panela de água fervente.

— Tá vendo isso? — perguntei à minha amiga.

— Vendo o quê?

De repente, surgiu um vento que parecia vir do teto e o vapor espalhou-se e dissipou-se pela cozinha como uma névoa sutil. A chama das velas apagou deixando tudo completamente escuro de novo.

— O que tá acontecendo? — Jéssica ligou a lanterna do celular. O vento cessou e tudo ficou em silêncio. — O que houve?

— Não sei. — Foi aí que olhei para trás e tomei um susto. — Jéssica, olha!

No chão atrás de mim, em frente à pia, estava o vapor que saíra do livro e estava tomando a forma de alguém deitado.

— Funcionou! — falei entusiasmada para minha amiga.

— Como assim? — Jéssica iluminou a parte de baixo da pia. — O que foi? Eu não tô vendo nada.

Levantei e fui até o vapor que tinha tomado forma. Era um cara que estava usando camisa cinza-clara e calça cinza-escura. Um jovem bonito com cabelos lisos.

A vampira levantou e apontou a luz do celular para ele.

— O que tá acontecendo, Mara?

Era o Ricardo. Toquei seu rosto e pude ver melhor que era ele quando minha amiga chegou mais perto com a luz.

O feitiço funcionou. Ele deu certo mesmo! O Ricardo voltou para mim!

— Ricardo, você tá bem? — Dei uns tapinhas na bochecha dele. — Ricardo, acorda!

— Huummm — ele gemeu. Parecia desnorteado.

— Acorda — Consegui erguê-lo, já que ele era estupidamente leve, e deixá-lo apoiado em meus braços.

Senti uma alegria imensa em finalmente estar com o Ricardo. Sentir ele junto a mim. Ainda bem que o ritual funcionou. Ainda bem que consegui algo muito melhor do que apenas uma comunicação.

Meu amor voltara para mim!

— É ele? — perguntou Jéssica. — Funcionou?

— Sim, mas ele tá dormindo — Dei outro tapinha no rosto dele. — E agora a gente faz o quê?

— Sei lá... Leva ele pra casa?

Parecia ser o melhor a fazer. A vampira pegou o livro e o resto das coisas e deixamos a casa às pressas. Jéssica fechou o cadeado do portão e ninguém perceberia nossa invasão.

Retornamos o mais rápido possível para a casa dela com o Ricardo fantasma. Como ela não conseguia ver e tocá-lo, tive que levá-lo apoiado em meu ombro. Pelo menos ele tinha o peso de um fantasma. Não entendo nada de física e muito menos de física sobrenatural, mas ainda bem que espíritos são bem mais leves que os vivos.

— Ricardo já tamo quase chegando — disse eu, ajudando-o com alguma dificuldade.

Ele continuava molenga e cambaleava como se estivesse totalmente bêbado, mas conseguia andar, mesmo que devagar.

Jéssica começou nos seguindo, mas pedi que ela fosse na frente e eu chegaria em seguida com ele.

Quando estávamos perto da casa da minha amiga, Ricardo reclamou de dores na barriga e soltou gemidos misturados com falas desconexas.

Atravessamos a porta da casa da Jéssica e minha amiga já estava na sala nos esperando. Eu avisei:

— Vou levar ele pro quarto.

Fomos até o quarto de hóspedes onde fiquei dias antes e deixei ele deitado sobre a cama. Jéssica olhou para ela sem conseguir vê-lo e perguntou:

— Como ele tá?

Bem, era difícil dizer qual era o estado do Ricardo. Ele parecia estar tendo um sonho ruim. Mexia levemente o rosto para um lado e para o outro e sussurrava com a boca que ora falava e ora ficava aberta como se ele quisesse comer algo invisível.

— Ah, ele tá parado, mas mexe o rosto e fica gemendo e falando umas coisas sem sentido. Parece que tá sentindo dor ou... tá tendo um pesadelo. Sei lá.

— Mas isso é uma coisa ruim?

— Não sei.

Aproximei-me dele e o balancei pelos ombros tentando acordá-lo.

— Ricardo, acorda! — Ele não acordou, mas finalmente aquietou-se. Parou de mexer a cabeça e de sussurrar. Talvez sacudi-lo fosse a solução. — Acorda, Ricardo! — Balancei ele ainda mais forte.

Ele continuou imóvel e Jéssica perguntou:

— E agora, o que a gente faz com ele?

— Sei lá... Agora parece que ele tá só dormindo... Acho que é melhor ir atrás da bruxa de novo.

— Tá, amanhã a gente vai lá... Agora é melhor deixar ele aí, vai que ele consegue dormir... Isso pode fazer bem pra ele, sei lá.

Observei o peito dele e notei o movimento de respiração. Ele estava realmente dormindo. Foi aí que tive uma ideia.

— E se a gente perguntar pro livro o que fazer agora?

Deixamos o quarto e fomos para a cozinha, onde o livro mágico estava sobre a mesa. Abri ele e perguntei:

— Livro, o que a gente faz agora? Já resgatamo o Ricardo, e aí?

