Uma amiga da escola tirou meu BV

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  • Publicado em: 16/10/25
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  • Autoria: Vitor_Antônio
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Primeiro ano do ensino médio. As aulas tinham começado há um tempo. Era quase meio do ano. Eu, como sempre, tinha escolhido ficar na carteira no meio da sala de aula. Aquela era a posição que eu sempre achei o melhor lugar para assistir às aulas.

Na sala tinha quase trinta alunos e à minha esquerda, do lado onde ficavam as janelas, sentava uma menina que também tinha dezesseis anos e era até bonitinha.

O nome dela era Emily. Ela era baixa e magra. Tinha cabelo preto e liso bem longo, olhos grandes bonitos e, assim como eu, parecia não sair muito no sol. Tinha a pele bem branquinha. O rosto dela era delicado e bonito e ela tinha uma pintinha, uma verruguinha preta no canto esquerdo da boca, um pouco acima do lábio superior.

Apesar de ficarmos em carteiras vizinhas, eu não conversava com ela. O máximo de interações que tivemos foram algumas trocas de olhares rápidas e uma vez peguei a caneta que ela deixara cair no chão. Só isso.

Para ser sincero, eu nem ligava para ela. Apesar de ser bonita, eu não me importava ou pensava em ter alguma relação mais próxima com ela. Mas foi aí que tudo mudou.

Em um dia de prova de matemática, tocou o sinal para o intervalo. Todo mundo foi saindo da sala e Emily e eu ficamos por último. Quando guardei meu caderno na mochila, ela falou comigo.

— Vitor, tem uma caneta pra me emprestar?

Ela estava segurando uma caneta estourada com o tubo cheio de tinta.

— Tá. Tenho.

Vasculhei o compartimento da mochila onde eu deixava os lápis e as canetas e entreguei a ela uma preta.

— Obrigada... Depois eu te dou — Ela mostrou um sorrisinho tímido e delicado.

— Beleza.

Emily foi até a lixeira no chão ao lado do quadro branco, jogou a caneta estragada lá e saiu da sala, mas antes ainda deu tempo de olhar a bundinha dela naquela calça jeans apertada. Ela até que era gostosinha. Tinha um bumbunzinho redondo e empinado.

No dia seguinte, quando estava chegando na escola, atravessando a rua em frente a ela, vi Emily entrando pelo portão no exato momento em que o sinal tocou.

Fui seguindo ela e prestando atenção naquela bundinha gostosa. Ela estava com uma legging preta bem apertada que deixava a calcinha marcada. Delícia.

Quando chegamos na sala e em nossas carteiras, deixei a mochila na minha cadeira e Emily chamou minha atenção.

— Vitor, toma — Ela estendeu a mão, segurando minha caneta.

— Ah, valeu — Peguei a caneta.

— Obrigada.

— De nada.

E foi só isso. Não interagimos mais depois que ela devolveu a caneta. Ficamos cada um em sua carteira sem trocar uma única palavra durante todas as aulas.

Mas foi depois do último sinal tocar que tudo mudou.

Guardei as coisas na mochila e saí da sala apressado. Geralmente, eu acelerava os passos na hora de ir para casa porque a fome já estava batendo e pelo fato de sempre se formar uma aglomeração no portão na hora da saída. Melhor ser rápido para evitar o engarrafamento.

Quando passei pelo portão, o Sol já estava arregaçando. Tinha algumas nuvens no céu, mas infelizmente elas não fizeram o favor de ficar na frente dele para dar um alívio no calor.

A surpresa veio quando estava na calçada quase na esquina da escola e, por acaso, dei uma olhada para trás e vi Emily vindo logo atrás de mim.

Diminuí a velocidade e esperei ela me alcançar.

— Por que você tá vindo por aqui hoje? — perguntei.

Sempre que saíamos da escola, eu e ela tomávamos rumos diferentes. Eu ia pela esquerda e ela pela direita.

— Vou pra casa da minha tia — respondeu ela.

Atravessamos o cruzamento em silêncio. Meu coração começou a acelerar e um friozinho surgiu na minha barriga. Precisava puxar assunto.

— Ela mora onde?

— Na Rua das Flores lá na frente — Ela apontou para a rua adiante.

— Então ela é minha vizinha — falei.

— Você mora lá?

— Na rua de trás.

Continuamos andando em silêncio por alguns segundos.

— Mas ela não tá lá — disse Emily. — Foi viajar.

— Huhum.

Mais alguns segundos de silêncio.

— Quer ir pra lá? — perguntou ela.

— Hã?

