Purgatório
Conto erótico de fantasia (+18)
- Temas: Purgatório, fantasia, anal
- Publicado em: 04/03/24
- Leituras: 482
- Autoria: LustSlut
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Parte 1: Fortaleza
O cheiro acre do deserto noturno envolvia a fortaleza, a lua cheia iluminava alguns pontos, enquanto Selene, sombra entre sombras, se infiltrava. Cada passo calculado ecoava como um sussurro na escuridão. Sob a luz intermitente da lua, ela neutralizava guardas com movimentos fluidos e desativava sistemas de segurança com precisão mortal. No coração da fortaleza, podia-se ouvir gritos de divertido ao redor de uma fogueira, os terroristas comemoravam mais um atentado bem-sucedido com bebidas, mulheres e tiros em direção ao céu, o que facilitaria o trabalho da assassina.
Os corredores tornaram-se testemunhas silenciosas de sua carnificina, deslizando sua adaga ao redor dos pescoços desavisados daqueles que queriam apenas tirar água do joelho, pois todos estavam em ritmo de festas sem se preocuparem com possíveis ameaças, a prova disso eram os poucos guardas ao redor e a confiança excessiva nos sistemas de segurança, alarmes e câmeras. Tanta tecnologia, mas nenhum olho humano atento na sala de segurança principal. Selene mal podia acreditar na quantia exorbitante de dinheiro que ganharia com aquele simples trabalho, mas não relaxou, continuou eliminando aqueles que tinham a infelicidade de cruzar seu campo de visão. Pouco a pouco, as almas vivas na fortaleza iam diminuindo, alguns notando haver algo de errado, mas era tarde demais.
Uma investida fatal de Selene, utilizando os vivos como escudo de carne para serem alvejados com as armas pesadas que os terroristas empunhavam. Mas algumas acrobacias já eram o suficiente, arremessando suas pequenas adagas em direção aos atirados. Em pouco tempo, o serviço estava concluído. Selene olhou ao redor, jamais havia feito um serviço como aquele, mesmo que seu currículo seja o mais bem avaliado do mercado de assassinos. Ela se vangloriou por um momento, o único erro em toda a sua vida teve sua pior consequência. Não ouviu aquela pessoa chegando por trás e foi apunhalada, sentiu o ácido gélido da lâmina atravessando seu coração, a roupa de látex preta foi se inundando com o sangue quente, logo, caindo no chão arenoso sem vida.
Parte 2: A Sala Branca
— Ah! Nem fodendo, não vai me dizer que eu morri!? — Selene berrava ao abrir os olhos e ver o homem de terno branco sentado à sua frente, com um jornal em mãos.
— Olá! Você foi rápida em perceber, algumas pessoas demoram semanas até a ficha cair. — O homem dizia, recolhendo as folhas do jornal e as dobrando. — Sim, você morreu, já estava na sua hora, então seja bem-vinda ao seu pós-morte!
— Quem foi o filho da puta? Eu nem vi quem foi o desgraçado!
— Sim, um garoto com metade da sua idade e muito habilidoso, podemos dizer que ele é um prodígio em sua área de atuação. — O homem cruzava as pernas e imediatamente as descruzava. — Me perdoe minha falta de respeito, é um prazer conhecer você, Selene. Sabia que por aqui você é conhecida como Arauto da Morte?
— Me leva de volta, eu tenho que voltar para casa antes que minha família perceba!
— Você morreu querida, não tem volta.
Selene encarou o homem e desferiu um soco em seu nariz, fazendo-o quebrar e jorrar sangue, sujando o terno branco.
— Pode me bater o quanto quiser, isso não via mudar os fatos. — O homem dizia tirando um pouco da sujeira de seu terno, sem ao menos se mexer quando levou o golpe, logo se recuperando, fazendo o sangue evaporar e seu nariz voltar ao devido lugar.
