Iniciação

  • Publicado em: 09/01/19
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  • Autoria: carmim
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- Isso não é um conto, mas sim um relato de episódios que ocorreram comigo e ficaram entranhados na minha mente, de certa forma influenciando a pessoa que sou hoje. Provavelmente muita gente vivenciou algo parecido e no escuro do seu í­ntimo vai acabar se identificando. -


Eu não consigo lembrar exatamente que idade tinha nessa época, acho que uns 10 anos, mas sinceramente isso não passa de chute. Brincava na rua todos os dias com minha melhor amiga. Ela tinha dois irmãos: um mais velho e outro do meio - devia ter uns 15 anos, mas é outro chute - que gostava de se infiltrar em nossas brincadeiras. Como sua mãe e o irmão mais velho trabalhavam fora durante o dia, também podí­amos brincar à vontade em sua casa, e foi assim que começou a coisa toda. Eu ia para a casa dela brincar e ele sempre surgia, sugerindo novas brincadeiras e dando um jeito de participar. Sua intenção era ficar sozinho comigo em algum cômodo, então quando brincávamos de esconde-esconde, por exemplo, e era a vez dela de contar, ele sempre encontrava bons esconderijos e me chamava para ir junto. Geralmente dentro do guarda-roupa ou embaixo da cama, ficávamos no escuro com os corpos colados enquanto ele passava a mão por meu corpo, fazendo um tipo diferente de cócegas. Como era gostoso de sentir, eu gostava de me esconder com ele e começava, assim, a experimentar esse tipo de contato. Conforme eu permitia ele me tocar, foi ganhando confiança e tentando coisas novas. Lembro de uma vez que, sentados sozinhos na varanda conversando besteiras de criança, ele enfiou a mão por debaixo do meu short e com o dedo massageou a entrada no meu ânus, até que esse relaxasse permitindo-se ser introduzido. Curiosa com essa prazerosa e inexplorada sensação, também coloquei meu dedo em seu ânus para saber como era e ficamos os dois lá, experimentando os orifí­cios um do outro. Outra vez estávamos brincando de caça ao tesouro, e fui à suí­te da mãe usar o sanitário. Assim que saí­ do banheiro ele me aguardava com a rola para fora. Nunca tinha visto um pau; o seu não era muito grande, mas lembro que era grosso. Houve um dia em que fomos brincar de casinha: ela seria a filha, ele o pai e eu a mãe. A filha ficaria num quarto separado para dormir, enquanto fomos eu e ele para o outro. Ele sentou-se na cama e, de roupas, me colocou sentada em seu colo com as pernas abertas para acariciar minha bocetinha, me deixando toda molhada com a gostosa carí­cia. Deitamos na cama e, só na esfregação, simulamos transar na posição convencional. Todos esses estí­mulos acabaram despertando precocemente meus instintos sexuais, me fazendo explorar o prazer que havia escondido entre minhas pernas e foi assim que comecei a me masturbar.


- Mesmo que na época tudo não tenha passado de descobertas, hoje compreendo que foi uma forma de abuso. Durante toda a vida tentei trancar essas lembranças a 7 chaves, como se essas fossem o segredo mais perverso do mundo. Quanto mais tentava escondê-lo, mais ele surgia para assombrar quando meus olhos se fechavam, causando uma cruel excitação envolvida por uma espessa camada de culpa, sempre fodendo-me a cabeça. É um tanto interessante e libertador poder escrever sobre o isso, porque eu sei que essas coisas criam raí­zes profundas e marcas permanentes, e não há nada que possa ser feito a não ser me aceitar e me perdoar quando esses desejos ocultos voltam a bater na porta. -

*Publicado por carmim no site promgastech.ru em 09/01/19. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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