— Quer ir pra casa da minha tia comigo...? A gente vai ficar sozinho lá?

Espera aí. A Emily estava me convidando para ir ficar só com ela? O coração acelerou mais, o frio na barriga aumentou e eu simplesmente falei:

— Quero.

Ela sorriu e trocamos um olhar. Pensei que ela só estava tirando um sarro comigo pela forma como olhou e sorriu para mim.

— Eu tava brincando... Ela tá lá sim.

Decepção. Mas, não sei como, consegui dizer:

— Que pena.

Emily olhou para mim outra vez.

— Tá querendo me pegar, é?

Quando olhei para ela, seu sorriso safado indicava que minha colega estava dando mole para mim. Mas será que eu estava entendendo certo? Ela estava realmente querendo algo comigo? Eu tinha tanta sorte assim?

O coração estava pulando, minha barriga estava gelada e minhas mãos começaram a suar frio. Reuni uma coragem que nem sabia que tinha e falei:

— Tô... Eu te acho bonita... e legal.

Não sei como não tive um infarto.

Emily continuou andando junto a mim por alguns segundos em um silêncio constrangedor e, quando estávamos próximos da outra esquina, ela apenas se despediu.

— Tchau — E atravessou rapidamente a rua de paralelepípedos.

Eu parei na calçada da esquina e travei enquanto Emily andava apressada para longe de mim. Fiquei olhando ela indo pela outra rua sem saber o que fazer.

Mais à frente, ela ainda olhou rápido para trás e continuou andando.

Que merda! Ela devia ter ficado com raiva de mim. Podia até ter pensado que eu queria assediá-la. Caralho!

Eu estava respirando meio ofegante de tão nervoso. Coração a mil, suor gelado, tudo frio de tanto constrangimento.

Consegui atravessar a rua, mas não prestei atenção no carro prata que estava vindo. Ele freou e buzinou e eu dei um pulinho para frente com o susto.

Continuei andando desnorteado até chegar em casa. Entrei sem avisar minha mãe que havia chegado e fui direto para a cama. Fiquei deitado lá, olhando para o teto e sentindo um remorso terrível.

Acabara de passar a maior vergonha da humanidade. Que micão! Puta merda!

Fiquei um tempo deitado até minha mãe levantar a cortina da porta do quarto.

— Chegou sem falar nada? O que houve?

Levantei e sentei na cama. Tentei disfarçar.

— Nada.

Ela olhou estranho para mim. Já estava desconfiada.

— Tem certeza?

— Uhum. Não aconteceu nada.

Bem, ela continuou ressabiada. As mães sabem quando os filhos estão mentindo. É uma intuição materna.

Eu fiquei mal o resto do dia. Ficava relembrando minhas falas vergonhosas e a forma como a Emily reagiu. Estava muito constrangido. Dava vontade de fazer como um avestruz e enfiar a cabeça num buraco.

A tarde passou e eu fiquei o tempo todo na internet vendo vídeos no YouTube para tentar tirar da cabeça aquela vergonha, mas não deu. Nem bati a punheta da hora do banho.

Fui dormir um pouco mais tarde e fiquei rolando na cama pensando no que ocorrera.

Pela manhã, eu estava decidido. Pediria desculpas à Emily e tentaria me redimir de alguma forma.

Depois de tomar o café, me vestir e escovar os dentes, peguei a mochila e saí pelo portão de casa. Mas, depois de dar uns três passos, veio a surpresa. Quando fui atravessar a rua, olhei para o outro lado e vi a própria Emily vindo pela outra calçada.

Gelei e meu coração parou.

Ela também estava de calça preta e com um casaco de algodão vermelho. Bonita como sempre.

Ela olhou para mim com o que pareceu um olhar de desaprovação ou até repulsa. Me aproximei dela bastante nervoso e só falei:

— Oi.

Ela nem olhou para mim.

— Oi.

Continuamos andando pela calçada juntos e nosso silêncio me gelou até os ossos. Mas consegui reunir forças.

— Desculpa por ontem... Eu... — Não consegui concluir a frase.

— Desculpa pelo quê? — indagou ela.

Já estava começando a suar frio.

— Pelo que eu falei — Ainda bem que consegui dizer algo. — Eu... acabei exagerando...

Ela ficou quieta por alguns segundos enquanto atravessávamos a outra rua.

— Exagerando o quê? Quando falou que eu era bonita?

Já estava ficando difícil de respirar.

— Não. É que eu... Você... Eu n... Falei de mais.

Desviamos de uma árvore na calçada e, quando nos reaproximamos, nos entreolhamos e fiquei ainda mais gelado.