O livro velho continuou estático. As páginas antigas não mexeram nem apareceu alguma mensagem nelas. Folheei ele procurando uma resposta, mas não tinha nada. Até a página onde estava o ritual voltou a ficar em branco.

Jéssica concluiu:

— Eu acho que não tem mais o que fazer. Se o Ricardo continuar do jeito que você falou, a gente vai na médium amanhã e fala com ela. Talvez ela vá saber o que fazer... Agora é melhor só deixar ele dormir pra descansar.

— É..., acho que é isso mesmo.

Jéssica bocejou alto cobrindo a boca com a mão.

— Eu também vou dormir. Já tá tarde — Ela verificou a hora no relógio de parede. — Onze e dois. É minha hora... Vou pra cama.

— Tá, vai lá e obrigada por ajudar.

— De nada.

Minha amiga foi para seu quarto e eu fechei o livro e fui até o quarto de visitas ver o Ricardo.

Sentei na cama ao lado dele atenta a seu rosto. Ele realmente estava em sono profundo, mas eu perguntei baixinho perto de seu ouvido:

— Ricardo, você tá bem? — Ele manteve-se imóvel. — É bom te ver de novo... — Eu sorri. — Tava com saudade.

Me debrucei sobre ele e encostei o ouvido em seu peito, sentindo o coração dele bater devagar. Mas fantasma tem batimento cardíaco? Bem, o meu não batia, só que o dele sim. Não sei explicar por que isso acontecia.

Foi aí que, ao me erguer, olhei para o volume na calça dele. O pau dele estava ali bem pertinho de mim. Será que eu poderia fazer alguma coisa com ele?

A porta do quarto abriu e Jéssica apareceu para me atrapalhar.

— O que foi que houve?

— Nada... Ele só dormiu mesmo. Tava vendo se ele tava respirando.

A vampira pôs as mãos na cintura.

— Eu achei que espírito não dormia e nem respirava.

— Depende — Dei de ombros. — Tem uns que conseguem dormir e que respiram também... — Fiquei de pé e arrumei o cabelo. — Melhor deixar ele aí. Eu vou ficar de olho. De vez em quando eu venho ver se ele tá bem.

Jéssica ainda olhou para a cama, mas como ela não conseguia enxergá-lo, minha amiga disse apenas:

— Tá bom. Depois você apaga as luzes, tá? Boa noite.

— Uhum. Boa noite.

Saímos do quarto e apaguei a luz antes de fechar a porta. Jéssica foi para seu quarto e eu fui para a sala.

Sentei no sofá e encarei a grande televisão de tela plana. Assistir alguma coisa parecia ser uma boa ideia para passar o tempo. Peguei o controle jogado no canto do sofá e liguei a televisão que estava em um canal que transmitia um filme genérico de ação. Procurei em outros canais e não achei nada de muito interessante.

Fiquei mudando os canais por uns cinco minutos até desligar a televisão e ficar no sofá imóvel por outros dez minutos. Manter-me quieta por longos períodos de tempo era algo muito natural para mim.

"Vou ver o Ricardo", pensei.

Não aguentei. Precisava vê-lo e ter certeza que estava só dormindo. Fui até o quarto, acendi a luz e ele estava como deixei. Parecia uma pedra.

Eu ia voltar para a sala, mas uma ideia safada surgiu em minha cabecinha fantasmagórica.

Cheguei mais perto da cama de olho na calça dele. Será que a pica também estava dormindo? Agachei ao lado dele olhando seu rosto. Talvez se eu fizesse aquilo ele acordasse, mas mesmo assim pus a mão sobre o volume na calça e senti o pau mole. Se dependesse de mim não continuaria assim por muito tempo.

Enfiei a mão dentro da calça e peguei na rola fria. Ele estava sem cueca. Senti os pentelhos roçando em meus dedos e alcancei as bolas. Manipulei o "morto" e o saco na esperança de ressuscitá-lo, mas nada aconteceu.

Olhei o rosto dele e o notei lambendo suavemente os lábios. Será que ele estava sentindo algo? Continuei punhetando o pau mole esperando mais uma reação, no entanto, ele continuou molenga.

Debaixo do meu vestido começou a surgir um calorzinho. Precisava continuar. Punhetei com mais vigor.

"Anda, levanta".

Comecei a bater a punheta ainda mais rápido e olhei o Ricardo ainda imóvel. Não estava funcionando. Aumentei ainda mais a força e velocidade e comecei a sentir o pau mole e frio ser reanimado aos poucos.

— Vai, fica duro — sussurrei.

Estava funcionando. Começou a endurecer.

Abaixei um pouco a calça do Ricardo expondo o pau meio duro e continuei a masturbá-lo. Olhei para o rosto do safado, mas ele continuava dormindo. Precisava fazer algo mais eficaz.

Hora do boquete!

