Cleusa: a descoberta da submissão

  • Publicado em: 10/01/18
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  • Autoria: DOM GRISALHO
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Cleusa: a descoberta da submissão

- DOM GRISALHO -


Este conto não é de minha autoria, mas Eu o achei com uma qualidade excelente, muito superior à média dos contos de sadomasoquismo. Procurei na internet o autor e não encontrei. Espero que gostem...

Faz um ano que Cleusa se mudou para aquele apartamento. Recém aprovada no vestibular da Federal, aceitara de bom grado viver no apartamento da sua tia avó materna, que há muito havia trocado o escaldante verão e o congelante inverno porto alegrense por alguma cidade do sudeste brasileiro.

A cidade grande, viver sozinha, a faculdade, ter de crescer, tudo lhe dava medo. Logo na primeira semana conheceu João, ainda no hall de entrada do prédio. Chegava atrapalhada, com sacolas de compras e livros de estudos, e ele prontamente se dispôs a ajudá-la. No elevador descobriram-se vizinhos de andar, e no corredor, de porta. Aparentava ter 10 ou 12 anos a mais que ela, "se bem que de terno e gravata todo mundo aparenta mais", pensou. Passaram a cumprimentar-se e trocar algumas palavras, mas nada além disso.

Uma noite, quando já se preparava para dormir, escutou ruí­dos estranhos. Pareciam tapas, pancadas, bofetões ou algo do gênero. Desligou a televisão e tentou decifrar o que ouvia. Sim, só poderia ser tapas. E cada ruí­do era seguido de um gemido abafado. Ouvia às vezes a voz de um homem, mas não conseguia entender o que ele falava. Pensou em interfonar para o porteiro, relatar o que estava acontecendo, mas acabou desistindo. Melhor não se meter. Ligou a televisão novamente e aumentou um pouco o volume para não escutar mais nenhum outro som.

Duas ou três noites depois, ouviu novamente o barulho. Desta vez não conseguiu deixar de ficar prestando atenção. Não ligou a televisão, não fez nada. Ficou escutando apavorada aquilo que ela jurava ser um ato de violência doméstica. Tinha de descobrir de onde vinha, e depois fazer uma denúncia anônima.

Seu medo da cidade grande ficara ainda mais acentuado. Mal saí­a na rua, embora o que mais lhe impressionava estava dentro do prédio em que morava. O barulho se repetia sempre, no mí­nimo duas vezes por semana.

Encontrou João certa manhã, e chegou a pensar em comentar aquilo tudo com ele. Parecia ser uma pessoa séria, e que poderia ajudá-la a descobrir, mas não teve coragem. E além do mais, pouco sabia dele. E se fosse ele a pessoa violenta?

No apartamento tinha um quarto em que ela nunca entrava. Lá ficavam as coisas pessoais da sua tia avó, caixas e mais caixas de livros, armários cheios de roupas de inverno. Era quase que uma regra implí­cita no empréstimo do apartamento: aquele quarto era "proibido". Só a faxineira entrava, uma vez por semana, toda quinta feira.

E foi em uma quinta feira que ela chegou a casa, depois da aula, e dividiu o elevador com João e provavelmente a namorada dele. Uma moça bonita, cabelos negros ondulados, corpo esculturalmente lindo, o que deixava claro o vestido colado e decotado que ela usava. Cumprimentou-os, e João retribui com sua simpatia habitual. A moça murmurou um cumprimento, e manteve os olhos baixos. "Que antipática!", pensou.


Entrou em casa, fez um lanche na cozinha, tomou um banho demorado. Sentia saudades da famí­lia, dos amigos, da vida que levava na cidade do interior. Saiu do banheiro enrolada na toalha, e viu que a faxineira havia deixado aberta a porta do "quarto proibido". Foi até lá para fechar a porta, e então escutou novamente o som que tanto a incomodava. Parecia que dali, naquele quarto, era mais claro, mais perto de aonde vinha.

"Sim Senhor, me desculpe", ela ouviu uma voz feminina dizer. E em seguida sons de tapas. Não, não poderiam ser tapas. Parecia algo mais forte. Mas tinha uma música também, que não deixava tudo tão claro. Chegou mais perto da janela, a tempo de escutar, depois de um daqueles sons, a voz feminina agradecer: "Um. Obrigado, Senhor". Mais um som, e depois: "Dois. Obrigado, Senhor". O que era aquilo? Não era um abuso? Era tortura? O que a mulher poderia ter feito de tão grave para estar sendo punida, e ainda, pelo visto, sendo obrigada a agradecer por isso.

