A SALINHA SECRETA
- Temas: Masturbação
- Publicado em: 03/07/25
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- Autoria: Nataly
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Eu sou a Nataly, na época eu tinha 18 anos, e passava meus dias trancada na salinha do caixa de uma loja de materiais de construção, onde o ar cheirava a cimento seco e sonhos esquecidos. Meu cabelo preto vivia num rabo de cavalo torto, caindo pelos ombros como se também estivesse cansado da rotina. Todo mundo naquela loja achava que eu era meio bobinha, que vivia com a cabeça nas nuvens, e, bom, não vou negar. Eu era do tipo que tropeçava nas próprias ideias e ria sozinha de coisas que não contava pra ninguém. Pensar demais não era comigo — eu só seguia o que meu corpo pedia, e ele pedia coisas... Bem safadinhas. Ali, no meio dos sacos de areia e das tábuas empilhadas, eu inventava jeitos de fazer o coração bater mais forte.
A salinha do caixa era meu pequeno reino. O vidro espelhado era como uma janela mágica: eu via o mundo lá fora — as vendedoras com seus passos apressados, o barulho dos carregadores empilhando os sacos de argamassa, às vezes uma cliente com um olhar que me fazia imaginar coisas que não deveria — mas ninguém me via direito. Só uma sombra borrada, como um segredo que ninguém desconfiava. Era perfeito pra eu me perder nos meus pensamentos... Ou nas minhas mãos. Mas tinha um detalhe que atrapalhava: Dona Célia, a esposa do dono. Ela era tipo uma rainha de novela, sempre impecável com vestidos que pareciam feitos sob medida, o tecido brilhava como se tivesse vida própria. Os saltos dela ecoavam pela loja como um aviso, e o perfume, um floral caro que dava vontade de inalar pra sempre, sempre chegava antes dela. Ela tava lá quase todo dia, mandando em tudo, me olhando com aqueles olhos verdes que pareciam saber mais do que diziam. “Lívia, esse balcão tá uma zona!”, ela reclamava, ou “Lívia, para de sonhar acordada!”. Eu revirava os olhos, mas, confesso, às vezes sentia um frio na barriga quando ela me encarava, como se estivesse me desvendando.
Naquela tarde, a loja tava tão parada que parecia que o tempo tinha grudado como poeira nas prateleiras. O calor do verão fazia minha blusa colar na pele, e o ventilador velho só soprava ar quente. Dona Célia tinha saído mais cedo, depois de me encher com um sermão sobre o jeito que eu anotava os pedidos. “Lívia, isso aqui não é brincadeira!”, ela dizia, ajustando o coque perfeito antes de sair, o vestido vermelho ondulando como uma chama. Com ela fora, a salinha virou meu playground. Aí entrou ela: uma cliente nova, com uma camiseta tão justa que parecia pintada no corpo, os músculos dos abdômen brilhando de leve com o suor. Ela pediu um orçamento, e, mesmo com o vidro entre nós, juro que senti o calor do olhar dela, como se pudesse ver através de mim. Entreguei o papel, sorrindo como uma boba, sua mão tocou a minha, o que fez meu estômago dar um salto. Quando ela saiu, aquele comichão veio, aquele que sempre aparecia quando meu corpo decidia que o tédio não era opção.
Olhei pra porta, coração batendo como um tambor. O vidro espelhado era meu cúmplice, e eu sabia que ninguém entrava sem bater. Aquele meu segredinho não era novidade — era tipo um feitiço que me pegava nas tardes mais lentas, um vício que fazia o sangue correr mais quente. Eu não resistia, era como se meu corpo gritasse por um pedacinho de aventura. Sentei na cadeira giratória, mordendo o lábio até sentir um leve ardor, e deixei minha mão deslizar por baixo da mesa, até o cós da calça jeans, que parecia apertar demais de repente. Fechei os olhos, e na minha cabeça, aquele mulher da camiseta tava de volta, batendo na porta, sussurrando “Nataly, você é um perigo, sabia?”. Minha respiração já tava curta, e eu senti o calor subindo, como uma fogueira que ninguém podia apagar.