Assistir aquela magia só a fez ficar com que o calor da raiva a contaminasse em outro nível, obrigando-a a pegar a cadeira em que estava sentado e com toda sua ira, arremessar contra a parede, o som de estilhaços ecoou pelo ambiente, o impacto fazendo com que pedaços de madeira voassem em todas as direções. A cena era um retrato de descontrole, um momento efêmero onde a raiva se manifestava fisicamente. A mulher, ofegante, com o cabelo um pouco bagunçado, encarava os destroços da cadeira com olhos ainda faiscando raiva, logo levando seu olhar ao homem.
— Me, leva, de volta! — Ela falava pausadamente rangendo os dentes.
— Desculpe, isso não será possível. — O homem respondia balançando a cabeça de forma negativa. — Melhor você se sentar e se acalmar um pouco, pode ser um processo doloroso aceitar que está morta.
Selene olhou novamente os destroços, mas se espantou ao perceber que não estavam mais lá, olhou um pouco mais para trás e viu a cadeira inteira, o que não fazia sentido na sua cabeça, pois há pouco tempo a cadeira estava em pedaços. Ela se voltou ao homem e novamente se surpreendeu com a mesa entre eles.
— Chá de camomila sem açúcar, certo? — O homem dizia servindo uma xícara de chá para ambos.
Ela se sentou, desconfiada, suas mãos ainda tremiam de raiva, mas seus instintos diziam que nada poderia ser feito a não ser aceitar o destino imposto a ela.
— Certo, então, eu morri. — A mulher dizia, se sentando cuidadosamente na cadeira.
— Sim, a propósito, meu nome é Leonard, mas se quiser pode me chamar de Léo.
— Ok, Léo, então isso aqui é o céu? O inferno? — Selene perguntava cuidadosamente enquanto pegava a xícara de chá com os dedos e levava até a boca, se surpreendendo com o gosto magnífico que o chá tinha.
— Tecnicamente, nenhum dos dois, você está no meio-termo.
— Purgatório?
— Sim, como eu disse antes, você tem uma certa fama por aqui. — O homem dizia pegando um pequeno bloco de notas e uma caneta e entregando a moça. — Aliás, você pode me dar seu autógrafo, por favor? Se não for pedir demais, claro!
Selene olhou para o homem e para o bloco de notas, começava a gostar de sua certa fama por ali, logo abrindo as folhas e escrevendo seu nome, ainda desenhando um pequeno coração.
— Obrigado, ninguém vai acreditar. — O homem ria como uma criança observando as letras formosas, logo guardando o bloco e a caneta.
— Então posso assumir que vou para o inferno? — Selene tomava mais um pouco do chá.
— Ainda não há nada decidido, naturalmente poucas pessoas vêm para cá, aquele que necessitam de uma purificação, aqueles que tem arrependimentos que ultrapassam qualquer barreira do limite humano, e tem as exceções, como você.
— Eu não me arrependo de nada, não me vejo como exceção, então o que me resta é me definir como um caso de purificação.
— Não, minha cara, você é uma exceção. A purificação não é necessária a você, humanos são ferramentas, você teve um papel importante na terra trazendo várias almas para cá, esse foi o seu único papel. Então por consideração das autoridades divinas, eles concluíram que você deveria saber da verdade.
— E qual seria essa verdade?
O homem deu uma longa risada, mesmo tentando se controlar.
— Você não achou que seria a única na sua família que teria segredos, não é? — Dizia Léo se recompondo e servindo mais chá para ambos. — Você nasceu com um talento, matar pessoas, entrou nesse ramo porque precisava de dinheiro, depois tentou se livrar desse trabalho e seguir uma vida normal de dona de casa, junto ao seu marido e filhos.
— Se falar da minha família, eu mato você!
— Se eu fosse uma pessoa normal eu estaria me borrando de medo, eu não estou brincando. Mas me foi pedido para te mostrar a real face da sua família antes que você partisse.
— Não se atreva a falar deles de nov...
