O Casarão

  • Temas: Dominação, submissão, sexo oral, desejo
  • Publicado em: 21/11/24
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  • Autoria: Prometeu
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Este conto orbita entre a ficção e a realidade!

Assim que concluímos a faculdade eu e meu marido decidimos nos aventurar em um negócio próprio e para isso usamos nossas parcas economias para abrir uma empresa especializada no restauro de imóveis antigos, em especial aqueles que contivessem em sua história valores relevantes a serem preservados; no início nossos principais clientes eram órgãos públicos, museus, teatros e centros de cultura; minha formação em arquitetura permitia desenvolver projetos de restauro que respeitassem as normas vigentes, mas, ao mesmo tempo, buscassem recuperar o prestígio de uma determinada época que carecia jamais ser esquecida; já meu marido com sua formação em engenharia civil cuidava da execução dos projetos e com pouco tempo de existência nossa firma conquistou um certo prestígio que nos deu merecido renome no meio em que atuávamos.

Tudo ia bem e eu me sentia realizada profissionalmente, embora sentisse que algo faltava em minha vida pessoal; é bem verdade que eu e meu marido tínhamos divergência em um único ponto: a questão sexual; se por um lado ele se tornara adepto de uma rotina até mesmo com respeito às variações de posições sexuais, por outro eu ardia de desejo por novas descobertas; a bem da verdade sempre fui uma taradinha descarada, pois muito antes de me envolver com meu marido eu adorava experimentar um macho novo com um membro que me proporcionasse a satisfação que meu desejo cobiçava ardentemente e jamais recusei um convite para uma boa trepada!

Depois do casamento tudo mudou drasticamente; Otávio, meu marido até que era bom de cama, mas sua impetuosidade se limitava ao seu orgasmo e findo isso para ele estava tudo bem; com a nossa vida profissional correndo solta ele deixava de lado as preliminares indo direto ao fim do assunto e em algumas vezes me deixava na saudade, ou melhor, na mão mesmo! Eu procurava me conformar com essa situação, porém havia momentos em que a revolta era tal que eu chegava a pensar em meter-lhe um par de chifres recuando no último minuto ponderando que isso não era o certo a fazer já que eu sabia de sua fidelidade à instituição do casamento.

E foi nesse contexto que recebemos uma visita incomum de um homem de certa idade querendo contratar nossos serviços; inicialmente ele disse que nos encontrou por intermédio de amigos, porém não os enumerou entrando direto no assunto; Vicente era um homem com idade próxima dos setenta anos, cabelos grisalhos fartos, olhos penetrantes e um ar soturno que chegava a ser perturbador; ele disse que pretendia nos contratar para o restauro de um casarão situado nos arredores de uma cidade interiorana cujos proprietários já haviam falecido deixando esse serviço aos cuidados dele; munido de um pequeno álbum de fotos antigas ele exibiu o imóvel e assim o vislumbrei as imagens senti um arrepio estranho percorrer a minha espinha, algo que foi percebido por ele cujo olhar penetrante parecia me desnudar sem qualquer pudor.

No curso de nossa conversa notei que ele respondia as perguntas sempre se direcionando ao meu marido, mesmo quando eram questões formuladas por mim, e nas poucas vezes em que se dirigia a mim ostentava um ar de indisfarçável desdém quase beirando o desprezo poupando longas explicações; meu marido disse que antes de propor um projeto precisava ver o imóvel e Vicente meteu a mão no bolso do paletó atirando um molho de chaves sobre a mesa e também um cartão pessoal com telefones para contato; despediu-se com uma secura ríspida sem olhar para trás, deixando a mim e meu marido um tanto atordoados.

Na manhã do dia seguinte rumamos para a tal cidade e ao chegarmos percebi que aquilo mais se assemelhava a um vilarejo rural bucólico que recebera a denominação de cidade; andamos pelo local notando uma mistura de olhares curiosos e outros desconfiados não sendo difícil identificar nosso casarão cuja imponência sobressaltava aos olhos.

