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Sedução em uma noite de verão

  • Conto erótico de gays (+18)

  • Publicado em: 10/08/22
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  • Autoria: Prometeu
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Era o segundo banho que eu tomava naquela noite e mal saíra do box e podia sentir as gotículas de suor pipocarem em meus poros; sequei-me rapidamente, vesti um calção e fui para fora; não havia vento e o ar estava abafado atestando que o calor da região centro-oeste era desesperador. Olhei para a paisagem enegrecida pelo manto da noite e notei um vulto que se aproximava; estranhei que alguém estivesse para chegar naquela hora da noite o que me deixou um pouco tenso; quando o vulto passou sobre a tênue luz amarelada da lâmpada sobre o portão descobri que se tratava de um peão de boiadeiro encimado em sua montaria.


O animal trotava com lentidão sacolejando seu cavaleiro que acompanhava os movimentos com a tradicional ginga experiente de quem parece ter nascido sobre uma sela de montaria. Logo percebi que se tratava de Anacleto o peão de boiadeiro mais jovem, filho único de Jacinto o líder da comitiva que antecipou-se ao grupo chegando antes na sede. Calmamente ele apeou do cavalo e após desencilhá-lo seguiu para a baia de onde saiu caminhando em direção ao alojamento onde eu permanecia de pé encostado na mureta da varando; ele passou por mim comentando sobre a noite abafada e pedindo licença para se banhar; assim que entrou no alojamento que estava deserto não percebeu que eu o observava discretamente enquanto se despia com naturalidade sem se importar com mais nada; a natureza havia sido por demais benevolente com aquele homem rude e simples.


Anacleto tinha um porte másculo e viril com seu peitoral largo, coberto por uma fina camada de pelos descendo para uma barriga trincada cuja rigidez me fazia babar de desejo; o rosto retangular sempre com a barba por fazer e a pele cor de bronze concebiam a ele um ar rude e ao mesmo tempo insinuante; eu sentia meu corpo vibrar quando mirava seus olhos castanhos profundos exibindo um sorriso aberto naqueles lábios finos e tentadores; já despido ele se voltou na minha direção ainda sem desconfiar que eu me deliciava apenas em vê-lo, Anacleto mostrou sua nudez frontal com seu impressionante apêndice de dimensões alucinantes já ensaiando uma ereção.


Ele acariciou o próprio corpo fazendo questão de tocar seu membro sacudindo-o com uma das mãos desfrutando a dadiva divina que lhe fora concedida; quando ele finalmente entrou no banheiro eu quase perdi os sentidos, pois era a primeira vez que estávamos sozinhos no alojamento, e mirá-lo desnudo havia aguçado meus sentidos e meu desejo por ele; pensei que nunca mais teria outra oportunidade como aquela e suspirei buscando coragem para me revelar. “Oi, docinho! Se quando eu terminar de me banhar houver um café fresco e uma boia requentada ficarei imensamente agradecido!”, disse ele para mim quando projetou o dorso ao lado da porta do banheiro terminando com um lindo sorriso.


Enquanto eu coava um café fresquinho fiquei pasmo ao relembrar que ele me chamara de “docinho”! De onde será que ele tirou aquilo? Tudo parecia muito confuso e estranho; pus a mesa servindo uma comidinha requentada sim, mas muito saborosa com minha mente viajando por ideias libidinosas; cheguei mesmo a me beliscar para certificar que não estava sonhando. Afinal, ele me chamara de “docinho” e isso não era pouca coisa; vestindo um calção surrado Anacleto veio até a cozinha sentando-se à mesa e devorando a refeição entre grandes goles de café, somente interrompendo sua gulodice para levantar o rosto olhando para mim e sorrindo.


Sentado na frente do mais intrigante objeto de meu desejo oculto eu sentia um comichão nascer em minhas entranhas com o coração batendo acelerado e a respiração tornando-se um pouco arfante, denunciando a vontade que me consumia de entregar-me a ele sem receio.