Num estalar de dedos de Léo, o cenário foi alterado. Estavam num quarto, um cômodo familiar para Selene, o quarto de sua casa, junto a cama que dormia lado a lado com seu marido, onde agora ocupavam dois corpos ferventes. John, seu marido, junto a Melissa, sua vizinha e amiga, ambos desnudos na cama, entrelaçados como dois cachorros no cio, gemendo feito loucos atingindo o orgasmo.
— Seu filho da puta, eu não acredito! — O sangue da mulher ferveu, partindo para cima dos dois.
Antes que Selene pudesse fazer qualquer coisa, Léo estalou os dedos novamente, voltando a sala branca inicial.
— Infelizmente você não pode interferir fisicamente no mundo material, você não está mais viva.
— Desde quando aquele verme está fodendo com a minha amiga? — Selene esbravejava.
— Desde que se mudaram para aquela casa.
— Puta merda, isso faz mais de dez anos! E aquela cachorra sempre ia na minha casa para tomar chá.
— Ok, vamos ir para o próximo?
— O que vai me mostrar agora? Que meu filho usa maconha?
— O que ele usa você já sabe, e como as consegue?
O rosto de Selene mudou para preocupação, Léo riu, logo estalando os dedos, o cenário mudou para um beco sujo nas extremidades da cidade. Seu filho, Michael era abusado por inúmeros homens, tendo seus orifícios preenchidos por paus de todas as cores e tamanhos. Ao ver aquela cena, o coração da mulher e mãe apertou em seu peito.
— Meu filho...
Léo estalou os dedos novamente que os fizeram voltar ao cenário original.
— Não deve ter sido fácil de assistir aquilo, beba um pouco de água. — Léo dizia enquanto materializava um copo com água para Selene.
— Os conselhos de uma mãe não valem nada hoje em dia, não é?
— Jovens são inconsequentes, acham que nada de ruim vai acontecer a eles. Não poderiam estar mais enganados.
Após um momento de silêncio, o homem continua.
— Certo, podemos prosseguir?
— Ainda tem mais? — Selene dizia com lágrimas em seus olhos. — Não, a minha filha não!
Léo olhou com melancolia para Selene, logo estalando os dedos, o cenário mudou para o vestiário da escola de sua filha, onde Selene a encontrou de joelhos diante de dois homens que abusavam de sua boca, tendo seus orgasmos, gozando no rosto angelical da garota. Os dois sacaram uma pequena quantia em dinheiro e se retiraram.
— Emily, não, minha filha... — Selene se lamentava, com lágrimas rolando pelo seu rosto, desviando o olhar.
Léo estalou os dedos, transportando os dois para a sala novamente. Ambos ficaram em silêncio, sem nenhuma palavra a ser trocada, apenas com o choro de Selene a ser ouvido.
Parte 3: O Planejamento da Vingança
— Eu mataria cada pessoa que encostou as mãos imundas na minha filha. — Selene sussurrou.
— E aqueles que encostaram no seu filho? — Léo indagou.
— Foi uma escolha dele ser um viciado, assim como foi uma escolha do meu marido... Do John, ser um adúltero.
— Mas não foi uma escolha da sua filha ser uma prostituta?
— Não chame ela assim!
— Por que não? Dinheiro em troca de serviços sexuais, o que ela faz é prostituição.
Selene tentava argumentar, mas não conseguia achar justificativas, queria não aceitar a realidade, mesmo ela estava mais que claro para a mulher.
— Você disse que eu sou uma exceção, mas ainda não entendi nada, principalmente o porquê me mostrou tudo isso, quer que eu vá para o inferno agoniando de arrependimento?
— Ah! Selene, você entendeu errado! — Léo tomou um gole do chá e novamente estalou os dedos, agora sendo transportados para uma pequena lanchonete lotada de pessoas.
— Ainda tem mais? Merda, achei que tinha acabado. — Selene lamentava.