Situado no alto de uma colina ele podia ser visto de qualquer ponto da cidade e quando nos aproximamos mais percebemos que a recíproca era verdadeira, pois apenas da colina era possível observar todos os pontos da cidade; depois de abrirmos a fechadura de bronze e cobre talhada com esmero digno de um artesão renascentista empurramos os enormes portões de ferro com gradil encimado por pontas de lanças e entramos no imóvel; assim que avançamos pelo suntuoso hall de entrada nos deparamos com uma sala de proporções impressionantes que ostentava uma mescla de estilos sendo quase impossível identificá-los um por um.

Ao terminarmos nossa avaliação meu marido ligou para o celular do tal Vicente e qual não foi nossa surpresa quando ele surgiu diante de nós mesmo antes da ligação ter sido encerrada; ele se mostrou satisfeito com a nossa proposta e sequer quis analisar os esboços que eu desenhara durante a vistoria insistindo apenas em que começássemos o mais rapidamente possível; quanto aos valores ele também demonstrou certo desprezo afirmando que dinheiro não era um problema. Antes de encerrarmos nossa visita ele pediu que o acompanhássemos e com passos largos avançou rumo às escadas que davam para o andar superior seguindo pela ala norte do imóvel onde nos deparamos com algo que não havíamos percebido.

Ao fundo do corredor havia uma enorme porta de madeira com entalhes em alto-relevo que mostravam figuras míticas femininas nuas ostentando coleiras e grilhões e isso nos causou um mistura de constrangimento e surpresa, já que sequer havíamos percebido sua existência durante nossa vistoria no imóvel. Vicente ficou com o olhar perdido naquela porta por alguns minutos e ao final se voltou para nós e sentenciou: “Ninguém pode entrar nesse recinto! Ele está fechado e assim permanecerá! Isso não é um aviso, mas uma exigência inegociável!”; eu e meu marido nos entreolhamos com ar de estupefação e ainda tentamos argumentar que um restauro não é completo se não abranger todas as dependências do imóvel, porém Vicente deu o assunto por encerrado repetindo que aquele recinto não seria revelado.

Retornamos para o escritório e depois para casa discutindo a exigência do nosso contratante, porém não chegamos a um consenso já que meu marido achava que a vontade dele precisava ser respeitada, me fazendo pensar que talvez ele tivesse algum receio do tal Vicente. Naquela noite eu dormi muito mal e durante a madrugada acordei sobressaltada com a mente invadida por sonhos estranhos; neles, aquelas figuras tomavam forma humana e vinham até mim, me deixando nua e me aprisionando em um poste onde passavam a bolinar meu corpo de forma provocante rindo e se divertindo com a minha postura indefesa.

Era algo tão insólito que cheguei a sentir os dedos explorando minha vulva, beliscando meus mamilos e línguas lambendo meu corpo resultando em uma excitação desmedida que me fez gozar de verdade! Pela manhã eu tinha a constatação assustadora de que os sonhos eram algo mais já que minha gruta estava molhadíssima e meus mamilos doloridos comprovando que eu fora usada e abusada! Não tive coragem de contar ao meu marido sobre aquela experiência e ao longo do dia, vez por outra, imagens invadiam minha mente funcionando como algo mais que apenas lembranças fazendo meu corpo estremecer, minha pele ficar arrepiada e minha gruta choramingar até culminar em um gozo involuntário. Eu estava tão perplexa com aqueles acontecimentos que não sabia o que fazer …, mas havia algo me provocando …, saber o que havia dentro daquele recinto protegido de todo a qualquer acesso. Num gesto impensado e sem revelar nada ao meu marido, peguei o carro e rumei até a cidade sem saber muito bem o que faria ao chegar lá; no caminho parei em uma pequena cantina de beira de estrada e desci para comprar água; a dona, uma senhora muito gentil puxou conversa e eu lhe contei sobre o trabalho para que fora contratada na recuperação do casarão da colina e ela exibiu uma expressão aflita, porém não verbalizou sua preocupação; de repente senti uma mão em meu ombro.