Minha mão encontrou o caminho por baixo da calcinha, e ali, onde a pele era quente e macia, comecei a explorar com uma lentidão que era quase tortura. Meus dedos roçavam a superfície, sentindo a umidade que já se formava, como um orvalho secreto que traía meus pensamentos. Deslizei um dedo mais fundo, devagar, sentindo cada pulsar, cada onda de calor que se espalhava pelo meu corpo. Meu polegar dançava em círculos suaves no clitóris, e era como se eu estivesse tocando as cordas de um instrumento, cada movimento puxando uma nota mais alta, mais urgente. Meu quadril se movia levemente na cadeira, acompanhando o ritmo dos meus dedos, e eu imaginava a cliente me puxando contra a mesa, o vidro nos escondendo do mundo. O prazer crescia como uma tempestade, minha respiração virando suspiros abafados, e eu mordi o lábio com força pra não gemer alto. Era tão intenso, tão meu, que eu me esqueci dos barulhos da loja — o rangido dos carrinhos, as vozes distantes — até que a porta abriu de repente. “Nataly!”. Era Paula, a vendedora dom mês. Puxei a mão tão rápido que bati o joelho na mesa, derrubando um lápis. Ela resmungou algo sobre o estoque e saiu, sem nem me olhar direito. Meu rosto pegava fogo, mas achei que meu segredo tava salvo.
No dia seguinte, tudo ruiu. Eu tava no balcão, cantarolando uma música boba e limpando o teclado como Dona Célia mandou, quando ela me chamou na sala dela. Não na do marido, na dela, um lugar que parecia mais um escritório de revista, com uma poltrona de couro preto e uma planta que parecia custar mais que meu salário. Ela tava lá, deslumbrante num vestido esmeralda que abraçava cada curva, o cabelo preso num coque tão perfeito que parecia esculpido. Mas o olhar dela, aqueles olhos verdes que pareciam cortar a alma, me fez engolir em seco. “Senta, Nataly”, ela disse, a voz macia como veludo, mas com um tom que me deu arrepios. Tinha um monitor na mesa, e, quando ela clicou, vi a salinha do caixa na tela. Câmeras! Eu nem sonhava que tinha câmeras ali! No vídeo, lá tava eu, a mão dentro da calça jeans, o rosto contorcido, perdida no meu momento, como uma borboleta dançando numa chama.
— Eu... Dona Célia, eu juro, não sabia das câmeras! — gaguejei, sentindo meu rosto queimar como se eu tivesse corrido uma maratona. Queria sumir, cavar um buraco no chão de cimento da loja. Ela levantou uma sobrancelha, o sorriso nos lábios parecendo um segredo que eu não entendia. Inclinou-se na minha direção, o perfume floral me envolvendo como uma teia.
— Ninguém mais viu isso, Lívia. Só eu — ela disse, a voz tão baixa que parecia um sussurro de confissão. — Mas você vai precisar me convencer a não contar pro meu marido... Acho que a gente pode chegar num... Acordo.
Meu coração parou. Convencer? Acordo? O que ela tava querendo? Ela tava tão perto, o brilho do vestido refletindo a luz, os olhos dela me prendendo como se eu fosse um bichinho na armadilha. Era raiva? Era... Outra coisa? Meu estômago deu um nó, meio de medo, meio de uma curiosidade que eu não queria admitir. Será que Dona Célia, toda elegante e mandona, tava interessada em mim, uma pobre mortal? Ou será que ela só queria me ver rastejar? Fiquei lá, sem saber o que dizer, com a cabeça girando, sentindo que meu segredinho tinha aberto uma porta que eu não sabia se queria cruzar.
*Publicado por Nataly no site promgastech.ru em 03/07/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.