— A primeira parte acabou, agora podemos prosseguir para a próxima etapa.
— E qual é?
— Olhe ao redor, me diga o que vê. Selene olhou para as mesas, todas tinham duas pessoas sentadas, uma pessoa de terno e outra pessoa com vestes normais, percebeu serem assim como ela e Léo.
— Todas essas pessoas são exceções? — Selene perguntou.
— Não, apenas você. Selene, agora vou te dar a oportunidade de consertar as coisas, você aceita essa chance?
— Mas como vou mudar? Não posso interferir no mundo material, você mesmo disse!
— Não pode interferir FISICAMENTE. — Léo enfatizou, logo olhando seu relógio no pulso esquerdo. — Está na hora, olhe para a rua, por favor.
Ambos estavam sentados do lado da janela, uma grande janela de vidro, todos os outros presentes estavam olhando par ao mesmo local. Alguns minutos se passaram, uma moça tentava atravessar a rua, mas logo foi atingida por um táxi desgovernado, a mulher foi arremessada alguns metros dali, sendo jogada para o alto e então se chocando contra o chão, fazendo seu crânio abrir e pintar a faixa de pedestre com sangue. Logo após, podia se ouvir um grito de entusiasmo ao fundo da lanchonete, uma mulher comemorava de pé, logo depois ela e a mulher de terno que a acompanhava, sumiram num passe de mágica.
— Certo... — Selene processava a informação, tentando adivinhar. — Que merda aconteceu aqui?
— Eu disse que lhe daria a chance de consertar as coisas, mas se quiser se vingar, você também pode.
— Mas ainda não entendi como eu poderia fazer isso.
— Ah! Certo. Normalmente aquela moça não morreria atropelada, mas com uma chance de vingança, a mulher que comemorou fez tudo isso acontecer com alguns sussurros.
— Ok... Eu não entendi nada.
— Sabe quando você de repente tem algum pensamento, do tipo “será que tranquei a porta?”, “será que desliguei o gás do fogão?”, “será que eu deveria ir mesmo para aquela festa?”. Daí quando você vai conferir, você esqueceu de trancar a porta, o gás estava ligado, e no dia seguinte houve um acidente de carro fatal com o seu grupo de amigos.
— Isso foi muito específico e, muito... Familiar.
— Sim, essas foram às vezes em que você, Selene, escapou da morte, por influência do mundo espiritual.
— Então era você quem implantava esses pensamentos na minha cabeça?
— Sussurros, e não, não era eu, poderia ser qualquer uma dessas pessoas de terno, podemos chamar de guias espirituais.
— Então eu posso fazer o mesmo? Ficar sussurrando no ouvido dos outros para eles fazerem o que eu quiser?
— Você tem uma chance, foi lhe concedido o livre arbítrio, mas você não tem muito tempo, melhor se apressar e pensar rápido numa forma de consertar as coisas. — Léo finalizou e, num estalo de dedos, os teletransportaram para a sala inicial.
— Certo, podemos começar? — Selene, com um sorriso, começou a bolar seus planos.
Parte 4: AÇÃO!
— Tem certeza de que deseja fazer as coisas assim? — Eu tenho o livre arbítrio, certo? — Selene indagou.
— Tem, mas... Não está pegando pesado demais com o seu marido?
— Vai ficar do lado dele? Pensei que éramos amigos, Léo!
— Só peço para reconsiderar.
— Será feito assim, sem mais discussões! — Selene falou com a voz firme. — Agora podemos começar?
— Sim, creio que deseja começar com os seus filhos.
— Exato!
