Novas Experiências

  • Publicado em: 24/08/15
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  • Autoria: grisa
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Lá estava eu, sentada na praça de alimentação de um shopping aguardando um homem que nem conhecia pessoalmente, apenas sabia que a senha que combinamos pela internet seria "Se eu sentar aqui posso te pagar um Chopp?".


Já estava esperando por 20 minutos do horário combinado, eu estava quase desistindo, afinal, ficava observando todos os homens que passavam achando ser a pessoa que eu esperava. Sempre que meu olhar corria pela praça de alimentação, percebia uma mulher me observando ao longe, mas como não queria desviar meu foco do objetivo principal, nem me preocupei com ela.


Pensava a todo momento que eu havia colocado meu melhor vestido para aquela ocasião que estava prestes a não acontecer. Era uma sexta feira fim de tarde, eu começava a desistir e achar que aquelas conversas que tí­nhamos nas últimas semanas era mais um daquelas crianças que se passam por adulto e não aparecem para o encontro real. Comecei a recolher meus pertences, convicta de que não teria nenhum encontro naquele dia.


Quando de repente aquela mulher que me observava ao longe senta a minha mesa e me diz "Se eu sentar aqui posso te pagar um Chopp?". Fiquei sem reação, aquele homem que eu conversava não era homem, era uma mulher de aproximadamente 28 anos de idade, olhos azuis, cabelos curtos e tatuagens espalhadas pelo corpo, demorei uns segundos para respondê-la, na verdade, nem sabia o que dizer, eu estava esperando algo totalmente diferente e não tinha me preparado para aquilo.


Subiu-me uma sensação de que estava sendo enganada, que não poderia confiar naquilo tudo que conversamos recentemente, fiquei realmente brava e me levantei para ir embora dizendo que não concordava em ser enganada daquela maneira, ela só dizia que queria me explicar e me pedia para esperar, não, definitivamente eu não queria ouvir as suas explicações e continuei andando após pedir para que ela não me seguisse nem me procurar mais.


Quando cheguei em casa fiquei a refletir o que tinha acontecido, pensando que talvez tivesse sido melhor dar-lhe uma oportunidade para ela se explicar e contar o que tinha acontecido, mas agora era tarde, já foi e não tinha como voltar atrás. Quando ligo o computador para me distrair na internet e deixar o stress de lado veja uma mensagem dela, ainda com o nick que ela usava enquanto conversávamos, abri para pelo menos ler o que ela tinha para me contar.


Ela se explicava no e-mail, dizendo que nunca teve a intensão de se passar por outra pessoa, apenas que na primeira vez que quando conversamos, eu já achei que ela era homem e assim continuei a chama-la como "ele" e ficou, ela não teve como me revelar que não era um homem. Realmente o nick que ela usava era "Pepelegal", o que ela me revelaria depois que seria como uma alusão a uma pessoa com papo legal, assim ela teria criado seu apelido para manter o anonimato na internet. Ela ainda dizia que não queria me ofender com tudo aquilo e que a intenção seria de fazermos uma amizade.


Senti-me imatura pelo fato de ter saí­do correndo magoada naquele momento que nos encontramos no shopping, respondi o email me desculpando e dizendo que fiz por ter me sentido traí­da, afinal, conversamos assuntos í­ntimos e achei que estaria me envolvendo com um homem, que talvez minha reação possa ter sido pelo motivo de nuca ter tido qualquer tipo de relacionamento bissexual. Ela me retornou o e-mail com mais algumas palavras de carinho e me dizendo que só me perdoaria se eu aceitasse almoçar no dia seguinte, dessa vez na casa dela com a refeição preparada por ela mesma. Aceitei, pois achei que não haveria problema diante de tal convite.


Na manhã seguinte acordei já bastante ansiosa para o tal encontro, não sabia o que eu estava sentindo de verdade, no fundo estava apreensiva pelo fato de estar indo

*Publicado por grisa no site promgastech.ru em 24/08/15. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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