-Hummm, muito gostosa essa boia, docinho! – elogiou ele com tom alegre ainda me encarando com aqueles olhos cativantes – Aposto que foi você mesmo que fez, né?


Com uma expressão encabulada, limitei-me a acenar com a cabeça evitando encará-lo diretamente; Anacleto pegou o maço de cigarros no bolso do calção e acendeu um fumando tranquilamente recostado na cadeira de espaldar baixo. “Acho que vou tocar um pouco de viola e cantarolar alguma coisa …, quer me fazer companhia, docinho?”, perguntou ele com tom fraterno esperando por uma resposta. Mais uma vez optei apenas por um aceno de cabeça. Eu sabia que Anacleto nutria o sonho de se tornar um cantor sertanejo, embora tivesse tino para saber que seu lugar, por enquanto, era ao lado do seu pai.


Ficamos sentados na varanda, ele no banco lateral e eu sobre a mureta do lado oposto; ele começou a dedilhar a viola e logo estava cantando “Luar do Sertão”, música que todos adoravam ouvir na sua voz e que naquele noite quente e abafada parecia dedicada a mim; ao som da viola e da voz aveludada do peão de boiadeiro eu sofria com a perda da oportunidade que minuto a minuto escapava entre as minhas mãos e que, talvez, nunca mais tornasse a acontecer; eu me odiava pela minha covardia e mais ainda naquela noite que tinha tudo para ser a nossa noite! Por isso nem percebi quando um par de lágrimas brotou em meus olhos não demorando a escorrer ao longo do meu rosto.


Respirei fundo pensando que era tudo ou nada! Me levantei e fui até ele pedindo para sentar ao seu lado; Anacleto me fitou, sorriu pondo a viola de lado e afastando-se cedendo lugar para mim.


-Porque você me chamou de docinho? – perguntei com tom hesitante e olha encabulado – você nunca me chamou desse jeito.


-Porque? Ora, porque! – respondeu ele com tom brincalhão abrindo um sorriso largo – Porque você é um rapazote muito doce! …, e eu sei que está doidinho para se entregar para esse peão arretado sentado ao seu lado!


Ao ouvir aquelas palavras singelas e que pareciam sinceras senti meu sangue congelar nas veias e a garganta ressecar como o leito de um rio intermitente; Anacleto deu uma risadinha achando graça da minha reação e antes que eu pudesse responder ele me segurou pela nuca puxando meu rosto na direção do seu; no instante em que nossos lábios se tocaram o comichão nas minhas entranhas revoltou-se causando arrepios e tremeliques incontroláveis sem que eu conseguisse reagir ainda descrente do que estava por acontecer.


Nossas bocas colaram-se encerrando um beijo quente, úmido e profundo com nossas línguas dançando em um voraz embate que não tinha fim; o sabor de tabaco e café que emanava da boca de Anacleto me deixava excitado com o suor eclodindo por todos os poros e uma onda de calor crescendo em minhas entranhas denunciando o desejo que me consumia; toquei o peito dele sentindo toda a sua firmeza e também o calor que explodia em suor profuso atestando que também o peão estava a me desejar despudoradamente.


Nos abraçamos e intensificamos ainda mais o beijo que eu sonhava eternizar-se em meu corpo e também em minha mente; todavia, Anacleto não tinha a intenção de limitar-se apenas aos beijos, pois logo ele se levantou levando-me com ele para que nos abraçássemos com mais furor; quando dei por mim, estava sendo por ele conduzido para dentro do alojamento onde apenas a luminosidade que emanava da cozinha testemunharia esse encontro há muito ansiado e que me consumia desde longa data.