Haja coração!

— Então você não quer ficar comigo?

Eu já estava tremendo.

— Não... É que... Quero... Eu achei que você tinha ficado com raiva de mim.

Ela franziu a testa.

— Por que?

— Ah, sei lá... Você... foi embora do nada... Achei que você não tinha gostado.

Ela sorriu.

— Não... É que eu fiquei com vergonha.

Senti um alívio imediato. Ela não estava chateada comigo. Menos mal. Mas meu coração já estava a uns mil quilômetros por hora.

— Então... você... quer ficar comigo também?

Ela esperou alguns segundos antes de responder.

— Não sei. Acho que dá pra gente ser amigo e... aí depois eu vejo se eu quero alguma coisa mais.

Ela sorriu para mim e eu fiquei animadão. Apesar da resposta não ser totalmente positiva, existia a possibilidade da Emily ser minha namorada. Aquilo era incrível. Principalmente para um cabação como eu.

Suspirei aliviado e meu coração começou a desacelerar.

Continuamos conversando até a escola e eu estava feliz. Aparentemente, Emily também. Ela sorriu para mim algumas vezes e aquilo, no meu entendimento, era sinal de que ela gostava mesmo de mim.

Na sala de aula, falamos apenas algumas palavras um com o outro, mas ficamos trocando olhares durante todas as aulas.

Cheguei até a ficar de pau duro em certo momento. Muito duro. Pensar na possibilidade de passar a madeira na Emily me fez ficar de um jeito que até tive de cruzar as pernas debaixo da carteira para não ter a cueca e a calça rasgadas.

O melhor de tudo seria quando eu finalmente mostrasse minha pica para ela. Será que ela ficaria impressionada com o tamanho? Ela ia gostar dele? Será que ela era virgem?

Aquelas perguntas seriam respondidas, no que dependesse de mim, o mais rápido possível.

Quando as aulas terminaram, Emily e eu saímos conversando sobre a prova de geografia. Esperamos a aglomeração no portão acabar e, quando passamos por ele, a segui. Ao invés de ir pelo meu caminho de costume, acompanhei ela.

Emily estranhou:

— E vai comigo?

— Vou... Posso?

Ela consentiu com a cabeça e disse algo que acelerou meu coração:

— Meu pai e minha mãe tão no trabalho. Eu vou ficar sozinha lá em casa... Quer ir pra lá?

Ela sorriu de um jeito safado. Aquilo queria dizer que ela tinha coisas maliciosas em mente e eu também.

— Quero.

Fomos conversando e rapidamente chegamos à casa dela. Emily morava perto da escola.

A casa era laranja clara e não tinha muro. Era pequena e simples. Na frente, a porta e uma janela de basculante.

Ela tirou a chave do bolso e abriu a porta.

— Licença — falei educadamente.

A sala era pequena. Dois sofás laranjas, uma estante, uma televisão de tubo grande e uma moldura na parede com a pintura de uma paisagem florestal.

— Quer alguma coisa? — perguntou ela.

— Não, valeu.

— Então senta aí — Ela indicou o sofá com um movimento da cabeça. — Vou trocar de roupa. Já volto.

Emily saiu pelo corredor lateral e eu tirei a mochila e sentei com ela ao meu lado.

Estava nervoso. O que será que ela pretendia fazer comigo? Sexo? Não. Acho que era melhor não transar antes de ter uma proximidade maior com ela. E, além do mais, os pais dela podiam chegar e me pegar com as calças arriadas. Isso podia azedar muito para meu lado.

Inclusive, ficar sozinho com uma menina bonita na casa dela era arriscado. O que o pai dela poderia pensar se chegasse ali naquela hora?

Era melhor ir embora logo. Conversaria com minha quase namorada depois.

Alguns minutinhos depois, ela voltou e eu fiquei boquiaberto. Ela tinha vestido um shortinho branco bem curto que deixava à mostra aquelas pernas branquinhas lindas e estava com uma blusa rosa choque com o decote ombro a ombro.

Emily era bonita e tinha um corpo lindo que eu queria ver despido o quanto antes.

— Voltei — disse ela, sorrindo, meio tímida.

Ela veio até mim e sentou ao meu lado, cruzando as pernas gostosinhas.

— Quer fazer o quê agora? — indagou ela.

— Sei lá... Você quer fazer o quê?

Ela sorriu, mostrando os dentes branquinhos, e chegou mais perto de mim.

— Você é BV ainda?

Meu coração palpitou e confirmei a resposta com a cabeça.

— Quer deixar de ser?

