Ema e Célia:Trio de ouro

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  • Publicado em: 28/08/25
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  • Autoria: Baixinha20
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Depois daquela noite, algo mudou entre nós. As mensagens continuavam intensas, mas em alguns momentos Célia deixava escapar uma preocupação que me doía. “Você é praticamente uma criança… não devia estar apaixonada por mim”, ela escreveu certa vez, e eu fiquei olhando para a tela sem saber se respondia com raiva ou com ternura. Eu não me sentia uma criança, eu sabia muito bem o que queria — e o que eu queria era ela.


Eu tentava responder com firmeza, dizendo que não era brincadeira, que meu sentimento não era coisa passageira. Mas por mais que eu insistisse, às vezes o silêncio dela doía. Foi num desses silêncios que Adilson apareceu.Ele entrou na nossa conversa como quem não queria nada, mas logo percebeu o clima.

— Vocês duas tão de frescura de novo, né? — disse, rindo, com aquele jeito debochado.

— Frescura? — Célia arqueou a sobrancelha, tentando esconder o nervosismo. — É sério, Adilson. Isso não devia estar acontecendo.

— Ah, pronto… — ele bufou, fazendo graça. — Toda vez essa ladainha. Se fosse errado de verdade, vocês duas já tinham parado. Mas não param, né? Pelo contrário… cada dia mais grudadas. Antes Ema não queria nada com nada, agora até chamada em grupo faz — ele completou, rindo alto.

— Você fala como se fosse culpa minha… — murmurei, tentando esconder o sorriso.


— E não é? — ele retrucou. — Você não vê, Célia? Essa menina tá cada vez mais na tua.

Célia suspirou, passando a mão pelo cabelo loiro. Eu via que ela lutava contra as próprias vontades.

— É isso que me preocupa, Adilson. Ela tá descobrindo a vida agora, e eu… eu já devia saber me controlar.


A chamada terminou de repente, não por briga, mas por aquele silêncio incômodo que se instala quando cada um precisa ficar sozinho com os próprios pensamentos. A tela escura refletia meu rosto inquieto, enquanto as palavras de Célia ecoavam: “Você é praticamente uma criança…”

Os dias seguintes foram diferentes. Continuávamos trocando mensagens, mas algo se infiltrava nas entrelinhas: a hesitação dela. Ao mesmo tempo, minha vida fora da tela parecia ganhar mais movimento. Meus amigos começaram a me chamar para sair, e eu, querendo provar para mim mesma que não estava presa a ninguém, aceitava.


Nas conversas, eu falava com naturalidade:

— Hoje vou sair com o pessoal. Danilo vai também, aquele amigo novo… engraçado ele. — escrevi certa noite.

Célia demorou a responder. Quando veio, a mensagem era curta:

— Aproveita.

Eu senti a pontada. Não era só frieza. Era ciúme mascarado.

As saídas se repetiram. Riso com amigos, histórias novas, e sempre aquele detalhe que eu fazia questão de comentar depois com ela:

— Danilo contou uma piada besta ontem, mas fez todo mundo chorar de rir.


Do outro lado, silêncio por longos minutos. Depois, um simples:

— Ah.

Aos poucos, a tensão entre nós foi crescendo. Até que uma noite, cansada da secura dela, eu provoquei:

— O que foi, Célia? Tá estranha. Não gosta de ouvir eu falar dos meus amigos?


A resposta veio rápida, quase desesperada:


— Eu não gosto de imaginar você com ninguém. Nem amigo, nem nada. Só com você já é difícil pra mim… pensar que pode ter outro na sua vida.


Eu sorri diante da tela, sentindo uma onda quente me invadir.


— Então assume logo — respondi. — Assume que é ciúmes.

Ela demorou, mas finalmente escreveu:


— É ciúmes. Eu sou uma idiota, mas é isso.


Naquela noite, mesmo separadas por telas e quilômetros, eu senti que algo tinha se resolvido. O ciúme ainda estaria lá, claro, mas agora estava claro também que nós duas não sabíamos — e talvez nem queríamos — soltar a mão uma da outra.

Os dias passaram, mas a intensidade entre nós não diminuiu. O tempo parecia alongar-se quando estávamos longe uma da outra, e cada mensagem recebida fazia meu coração disparar. Mesmo com a rotina, o trabalho e os encontros com amigos, Célia e eu encontrávamos maneiras de nos manter próximas.