Anacleto ajudou-me a tirar a roupa e depois pediu que eu abrisse seu calção; assim que o fiz a peça de roupa escorreu até o chão libertando seu membro cuja rigidez era deliciosamente alarmante. “Olha só como ele tá doidinho pra sentir sua boquinha! …, me chupa bem gostoso, docinho …, como só você eu sei que é capaz de fazer!”, pediu ele em tom sussurrado e com aquele olhar inquietante. Eu sorri de volta e depois de beijá-lo mais uma vez pus-me de joelhos cingindo a vara com uma das mãos explorando suas dimensões e sua dureza. A ferramenta do peão era digna de distinção não apenas por seu calibre e comprimento, mas também por sua beleza estética levemente curvada para cima com as veias salientes e uma glande enorme que pulsava toda abusada.


Comecei com várias lambidas desde a basa até a cabeça e depois retornando até apertar as bolas com meus lábios arrancando vários gemidos e grunhidos do meu parceiro que acariciava meus cabelos incentivando-me a ousar aos poucos; prendi a glande entre os lábios apertando-a delicadamente colhendo como prêmio um grito rouco e másculo que me deixou todo arrepiado; relaxei o aprisionamento e aos poucos fui engolindo a espada do meu homem até ter boa parte dela dentro de minha boca enquanto dava pequenos beliscões em suas bolas enormes; a seguir, tomei o ritmo de cuspir e engolir o membro como se chupasse o mais saboroso picolé da minha vida.


Anacleto não reagia com brutalidade preferindo gestos carinhosos e afagos sutis algo que me cativava de um modo que ele sequer fazia ideia; algum tempo depois ele interrompeu minha carícia oral para que fossemos para a cama onde ele se deitou abrindo a pernas convidando-me a retomar nossa cumplicidade oral; atirei-me afoito entre aquele par de pernas musculosas e peludas tornando a abocanhar o falo que agora me pertencia premiando-o com o que ele de mim merecia.


Prosseguíamos em nosso idílio libidinoso até o momento em que Anacleto ansiou por algo mais de mim; ele me pôs deitado de barriga para cima sobre a cama, ergueu minhas pernas e encaixou-se entre elas apoiando meus tornozelos em seus ombros; senti um choque elétrico quando ele pincelou meu selinho com a cabeçona do seu membro e ainda mais quando ele salivou sobre meu rego esfregando a glande de cima para baixo e de volta antes de dar o primeiro cutucão contra o orifício que piscou assustado. “Relaxa, docinho! Vamos fazer bem gostoso que é pra não doer …, vou ser bem carinhoso, viu!”, murmurou ele mirando meu rosto com um sorriso.


Acenei com a cabeça sem nada dizer; Anacleto cutucou com mais força; e depois com mais força até que repentinamente senti algo rombudo laceando meu brioquinho e provocando uma dorzinha aguda que me fez soltar um gritinho; meu parceiro cessou seu assédio como se esperasse pacientemente até que eu me acostumasse com seu bruto me invadindo; depois de alguns minutos, ele retomou o avanço sempre com estocadas medidas porém resolutas ao mesmo tempo em que segurava meu brinquedinho com uma das mãos aplicando uma deliciosa masturbação.


Anacleto seguiu aprofundando o bruto em mim sempre com imenso carinho e desvelo; a dor crescia aos poucos, mas não era capaz de derrotar o desejo que me dominava de pertencer àquele peão deslumbrante e amoroso, razão pela qual eu resistia com bravura ansiando em dar a ele tudo era seu por direito. Fui tomado por uma sensação indescritível quando ao final me vi empalado pelo membro viril que preenchera minhas entranhas causando um alvoroço emocional que afastava minha mente da realidade remetendo-me à plenitude do êxtase absoluto. Anacleto exibia uma expressão serena e feliz; ele sorria para mim inclinando-se até que pudéssemos nos beijar cheios de paixão.

