Corno por Vontade Própria (Parte 1)
- Temas: Fantasia de marido, chifre de verdade, arrependimento
- Publicado em: 06/03/25
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- Autoria: PNoel
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Tenho uma amiga que me disse, certa vez, quando conversávamos sobre essa questão de traição e fidelidade: “Homem gosta do cheiro de homem!”. Eu não entendi bem o que queria dizer e gracejei, respondendo que os gays, com certeza, sim. Aí ela esclareceu:
— Não é disso que eu estou falando. Estou falando é dos homens casados ou comprometidos que, quando deixam suas mulheres de lado e levam um par de chifres, voltam, cheios de tesão, a procurar por elas!
E completou:
Todo homem, aceitando ou não aceitando, fica meio excitado com a ideia de que a mulher dele está dando prá outro. Os chifres são, para vocês, um poderoso afrodisíaco, porque despertam tesão e fantasias em suas cabeças. E posso lhe garantir que a maioria dos homens tem ou já teve esse fetiche, de ver a sua mulher transando com outro cara.
Devia saber do que estava falando, porque saíra, há pouco, do seu segundo casamento. Mas eu ri, fiz piada com a ideia e fingi que “não era bem assim”, apenas para manter a compostura masculina. Só que, aqui entre nós, o que ela disse não é nenhum absurdo ou despropósito. De fato, há muitos homens que, embora jamais admitindo uma coisa dessas, sentem mesmo tesão ao imaginar uma situação assim, na qual sua mulher pudesse estar sendo usada e abusada, sexualmente, por outro macho. É um tema meio contraditório, mas que pode passar pela cabeça de qualquer homem, dos liberais aos mais conservadores.
Por um lado, grande parte dos casados tem esse receio de levar chifres, daquelas mulheres que assumiram como suas companheiras, esposas e mãe dos seus filhos. Senão pelo aspecto afetivo, pelo menos, pelas consequências de natureza social a que os cornos são submetidos. Porque isso os faria sentir-se menos respeitáveis, diante de suas famílias, amigos e conhecidos.
Por outro, a maioria deles experimenta uma espécie de excitação, quando passa por seus pensamentos — ainda que bem lá no íntimo de suas cogitações eróticas — a fantasia de que suas mulheres estejam se entregando ou já tenham se entregado a outros homens, com luxúria e devassidão. Porque, nesses devaneios masculinos, um marido nunca se limita a imaginar a sua esposa fazendo, apenas, um “papai e mamãe” com outro homem; gosta de imaginá-la se comportando e sendo tratada como uma rameira, uma devassa que aceita tudo e qualquer coisa do amante. Porque isso torna fantasia ainda mais excitante para ele!
Uma parte desses maridos, porém, jamais aceitará ir além das fantasias, embora, muitas vezes, eles se masturbem e gozem intensamente, pensando nessa possibilidade e elaborando imagens mentais dissolutas, nas quais suas esposas estariam sendo desfrutadas por outros machos, sempre viris e bem dotados. Neste caso, suas mulheres nunca saberão e nem mesmo haverão de desconfiar das ideias depravadas que seus maridos curtem e alimentam em relação a elas.
Existem, também, os que, depois de algum tempo convivendo com esse tipo de fantasia, passam a considerar que aquilo, talvez, pudesse mesmo vir a acontecer. E começam a transitar do plano imaginário para o real. É nesse grupo que estão aqueles homens que, em algum momento, irão compartilhar, com suas mulheres, o fetiche que instiga a sua vontade, de serem corneados por elas, mesmo que fosse uma única vez, só para saber como se sentiriam. Em geral, é o que dizem pretender, mas não é o que acontece. Porque esse é um campo em que as mulheres aprendem mais depressa e adquirem experiência mais rápido do que qualquer homem. Uma vez liberada a esposa e o marido se tornando corno por vontade própria, ele não terá mais o controle da situação.
Não há razão para duvidar que, assim como os homens, as mulheres casadas também têm fetiches e fantasias que envolvem, inclusive, o sexo extraconjugal. Com desconhecidos e, não raras vezes, com alguns conhecidos, amigos ou familiares do casal. Portanto, só os mais ingênuos acreditariam que a sua mulher, a sua irmã e até a sua mãe nunca sentiram esse desejo secreto de levar uma foda bem dada, por outro homem, que não fosse o seu próprio marido, namorado ou companheiro. E, mesmo que esse desejo nunca tenha sido realizado por elas, é certo que já gozaram pensando no alvo da sua luxúria. Pois é para isso que serve uma boa siririca, com ou sem a ajuda de vibradores, para a obtenção do chamado “prazer solitário”.
Existem mulheres, porém — mesmo as mais discretas no ambiente social e familiar — que, uma vez abordadas pelo marido acerca desse fetiche e seguras de que ele, efetivamente, está pretendendo adicionar novas e melhores emoções ao casamento e, não apenas, testar a sua fidelidade, acabam entrando no jogo, de braços e outras partes abertas. Aquele assunto e aquela possibilidade, que começam na cama, como forma de apimentar o sexo, acabam se estendendo para outros locais e outros momentos do casal, sempre estimulando a excitação de ambos. A partir daí, é que a decisão de mudar da fantasia para a prática, começa a tomar corpo e a ficar mais explícita e aflorada entre eles.
Muitos casais chegam a concretizar e a incorporar essa prática ao seu relacionamento conjugal. Outros, tomados por um arrependimento tardio, encerram a tentativa de abrir o casamento, após as primeiras experiências. Sob o risco de o marido, já chifrudo, passar o resto da vida desconfiando da mulher, depois dela haver entrado na rola de um ou mais comedores. O que só aconteceu — é preciso lembrar — pela iniciativa dele mesmo, que a incentivou e despertou nela esse desejo de prevaricar, que, antes, a esposa não ousaria confessar e guardava só para si.
Só que, depois das portas da intimidade e do corpo de sua mulher serem abertas para outros homens, o marido se sente inseguro e, às vezes, se torna até ciumento, algo que, antes, não demonstrava ser. E isso pode acontecer, como veremos na Parte II deste texto.
(Conclusão na Parte II)
*Publicado por PNoel no site promgastech.ru em 06/03/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.