Às vezes, era uma mensagem simples durante o dia:


— Saudade — ela escrevia.


— Estou morrendo de vontade de você — eu respondia, e logo a conversa se tornava mais ousada, cada palavra escolhida para provocar, para excitar, para lembrar que, apesar da distância, estávamos juntas de um jeito que ninguém mais poderia tocar.

À noite, quando tudo acalmava, eu pegava o telefone e chamava. Ela atendia com aquela voz baixa, rouca de desejo:


— Ema… — sussurrava, e meu corpo já tremia só de ouvir.


— Quer me deixar molhadinha agora, Célia? — provocava, mordendo o lábio.

Era estranho e viciante sentir o corpo dela reagir só pelas minhas palavras. Eu dizia o que queria que ela fizesse, e ela gemia, arfava, e eu sentia cada tremor, cada suspiro atravessando a linha. Entre risadas abafadas e xingamentos safados, nos levávamos até o limite, explorando cada vontade sem pudor:


— Me toca aí… me deixa gozar, Célia… puta que pariu, eu quero você! — eu gemia, sentindo a excitação subir, lembrando de cada detalhe do corpo dela que eu amava.— Ema… você é uma filha da puta… — ela arfava, e eu podia ouvir o prazer dela se misturar com o meu, cada gemido quente atravessando a linha e incendiando meu peito.


As semanas passaram assim: dias normais de compromissos e saídas, noites quentes de sexo por telefone. Cada ligação era uma tortura deliciosa, e mesmo separadas por quilômetros, a sensação de estar dentro dela me consumia inteira. Eu sabia que ela lutava contra o ciúme, que queria me controlar, mas na voz dela eu sentia a rendição, o desejo puro.


Às vezes, depois do clímax, ficávamos apenas sussurrando baixinho, trocando carinhos por palavras, rindo da própria loucura. Era perigoso, excitante, insano.

Foi numa noite em que a tensão entre nós estava insuportável que Adilson entrou na conversa de maneira inesperada. Ele sabia da nossa intimidade, do nosso sexo por telefone, mas não fazia ideia de até onde podia ir.


— Que saudade de vocês duas — disse ele, com aquele tom debochado. — Mas pelo que vejo, a coisa aqui tá pegando fogo, hein?

Célia arfou, tentando disfarçar a surpresa, e eu não resisti:


— Adilson… você não faz ideia do que a gente tava fazendo — murmurei, sentindo o calor subir só de pensar na reação dele.


— Ah é? — ele riu, e eu podia imaginar o sorriso safado no rosto dele. — Me conta, então. Não pode ser só conversa, né?

O clima mudou num instante. Célia começou a gaguejar, e eu percebi o ciúme misturado à excitação. Aproveitei:


— Célia tá toda molhadinha por mim — eu sussurrei, baixinho. — Tá gemendo, querendo mais… só pra mim.


Ela gemeu alto, e Adilson riu, surpreso e animado.


— Puta que pariu… — ele disse. — Vocês duas são umas loucas!

E eu não parei: cada gemido de Célia, cada suspiro atravessando a linha, eu descrevia para Adilson, provocando, sentindo o ciúme dela crescer na mesma medida em que ela se entregava ao prazer.


— Me toca aí, Célia… mostra pro Adilson como eu te deixo maluca — eu ordenava, sentindo meu próprio corpo se contorcer.

Ela arfava, reclamava, mas obedecia, e eu podia ouvir a voz dela, meio possessiva, meio desesperada, enquanto Adilson ria e provocava. Era loucura pura.


Quando todas nós atingimos o ápice daquela chamada, ficamos em silêncio, só ouvindo os batimentos, os suspiros e as risadas nervosas. Era perigoso, intenso, e impossível de esquecer. Eu sabia que Célia me queria só pra ela, mas ver o ciúme e a excitação dela misturados ao meu prazer tornava tudo mais viciante.


Aquela noite selou algo novo entre nós: não importava a distância, nem a ousadia, nem mesmo os jogos de ciúme. Sempre haveria desejo, sempre haveria intensidade, e sempre haveria nós duas… conectadas de um jeito que ninguém mais podia tocar.

*Publicado por Baixinha20 no site promgastech.ru em 28/08/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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