Olhei para trás e vi um senhora muito idosa com um aspecto enigmático que pegou a palma da minha mão e sobre ela depositou uma chave. “Vá até lá! Ele está a sua espera!”, sussurrou ela com um tom rouco, mas firme; antes que eu pudesse pedir uma explicação ela me deu as costas e saiu caminhando sem olhar para trás; olhei para a dona da cantina que me contou ser aquela idosa uma espécie de bruxa ou algo parecido que costumava vaguear pela cidade sem destino; enquanto conversávamos senti a chave ficar quente vibrando suavemente dentro da minha mão; sem me despedir da mulher entrei no carro e rumei para o casarão; em posse do molho de chaves abri o portão e estacionei o carro ao lado do chafariz que estranhamente jorrava água para preencher a larga bacia de cerâmica me deixando em dúvida se eu a vira funcionando quando estivera lá na vistoria.

Seguindo uma intuição inexplicável entrei no casarão e rumei para a porta de madeira; fiquei trêmula quando enfiei a chave na fechadura e dei um giro ouvindo o destravar da tranca. Ao entrar me deparei com uma visão inacreditável, pois se tratava de um aposento ricamente decorado com móveis da era vitoriana, um enorme tapete persa cobrindo o assoalho e algumas pinturas que oscilavam entre o renascimento e o realismo; no canto mais à esquerda uma enorme cama de cabeceira talhada e à direita uma poltrona de couro marrom ladeada por um escrivaninha estilo imperial; vastos armários de madeira maciça ocupavam as paredes laterais e ao fundo uma janela tipo balcão onde uma silhueta masculina de costas fitava o vazio tendo nas mãos um cigarro aceso.

Fiquei alarmada com a presença de outra pessoa naquele recinto e senti um arrepio percorrer minha espinha quando uma voz ecoou em minha mente. “Vejo que você não demorou para vir até mim!”, dizia a voz dentro de mim cuja rouquidão reverberava em minha alma. Quando ele se voltou para mim vislumbrei um dos mais lindos rostos que já vira em toda minha vida! A perfeição estética nos mínimos detalhes causava em mim uma mistura de inquietação e excitação inexplicáveis; “Dispa-se!”, ecoou em minha mente como uma ordem firme e contundente; incapaz de resistir ao apelo de meu corpo eu obedeci sem oferecer resistência. O homem aproximou-se da escrivaninha tomando uma chibata de montaria em uma das mãos avançando em minha direção.

O sujeito estava elegantemente vestido, com os cabelos aparados e uma barba cerrada e bem cuidada guardando um sorriso inquietante no rosto; ele ficou tão perto que pude sentir o odor almiscarado de seu perfume acrescido do hálito quente com gosto de tabaco e minha excitação se elevou numa espiral descontrolada me deixando trêmula e febril; ele se afastou um pouco e começou a explorar meu corpo com a ponta larga e espalmada do acessório iniciando pelos mamilos onde fez movimentos circulares deixando-os ainda mais intumescidos; em seguida ele desceu até a minha púbis onde aplicou um golpe firme porém controlado provocando como reação imediata um estremecimento ainda maior que fez minha vulva umedecer e se tornar ardente.

Com um segundo golpe a voz ordenou que eu abrisse um pouco as pernas e eu obedeci recebendo a ponta da chibata entre elas que culminou em um novo golpe contra minha gruta cuja reação foi tão impactante que não resisti em soltar um gritinho quase histérico sentindo a vulva choramingar copiosa. Ele rodeou meu corpo e desta vez chicoteou minhas nádegas com mais energia impondo que eu tornasse a gritar, porém sem que eu me esquivasse do castigo que eu parecia merecer. Houve um interregno silencioso e logo depois senti as mãos quentes e fortes pousadas sobre meus ombros causando novos tremores involuntários. Ele então colou seu corpo ao meu permitindo que eu sentisse sua pele nua e quente roçando na minha, descobrindo um membro de dimensões e rigidez inquietantes pulsando no rego entre as nádegas; meu corpo imediatamente reagiu gingando a fim de sentir um pouco mais daquela virilidade atroz e instigante. Ele me segurou pela cintura com uma das mãos impedindo os movimentos, enquanto a outra cingia meu pescoço apertando-o com uma força moderada mas que me deixou dominada por um desejo alarmante de pertencimento.