Léo assentiu com a cabeça e estalou os dedos. Ambos se teletransportaram para a casa de Selene, onde toda sua família estava reunida. A organização para qual Selene trabalhava, forjou um novo cenário para a sua morte, um sequestro seguido de morte. Já haviam se passado três dias desde o velório, seus filhos ainda estavam vivendo o luto, cada um recluso em seu quarto. Selene foi transportada para a sala de jantar, onde todos se reuniam par ao jantar, ela imediatamente lembrou de todos os sorrisos de alegria que compartilhavam, mas agora se culpava por não dar mais atenção para a própria família. A mulher saiu da sala de jantar, passando para a sala de estar, cada passo era um momento que passava pela sua memória, até subir as escadas. O primeiro quarto era de seu filho, podia ouvi-lo chorando através da porta, num piscar de olhos, estava no quarto. Se aproximou da cama de seu filho e o abraçou, mesmo que ele não pudesse sentir o calor do abraço de sua mãe, Selene sentia-se confortável.
— Sua vida não vale algumas gramas de droga, meu filho. — Selene passou a sussurrar em seu ouvido. — Lembre-se dos conselhos de sua mãe, fique longe dessas coisas, por favor.
Ao mesmo tempo, Michael passou a chorar com mais desespero, se arrependendo dos atos que fez em troca de drogas. Ficaram por ali um tempo até o filho se acalmar.
— Isso será o suficiente. — Léo interrompeu o momento. — Posso ver nos olhos dele que o curso de sua vida mudou.
— Ok, podemos prosseguir.
Selene se levantou, deixando o filho vivenciar o luto em sua forma natural. Se dirigiu até o corredor e foi até o quarto de Emily. A garota se encontrava sentada em sua cama, frente a uma pilha de dinheiro enquanto encarava as notas pequenas, sorrindo.
— Meu Deus! Há quanto tempo ela vem se prostituindo? — Selene perguntou a si mesma quando viu a quantidade considerável de dinheiro.
A mulher se sentou ao lado da filha, colocando a mão sobre seus ombros e sussurrando em seu ouvido.
— O que sua mãe pensaria se soubesse o que vem fazendo para conseguir esse dinheiro? Imagine o desgosto dela se a visse com o rosto coberta de esperma.
Cada palavra que ela mesma dizia, era uma agulha no coração de Selene, pois lembrava da cena no vestiário. Não conseguia lembrar daquilo sem sentir arrepio de agonia por todo o corpo. O rosto de Emily agora era um misto de tristeza, mesclando junto ao seu sorriso, mas logo ela caiu no choro, murmurando desculpas a sua mãe falecida. Às duas ficaram por ali um tempo.
— Resolvido! — Léo interrompeu, olhando para o relógio. — Preciso te informar que seu tempo está acabando.
— Certo, vamos prosseguir! — Selene se levantou, enxugando as lágrimas.
Ambos então partiram para o antigo quarto de casal.
— Tem certeza de que deseja fazer desse jeito?
— Sim, pode me deixar fazer sozinha, por favor?
— Claro, mas... — Léo hesitou por um momento. — Irei te deixar sozinha, quando terminar, por favor, me chame!
Selene podia ouvir os gemidos vindo de seu quarto.
— Canalha, não pode respeitar a morta da própria esposa por pelo menos uma semana?
Ela então adentrou o quarto, onde encontrava seu marido e sua vizinha, Melissa, completamente nus, ambos tentando gemer baixo para evitar chamar a atenção dos filhos. Ambos pareciam animais selvagens, Selene se aproximou mais um pouco e podia perceber que John fodia incessantemente no cu da vizinha.
— Filho da puta, no meu nunca sequer encostou a pica, por mais que eu implorasse!
Selene tinha seus desejos enquanto viva, mas a maioria eram rejeitados pelo marido, suspeitava de falta de libido, mas os exames de sangue mostravam os níveis de testosterona normais. Agora tudo faria sentido, pois pensava de forma mais clara. Todas às vezes em que chegava atrasado, provavelmente estaria trepando com a vizinha. Selene sentia um pouco de calor assistindo aquela cena, a vizinha de quatro com as mãos afastando as bandas da bunda para que John pudesse empurrar com mais força.
— Não sabia que mortos ainda podiam sentir isso.