Quando a contagem da voz feminina chegou a cinquenta, Marina saiu dali. Fechou a porta do quarto e foi deitar confusa. O que era aquilo?

Mais uns dias se passaram, e Cleusa encontrou novamente com João. Dessa vez, no supermercado do bairro. Praticamente se esbarraram nos corredores, ela com o carrinho cheio de comida pré-pronta, e ele sem carrinho nenhum. Apenas com uma coleira na mão. Trocaram algumas palavras, e ela comentou que nunca tinha o visto com um cachorro. Não notou o desconforto dele, e também nem se deu conta quando ele lhe deu a desculpa ridí­cula de que estava pensando em comprar um. Estranho, pois ninguém compra primeiro a coleira, e depois o cachorro.

Naquela noite saiu para um churrasco com os colegas de faculdade, e encontrou João novamente. Ela saindo do prédio, e ele entrando. Dessa vez com outra mulher, não menos bela que a outra. Mas os longos cabelos loiros e o casaco que ela vestia, não deixaram Cleusa ver a coleira que ela usava, aquela que João comprara no supermercado.

Com o final do semestre e a época de provas se aproximando, Cleusa se concentrou nos estudos, e praticamente deixou de lado os ruí­dos semanais que tanto lhe intrigavam. E deixou João de lado também, afinal já o vira com três mulheres diferentes, e agora praticamente detestava-o. Achava ele um galinha safado!

As férias de inverno chegaram, e Cleusa foi para a cidade natal. Passou quinze dias lá com a famí­lia, sendo mimada, bem tratada, comendo comida de verdade, preparada por sua mãe. Reviu amigos, contou as experiências da cidade grande para as amigas de infância, parecia que nunca tinha saí­do de lá.

Mas a vida continua, e no final de Julho Cleusa voltou para Porto Alegre. E quando desceu do táxi que a trouxe da rodoviária, encontrou João.

- Oi! Por onde tu andava? - ele perguntou.

- Estava de férias, na minha cidade. - ela respondeu, sentindo-se estranhamente feliz por ele ter notado a falta dela.

Trocaram mais algumas palavras, e combinaram de conversarem mais. Ela largou as malas no apartamento, desanimada com a idéia de ter que desfazê-las, e escutou um barulho no corredor. Foi até o olho mágico ver o que era, ela esperançosa querendo ardentemente que João quisesse falar mais alguma coisa, mas logo o sorriso se desfez em seu rosto. Uma mulher com cabelos vermelhos falsos tocava a campainha, em frente à porta de João. "Filho da puta!!", pensou.

Nem desfez as malas. Ficou deitada na cama, tentando entender o porquê dos homens serem assim. Porque nunca estão satisfeitos com uma mulher só? E porque se importar tanto com João? Era só um vizinho. Nunca havia demonstrado interesse nela. E não sabia realmente se tinha algum interesse nele. Devia deixá-lo pra lá.

E então escutou a música. A música que precedia os outros sons. Mal tinha pensado nisso durante as férias, mas agora a lembrança voltara. Levantou e foi até o "quarto proibido", para escutar melhor.

"Agora de quatro, cadelinha", ela escutou uma voz masculina falar. "Isso, abana o rabo".

Então se deu conta de que aquilo não era violência, e sim uma coisa combinada.

Nunca o som pareceu tão perto, e movida por um impulso ela foi mais perto da janela. As ordens continuavam, e parecia que a pessoa as obedecia ao agrado do homem, que se mostrava satisfeito. Movida pela curiosidade, ela abriu uma fresta da janela, para escutar melhor e quem sabe ver alguma coisa, embora soubesse que dali só conseguiria ver a janela do apartamento vizinho.

E quando ela olhou para fora, seu coração praticamente saltou da boca. A janela do apartamento de João estava totalmente aberta, e mesmo com a meia luz naquele ambiente, ela podia enxergar a moça dos cabelos vermelhos andando de quatro pelo chão. Então era ele que maltratava as mulheres? Sentiu uma tontura, uma vontade de sair correndo, mas ao mesmo tempo não conseguia sair dali. A moça estava inteirinha nua, e até onde ela conseguia ver, parecia extasiada pela situação. De olhos semicerrados, boca entreaberta, obedecia às ordens do homem.

E então ela o viu. Quase não o reconheceu, parecia transformado naquele momento. No lugar do habitual sorriso simpático, a seriedade tomava conta do seu rosto. Estava sem camisa, mostrando braços totalmente tatuados, corpo bem definido. Nunca o tinha visto com esses olhos. Ele emanava poder.