Aos poucos, o pinto foi crescendo, ficando mais duro e quente. Quando estava totalmente ereto, parei a bronha e senti-o pulsar em minha mão. Estava vivo!

Já tinha um fogo queimando na minha virilha e eu precisava continuar.

Me curvei sobre o Ricardo e abocanhei o pau duro. Agora ele acordaria com certeza. Engoli até o talo e babei aquela pica deliciosa. Que saudade estava sentindo dela. Daquele cheiro. Cheiro bom de macho. O aroma da rola e do saco do meu amor invadia minhas narinas enquanto eu a engolia até a cabeça alcançar o fundo da minha garganta.

Mamei e mamei sentindo aquele cheiro que me alucinava de tesão. O calor no meio das minhas pernas estava se tornando um incêndio incontrolável. Minha vagina já estava totalmente lubrificada. Ela queria mais que tudo o pau do Ricardo dentro dela o mais profundo possível.

Mas infelizmente minha felicidade chegou ao fim. Senti o pau duro começar a amolecer dentro da minha boca.

"Ah, não", pensei.

Mas o boquete não adiantou. Mesmo eu aumentando a intensidade da chupada, o pau amoleceu e esfriou na minha boca voltando ao estado inicial. Parecia um pedaço de borracha.

Ainda tentei reanimá-lo, mas foi em vão. Depois de algum tempo punhetando o pau mole e babado sem obter resultado, eu desisti. Levantei e observei por alguns segundos o Ricardo fantasma dormindo pesadamente. O melhor mesmo era desistir daquela empreitada e deixá-lo em paz.

— Merda! — falei baixinho.

Recolhi a rola, apaguei a luz, deixei o quarto e voltei parcialmente frustrada para a sala escura. Sentei novamente no sofá e, por um lado, estava feliz por ter mais uma comprovação de que o Ricardo estava bem, mas aquela broxada dele me deixou desanimada. Queria logo que ele acordasse e me fodesse bem gostoso.

Minha boceta estava quente e molhada, mas ela teria o que precisava. Passei a mão por minha coxa e por baixo do vestido até meus dedos encontrarem os pelinhos dela. Quando toquei os grandes lábios, eles estavam melados e intumescidos. Queriam com urgência um carinho.

Fechei os olhos e comecei a me masturbar. Com a outra mão, levantei o vestido até a cintura e abri mais as pernas. Estava há uma semana sem sentir prazer. Eu precisava muito daquilo.

Senti um espasmo na boceta e o calor do prazer tomou meu corpo. Com uma mão eu estimulava o clitóris e com a outra os lábios e a entrada da vagina.

Na minha cabeça estavam as memórias dos encontros deliciosos com o Ricardo. Nossos beijos, carícias, pegadas, o cheiro dele. A sensação gostosa que tinha quando ele estava dentro de mim. Quando ele me penetrava com força e bem fundo.

Que delícia! Eu precisava sentir aquilo mais uma vez!

Cheirei minha outra mão, a mão da punhetada. Aquele odor forte de homem era bom demais.

Enfiei dois dedos frios na minha vagina quente e molhada. A diferença de temperatura entre minhas mãos e minha periquita fazia-me sentir um misto de prazer e um calafrio gostoso.

Enfiei o dedo da outra mão lá dentro para lubrificá-lo e poder estimular melhor meu clitóris. Ele também estava desesperado por aquilo.

Senti meu mel escorrer até o cu. Tive que limpar com o dedo. Mas até meu cu estava querendo se divertir como naquela vez que o Ricardo o arregaçou.

Ele meteu a pica dentro do meu cuzão sem dó enquanto eu pedia mais força e mais fundo. No fim, ele ficou com as pregas ardidas e alargadas e eu fiquei radiante de alegria.

Aquilo foi muito gostoso!

Dedilhei, massageei, esfreguei, enfiei. Era uma siririca frenética. Minhas mãos rápidas e meus dedos ágeis estavam proporcionando um momento de êxtase muito gostoso. Como era bom poder liberar toda aquela energia que estava dentro de mim.

Continuei siriricando meu grelo com força enquanto o prazer incendiava meu corpo. Em minha mente voltaram as lembranças com Ricardo e a imaginação de um novo encontro com ele. Eu deitada no canto da cama de pernas bem abertas esperando ele me satisfazer. Segurar minhas coxas e bombar bem gostoso do jeito que ele fazia e que eu amava. Ele beijando meu pescoço. Chupando meus mamilos até eles ficarem bem durinhos. Segurar meu cabelo e puxar, me tratando como puta.

Naquele momento eu sorri, quase gargalhei, pensando naquelas coisas gostosas. Continuei a me masturbar com intensidade, sabendo que tudo aquilo se tornaria realidade muito em breve.

Ricardo e eu continuaríamos aquilo que começamos e a cama seria o lugar mais que perfeito para matarmos a saudade um do outro.




Continua no próximo capítulo...

*Publicado por EscritorAnônimo no site promgastech.ru em 22/06/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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