Selene observou mais um pouco a cena e então, colocou seu plano em prática. Se pôs atrás de seu agora ex-marido e depositou suas mãos em seu ombro.
— Vire ela, você quer ver o rosto dessa puta enquanto a fode.
John continuou penetrando, mas logo cedeu ao desejo do sussurro e virou Melissa para que ambos pudessem ficar frente a frente.
— E se você enforcar ela? Dizem que algumas pessoas sentem muito prazer quando ficam sem respirar.
As mãos de John passearam pelo corpo esbelto da loira, da sua cintura erguendo-se até os peitos médios e parando no pescoço, apertando-o com um pouco de força. Melissa sorriu, parecia aprovar a ação de seu amante.
— Ah, que puta patética! — Selene esbravejou. — Como eu queria dar uns belos tapas nesse rostinho bonito.
Imediatamente, John começou a estapear levemente o rosto da mulher, que pedia por mais e falava o quanto desejava isso.
— Enforca ela mais forte, certeza que ela vai adorar!
John apertou suas mãos e metia cada vez mais forte, sentia o cu da amante ficar mais apertado, o rosto de Melissa passou a ficar vermelho, posteriormente roxo, então, deu alguns tapas leves nas mãos grandes do homem para aliviar um pouco.
— Não solta, ela vai ter um puta orgasmo se você apertar mais.
John apertava cada vez mais forte o fino pescoço da moça, até que ela ficou sem ar e desfaleceu na cama, sem vida. John continuava metendo até despejar seu esperma no orifício anal que penetrava, urrando sem se preocupar se os próprios filhos ouviam. No final do orgasmo, John sacudia o corpo da jovem, estava mole, sem vida, os olhos vazios fitavam o nada. O homem entrou em desespero, pois, havia acabado de cometer assassinato.
— Finalizado?
— Sim, e eu não poderia estar mais feliz, podemos voltar?
— Tem certeza de que esse foi o melhor caminho? Digo, para os seus filhos.
— Eles sabem se virar, afinal, são meus filhos.
— Você não poderia estar mais certa. O destino deles será o sucesso, e o desse homem, ele vai passar por alguns perrengues na cadeia.
— Ah! Não quero saber, podemos ir logo?
Léo sorriu e estalou os dedos, fazendo-os voltar a sala, de volta a suas cadeiras e xícaras de chá. Selene se sentia realizada, mas a realidade a fazia transitar para a melancolia. Algo entre as emoções turbilhoadas a fazia devanear, aquele intenso desejo sexual que começou a sentir vendo seu ex-marido trepando com a vizinha, crescia cada vez mais.
— Está tudo bem? — Léo perguntou, percebendo a angústia escancarada no rosto da mulher.
— Sim, tudo. — Ela respondeu como se estivesse saindo de um transe.
— Certo. — Léo respondeu, desconfiado. — Bom, está tudo feito, agora você só tem que passar por aquela porta e descobrir qual será o seu destino.
A mulher olhou para trás, a porta que ele mencionava estava logo ali. Selene voltou seu rosto a Léo.
— Se não for demais, gostaria fazer um pedido antes de ir.
Parte 5: Antes de partir
Léo olhava aflito para Selene, com uma das sobrancelhas arqueadas, ambos ficaram de pé quase que imediatamente após o pedido ser feito.
— É um pedido um tanto... Inusitado, inédito talvez? — Ele tentava falar, gaguejando.
— Não vai dizer que nenhum espírito antes te pediu isso?
— É... Não, não, você é a... Primeira.
— Uhum, e tem alguma regra que te proíbe de fazer isso?
— Não... Não sei, nunca foi me dito nada, mas seguindo um raciocínio lógico, dois espíritos não conseguiriam realizar um ato “carnal”.