João pegou a menina pela coleira que ela usava, e colocou-a contra a parede. Com a mão direita pressionava-a na parede, e a esquerda passeava pelo corpo dela. Cleusa não conseguia escutar o que ele falava, mas via a menina mexendo a cabeça insistentemente como se dissesse "sim". Ele então deu um beijo na sua boca, e Cleusa pode ver o corpo da menina amolecer. Depois ele deu um passo para trás, e com uma cara de deboche cuspiu nos seios da menina e depois no rosto dela, um ultraje.

"É o que faço com teu beijo. Tu não é nada pra mim", ele falou. A menina ficou surpresa, e Cleusa notou um tanto desapontada.

"Vira pra parede", João ordenou. A voz saiu tão enérgica, que a própria Cleusa sentiu-se tentada a virar-se para a parede. Ele colocou braceletes de couro nos pulsos da garota, e das argolas que existiam neles prendeu uma corda até o gancho na parede, sobre a cabeça da menina. Ela ficava quase na ponta dos pés. Ele sumiu da visão de Cleusa, e quando voltou, trazia na mão direita um chicote de tiras de couro trançadas. Sussurrou alguma coisa no ouvido da garota de cabelos vermelhos, e ela fez que sim com a cabeça. Ele então se afastou e deu a primeira chicotada nela. A menina gritou de dor, um grito alto e agudo, e ele prontamente foi até lá. Enérgico, mostrou seu descontentamento com o grito. Sumiu de novo do campo de visão de Cleusa, e voltou com alguma coisa na mão, que ela não sabia o que era. Parecia uma bola de ping-pong, porém maior, com uma tira de couro que a atravessava. João colocou aquilo na boca da menina, e prendeu as tiras de couro atrás da cabeça dela. Cleusa ouviu-o falar: "Grita agora, cadela!".

Recomeçaram as chicotadas, e Cleusa reconheceu o barulho que ela escutava sempre. Sempre fora João. E pensar que ela cogitou falar com ele sobre isso!

Depois de chicotear a garota, João soltou-a e mandou que ficasse deitada no chão, de barriga para cima. Pegou duas velas, e com uma em cada mão, despejou a cera quente sobre a menina. Cleusa olhava aquela cena perplexa, um misto de excitação e pavor. Estava preocupada com a garota, mas pelo visto ela estava gostando, e estava acostumada também.

Seguiram-se outras torturas, outras humilhações, até o momento em que João tirou a bola da boca da menina, e colocando o pau enorme pra fora, puxa como era grande, ordenou-a que o chupasse.

Naquele momento Cleusa não aguentou mais, e começou a se tocar. A boca da menina fazia movimentos de vai e vem no pau de João, e Cleusa ritmava os dedos entrando e saindo de dentro da sua buceta. Gozaram praticamente juntos, ele no rosto da menina, ela apertando as pernas, como se não quisesse que seus dedos saí­ssem de dentro da buceta.

Cleusa ainda assistiu diversas outras cenas de João e suas garotas, e a cada dia se sentia mais interessada em experimentar aquilo tudo, mas não tinha coragem de falar com ele sobre isso.

Se perguntou muitas vezes se ele não sabia que ela o observava. Afinal, depois daquele primeiro dia em que ela viu tudo, ele se mostrava ainda mais receptivo e simpático com ela. Às vezes, assistindo-o em ação, parecia que ele escolhia os melhores ângulos pra que ela pudesse ver. Uma vez, com a loira, fez sexo anal com ela vendada e debruçada na janela, de frente para ela.

Brincava com o gozo, retardava-o, como se soubesse que ela estava se tocando e esperando para gozar junto com ele.

Por vezes, fez suas meninas ficarem nuas e de coleira no corredor do prédio, como se quisesse que ela visse isso. Ou talvez pra mostrar que sabia que ela tinha conhecimento do que acontecia no seu apartamento.

Ontem, na véspera de completar um ano desde que viera do interior, a campainha de Cleusa tocou. Quando ela atendeu, não tinha ninguém. Apenas um pacote.

Ela recolheu o pacote, abriu-o e viu algumas instruções.

Seguiu incontinenti às riscas as ordens do pacote. Depilou-se completamente, vestiu apenas uma calcinha preta.

E agora está em frente ao espelho, fechando a coleira e respirando fundo.

Hoje terá sua primeira sessão BDSM.

FIM

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*Publicado por DOM GRISALHO no site promgastech.ru em 10/01/18. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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