Permanecemos engatados nos mirando e nos apreciando como se nada mais importasse ou tivesse sentido e quando ele deu início a uma sequência de socadas lentas e profundas ao mesmo tempo em que me masturbava em ritmo cadenciado fomos ambos tomados por um frenesi delirante que foi crescendo sem limites com os golpes do meu macho ganhando veemência e mais profundidade fazendo a dor desaparecer, ou melhor, ceder lugar a uma indescritível sensação de prazer frutificado em uma cumplicidade conspirada pelo destino.


Eu ficava arrebatado pela resistência física do meu parceiro cujos movimentos cresciam em um grau voraz comprovando sem sombra de dúvidas que ele me pertencia assim como eu a ele numa entrega única e especial; mais surpreendente ainda tudo se tornou quando pressentimos nossos orgasmos aproximarem-se ao mesmo tempo; Anacleto mantinha um ritmo frenético e nossos corpos suados e ofegantes desconheciam limitações, exceto aquela imposta por nossa própria fisiologia que após tanto esforço revelou-se com toda a sua magnitude eclodindo em um mútuo gozo profuso.


Ejaculando em golfadas de sêmen que se projetavam no ar despencando sobre meu ventre eu desfrutava da emoção de sentir uma onda quente e molhada inundando minhas entranhas aquecendo-me ainda mais de uma forma avassaladora causando tal estardalhaço que não resisti em gemer e gritar tomado por descomunal euforia. Anacleto vencido pelo esforço desabou sobre mim e assim ficamos, abraçados e ainda engatados trocando beijos e carícias aguardando até que seu membro estiolar escorrendo para fora de mim, propiciando uma derradeira sensação de prazer que encheu-me de assombro.


Suados, exaustos e ofegantes não parávamos de nos beijar até Anacleto sugerir que tomássemos um banho juntos; com a água escorrendo sobre nossos corpos permanecíamos aos beijos e carícias e eu fiz questão de por-me de joelhos beijando e lambendo seu membro que não recuou ensaiando uma ereção renovada que nos permitiu uma nova cópula de pé ali mesmo; fiquei de costas e empinei o traseiro oferecendo meu selo deliciosamente arregaçado para o pleno desfrute do meu macho que mais uma vez preencheu-me cheio de volúpia; Anacleto tornou a me presentear com uma masturbação vigorosa e após um suculento conluio anal concluiu-se em um novo orgasmo mútuo, permitindo a mim usufruir do gozo quente e volumoso do meu peão.


Dormimos juntos, porém eu acordei só; o sol mal havia prenunciado seus primeiros raios matinais e Anacleto já partira ao encontro da comitiva; eu respirei fundo e levantei preparando-me para um novo dia com muitos afazeres e tarefas, porém renovado por uma felicidade apenas minha e de mais ninguém; naquela noite depois que peãozada saciou sua fome e sua sede reuniram-se em torno de uma fogueira para desfrutar de tabaco barato e cachaça de segunda ao som da cantoria do meu peão predileto.


Meses depois, quando eu estava só na cozinha Anacleto me agarrou de surpresa beijando-me no pescoço e lambendo minha orelha; nos beijamos várias vezes antes que ele me confidenciasse que estava de partida para tentar a sorte no mundo da música sertaneja com a benção de seu pai e aval do dono da fazenda. “Não podia partir sem me despedir do meu docinho! Jamais vou te esquecer …, e espero que jamais me esqueça!”, disse ele com tom embargado esforçando-se para conter os olhos já marejados. Eu o vi cavalgar em direção ao horizonte sentindo o coração apertado e olhos lacrimosos, mas compreendendo que ele precisava perseguir seus sonhos. E algum tempo depois ao ver um show na televisão caí em lágrimas ao ver meu peão fazendo sucesso com sua cantoria maviosa. E chorei ainda mais quando ele, ao terminar a canção, fez uma dedicatória inesperada e inesquecível. “Essa canção é dedicada ao meu docinho …, esteja ele onde estiver, jamais o esquecerei!”.

*Publicado por Prometeu no site promgastech.ru em 10/08/22.


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