Selene deu um passo à frente e timidamente tocou no braço de Léo, passeando os dedos em seu braço definido por cima do terno, deslizando até a mão do rapaz, que estremeceu ao sentir o toque caloroso da mulher. Jamais havia sentido um toque desde sua trágica morte, a única coisa que fazia era seguir as regras e ajudar os outros, mas Selene era diferente, o que passava na cabeça dela para pedir algo tão depravado?
— Seu raciocínio lógico vai por água abaixo só pelo fato de sentir o calor da sua pele. — Selene dizia aproximando seus lábios do guia espiritual, quase os tocando. — Você também está sentindo, não é?
Selene se referia ao calor que subitamente tomava conta do interior dos dois, o desejo crescia a cada momento, compartilhando a mesma vontade. Os lábios dos dois se tocaram quando Léo a agarrou pela cintura e a puxou contra seu corpo, cedendo ao que seria espiritualmente impossível, isso segundo suas teorias. O beijo era quente, molhado, os envolvia unindo seus espíritos e esquecendo o que estava ao redor. Léo saboreava cada curva do corpo de Selene com as mãos, que mesmo a beira de seus cinquenta anos, era mais desejada pelos homens do que aquela com metade de sua idade. O homem levantou o corpo dela, como se não fosse nada, dando alguns passos à frente e jogando as xícaras e o bule no chão, fazendo-os quebrar e simplesmente esquecendo que poderia fazer menos sujeira num estalar de dedos. Deitou Selene na mesa por cima do pano branco e se agachou em frente a ela, ela por sua vez subiu o vestido que usava, levantando as pernas para ser imediatamente devorada pelo seu guia. Léo desfrutava com muito prazer a buceta da mulher, mesmo que seja por cima da calcinha, os sucos molhavam o tecido fino, o odor luxuriante podia ser sentido, invadindo as narinas do rapaz o levando ao novo patamar de êxtase que não sentia mesmo quando vivo. Com a ponta dos dedos, agarrou as alças da calcinha e a arrancou em um segundo, jogando o tecido para longe e caindo de boca entre as pernas de Selene, que agarrava o pano branco gemendo de prazer, um prazer que não sentia há tempos, pois seu marido preferia foder a vizinha mais jovem. Léo agarrou as pernas da mulher e as levantou mais um pouco, tendo amplo acesso ao seu outro buraco que também piscava, ansiando a penetração. Continuou lambendo, beijando, mordiscando e chupando, até proporcionar um orgasmo de alto nível a sua parceira. Mal esperou o fim do orgasmo de Selene, o homem se levantou e abaixou as calças, fazendo seu membro duro saltar entre as coxas da mulher que ainda aproveitava dos espasmos em seu sistema nervoso. Sem perder a chance, ele aproveitou da lubrificação e melou um pouco seu pau, logo introduzindo-o sem muito esforço a buceta dela, que abrigou com o maior prazer. Léo agarrou novamente suas coxas e a puxou contra si, para tornar mais confortável a penetração, começando a meter, sem dó, sem pudor, apenas em busca do prazer. O calor que Selene sentia começava a ultrapassar o limite do aceitável, abaixando um pouco o vestido e revelando os peitos pequenos que ela adornava abaixo da roupa, logo apertando os próprios bicos com uma mão, com a outra deslizou sobre o corpo, ansiando tocar o seu clitóris para dar início a masturbação enquanto recebia as estocadas do enorme pau de Léo em suas entranhas. Há tempos ambos não sentiam tamanho prazer, tanto que esqueceram de quem eram, o que faziam ali, até de quais eram seus nomes, a única coisa que queriam fazer era transar, foder até atingir o clímax compartilhado. Selene então se levantou, empurrando Léo com o pé, rapidamente se virando e inclinando-se para a mesa, rebolando seu quadril firme em direção ao homem, que subitamente partiu para cima dela. A mulher coletou um pouco de saliva e levou seu braço