Ele elevou meus braços e quando dei por mim minhas mãos estavam algemadas e presas a um gancho suspenso no teto; meu dominador se pôs diante de mim e me ergueu pela cintura como se eu não tivesse peso algum até minha vulva estar ao alcance de sua boca; assim que ele começou a saborear minha greta sobrevieram orgasmos intensos que se sucediam numa onda quase infinita provocando como reação inesperada uma excitação desmedida que me fazia gemer, gritar, saracotear e tremer dominada e desnorteada tal era a magnitude do prazer que aquela boca e aquela língua me proporcionavam; enlacei sua cabeça com minhas pernas desejando que ele jamais saísse de onde estava, porém meu algoz viril continuava a manter um controle imponderável tanto sobre meu corpo como sobre minha mente.

Repentinamente ele cessou o assédio oral me livrou das algemas e me levou para a cama onde tive pulsos e tornozelos amarrados por tiras de couro numa posição vitruviana enquanto ele me cobria com seu corpo de peito esculpido e ombros largos; fitando meu rosto com uma expressão enigmática ele arremeteu enterrando vigorosamente seu membro dentro de mim com um só golpe o que resultou em um gozo cuja intensidade provocou um espasmo de dimensões desmedidas impondo que eu gemesse e gritasse tal era o prazer que desfrutava naquele momento. Sem tirar os olhos de meu rosto e com o uso de sua cintura e pélvis ele deu início a uma sucessão de movimentos de cadência harmônica que cresciam numa alucinante espiral que desencadeou nova onda orgásmica sacudindo meu corpo e enlouquecendo minha mente.

Tempo e espaço deixaram de existir dando lugar a um universo paralelo de prazer que me submetia à vontade do dominador que não poupava esforços em desferir delirantes golpes e contragolpes dotados de uma energia inexplicável que ao mesmo tempo em que me castigava parecia se renovar com mais veemência; e quando eu já não tinha mais forças para resistir ao embate luxurioso ele cessou o ataque me libertando das amarras e tornando a algemar minhas mãos elevando meus braços até prendê-los no gancho; sem aviso ele começou a desferir chibatadas em minhas nádegas alternando momentos em que segurava minhas mamas em suas mãos dando vigorosos chupões em meus mamilos com novos golpes do acessório em minha púbis provocando um prazer indescritível que me deixava tão alucinada que os gritos e as provocações por mais castigos ecoavam pelo recinto.

Em momento algum eu senti dor, pois ele era suplantada pelo êxtase que me impregnava de corpo e alma numa entrega irrestrita que eu jamais pensara existir e que me propiciava uma experiencia sensorial inaudita que impunha o desejo de querer mais e querer sempre; fosse quem fosse aquele homem ele era a expressão da virilidade profana e pecaminosa que conduz a fêmea, usa-se dela e ao mesmo tempo se deixa ser usado sem qualquer forma de preconceito ou imposições limitadoras; e tal era a intensidade do momento que cheguei a imaginar que tudo pudesse ser apenas fruto de minha mente, porém os orgasmos sacudindo meu corpo comprovavam de maneira inequívoca que tudo aquilo era real! E tudo se findou com o macho ejaculando profusamente dentro de mim irrigando minhas entranhas e deixando um derradeiro gozo fluindo de forma tão alucinante que me levou ao desfalecimento momentâneo.

“Estarei aqui, a sua espera!”, foi a frase ecoada em minha mente minutos depois que recobrei os sentidos e me vi nua sobre a cama com o suor prorrompendo por todos os poros e uma fadiga descomunal que ceifava meus movimentos; me levantei cambaleante e arrastei meu corpo em frangalhos pelo aposento recolhendo minhas roupas e procurando me recompor da melhor forma possível. Era início da noite quando cheguei em casa e corri para o banheiro tomando uma ducha revigorante e conferindo a ardência inexplicavelmente indolor das chibatadas em minhas nádegas e dos chupões em meus mamilos. Vesti uma roupa confortável e esperei pela chegada de meu marido que quis saber onde eu passara o dia; respondi apenas que tinha visitado alguns clientes em potencial já ansiosa por retornar ao casarão assim que possível.

*Publicado por Prometeu no site promgastech.ru em 21/11/24. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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