Ela chegou um pouco mais perto e minha barriga gelou.

— Quero.

Ela fechou os olhos e começou a aproximar os lábios de mim. Fiz o mesmo e senti quando eles se tocaram.

Foi uma sensação incrível. Pela primeira vez, uma garota me beijou e eu beijei uma garota.

Não foi um beijo de língua, foi só um selinho um pouco demorado, mas foi algo que me marcaria pelo resto da vida. Nunca mais esqueceria aquilo.

Quando o meu primeiro beijo acabou, Emily recuou rindo e eu também não consegui conter um largo sorriso.

Estava sentindo meu corpo quente e o coração a milhão.

— E aí — indagou ela —, foi bom?

Fiquei extasiado por um segundo antes de responder.

— Foi — Consenti com a cabeça.

Ela ajeitou o cabelo e perguntou:

— Quer mais?

Antes que pudesse responder, um barulho na porta nos interrompeu e Emily levantou num pulo. Entrou um cara alto e parrudo. O pai dela.

— Opa. Tudo bom? — Ele olhou para mim desconfiado.

— Oi — A única coisa que consegui dizer.

Levantei e peguei minha mochila.

— Quem é você?

Pensei rápido numa mentira.

— Eu estudo com a Emily e... vim falar com ela do trabalho de história, mas já tô indo.

Olhei para minha futura namorada e ela estava tensa.

Fui em direção à porta e ainda consegui dizer:

— Tchau. Bom dia pro senhor... Boa tarde. Tchau Emily.

Passei pela porta e saí andando pela calçada o mais normalmente possível para não demonstrar que estava aterrorizado. Respirei fundo e nem olhei para trás.

Pelo menos tinha perdido a virgindade da boca com uma menina bonita que eu gostava. Agora era só ficar com ela e perder minha outra virgindade.

Mas esse meu plano não se cumpriria assim tão rápido, infelizmente.

Depois do beijo, achei que minha relação com Emily mudaria. Que começaríamos a namorar e tudo mais, mas não foi isso que aconteceu.

Nos aproximamos mais e passamos a conversar com frequência na escola, só que ela parecia não estar tão interessada em mim quanto eu estava nela.

Eu queria pedir para ficar com ela, mas a timidez dificultava tudo. Além disso, ela parecia querer ser só minha amiga.

Foi ela que tirou meu BV e eu queria perder a virgindade do pau também. Nada melhor que ela para me ajudar com isso. Mas aquela minha ideia foi destruída pouco mais de uma semana depois.

Numa quinta-feira, durante o intervalo, ela me chamou em um canto e contou que estava para se mudar com os pais para o Pernambuco e que seria naquele fim de semana mesmo.

Eu fiquei muito triste na hora. Arrasado, na verdade.

Finalmente tomei coragem e falei que queria ficar com ela, mas ela desconversou e disse que não daria certo. Eu concordei. Era óbvio que não daria certo com ela em outro estado.

Aquela foi minha primeira desilusão amorosa e, claro, me machucou bastante.

No sábado pela manhã, mandei uma mensagem para ela no Facebook e consegui encontrar com ela na Praça do Coreto que fica em frente à Igreja Matriz da cidade, para batermos um papo breve. Mas aquilo só piorou tudo.

Em certo momento, ela olhou nos meus olhos e disse:

— Não ia dar certo... Você nem faz muito meu tipo.

Puta merda. Isso me atingiu como uma facada no coração. E a forma fria e crua como ela falou aquilo foi de foder. Acabou comigo.

Aquela foi nossa última conversa e a última vez que a vi.

Tempos depois, cheguei a refletir sobre o que ela disse naquele dia e pensei: será que ela não gostava mesmo de mim ou disse aquilo apenas para tirar da minha cabeça qualquer tipo de ilusão que eu pudesse ter de ficar com ela?

No fim das contas, não tive tempo de iniciar algo sério com ela. Eu realmente queria namorar com ela e principalmente comê-la, mas meus planos românticos e sexuais morreram na praia.

Eu fiquei muito triste por não poder ter a oportunidade de passar a pica na minha amiga, mas isso faz parte da vida. Até fiquei uns dias em uma espécie de depressão.

Ainda cheguei a trocar algumas conversas com ela no Facebook para saber como ela estava no Pernambuco, mas não mantivemos contato por muito tempo.

Tudo acabou e tive que me contentar com a punheta de sempre.

O jeito era esperar outra menina se aproximar de mim e ter coragem de pedir algo mais com ela...

*Publicado por Vitor_Antônio no site promgastech.ru em 16/10/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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