para trás, espalhando a saliva em seu cuzinho que nunca foi desfrutado. Léo, aproveitando que a mulher estava ocupada com a massagem anal, aproveitou para foder mais um pouco da buceta que estava a seu dispor, agarrou-a pela cintura e continuou com suas imparáveis e vigorosas estocadas, indo mais fundo do que qualquer homem já foi nas entranhas da assassina fria e sanguinária. Selene o parou por um momento, olhando para trás por cima do ombro, os dois trocaram olhares, ela agarrou o pau de Léo e tirou de sua buceta molhada, guiando em direção ao seu cuzinho. O corpo da mulher estremeceu ao sentir a cabeça melada e quente tocando a porta, os arrepios tomaram conta quando a cabeça começou a entrar, e em êxtase total ela entrou sentindo cada centímetro daquele pau grosso invadindo seu ânus, entrando e saindo. Sentia-se impotente, suas pernas tremiam, dominada, estava havendo seu primeiro orgasmo com um maciço pedaço de carne dentro de si. Mas Léo não pretendia parar com a penetração, passou a meter devagar, com os movimentos extremamente precisos, suas mãos apertavam o quadril de Selene, intercalando com tapas. A pedidos da mulher, Léo passou a meter mais forte, com vigor, ambos aproveitavam da situação para realizar antigos desejos carnais que não puderam ser realizados em vida. Mas ambos sentiam estarem em seus limites, Léo puxou o corpo de Selene contra si com mais força, soltando um longo gemido e começando a gozar, o pau no ânus de Selene pulsava, a mulher sentia a porra quente a preenchendo, o que forçou seu corpo a ter mais um orgasmo enquanto tinha seu cu totalmente preenchido. Ambos permaneceram naquela posição por mais alguns minutos, ofegantes, tentando recuperar o fôlego, até Selene ser a primeira a reagir, saindo da posição, tirando o pau de Léo de dentro do seu cu, ao mesmo tempo, ajeitando seu vestido e saindo em busca de sua calcinha que foi jogada em algum canto. Léo também estava se recompondo, ajeitando a roupa e desamassando o terno.
— Acho que... É isso... — Selene dizia timidamente, vestindo sua calcinha.
Léo permaneceu em silêncio, evitando contato visual.
— É só passar por essa porta, certo? — Dizia Selene se dirigindo a porta.
— Isso.
— Léo, você acabou de foder e gozar no meu cu, não venha com timidez para cima de mim!
— Não fala desse jeito, é vulgar! — Léo protestou.
— Então fale direito comigo! Não vou tolerar um desrespeito desses!
Léo se aproximou da mulher e a abraçou, ficando por ali por alguns segundos.
— Foi divertido... Não só o sexo, tudo, me diverti com você. — Léo dizia tentando deixar a vergonha de lado.
— Também me diverti, mesmo estando morta, o que é uma surpresa para mim, pois achei que a morte seria mais melancólica. — Selene respondia tentando quebrar o clima constrangedor.
— Bom, não sei se nos veremos de novo, mas adeus.
Os dois se abraçaram mais uma vez, então Selene se virou novamente para a porta e girou a maçaneta.
— Ahn... Léo, não consigo abrir.
— Não? Ora, que estranho.
Subitamente, ambos foram teletransportados para uma nova sala, sentados em cadeiras de madeira, a frente deles estava uma mulher de terno negro, tão bela quanto a aurora boreal, os olhos mais brilhantes que mais pareciam duas luas cheias. A mulher sorria enquanto lia um papel em suas mãos e logo direcionou o olhar para os dois com um largo sorriso.
— Selene, Léo, prazer em conhecê-los. — A moça quebrou o silêncio.
— Estamos encrencados, não é? — Léo perguntou a mulher, já pressentindo o pior.
— Sim e não, essa será uma longa conversa.
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Conto baseado no filme “A saudade que fica”, de Michihito Fujii, adaptado ao meu próprio jeito peculiar de pensar sobre as coisas.
*Publicado por LustSlut no site promgastech.ru em 04/03/24.